Capítulo 18

   Desperto com o corpo dolorido em certas partes e vou-me recordando da noite anterior. Tampo o rosto com as mãos ao lembrar que transei com Jensen, o meu Deus eu fiquei maluca de vez. Olho para o lado e vejo que estou sozinha na cama, e a cama dos meninos está vazia também, ótimo os meus filhos devem estar a derrubar a casa, e a mãe? Ah! a mãe está dormindo.

Levanto-me e faço a minha higiene calmamente, abro a janela do quarto e o sol quente invade, resolvo colocar um vestido soltinho por conta do calor. Olho as horas e me assunto, pois são onze horas, meu Deus! Eu dormi de mais, saio do quarto e já consigo sentir o cheiro da comida sendo feita, meu estômago ronca alto.

— A bela adormecida acordou! — Bryan grita e eu dou um pulo devido ao susto.

— Meu Deus! Bryan está tentando matar-me de susto? — Falo com a mão no coração que está disparado pelo seu grito. Vejo Jensen e os meninos entrando pela porta da frente.

— Mamãe! Você dormiu bem? — John corre na minha direção e abraça-me

— Bom dia mamãe! — Ryan fala

— Bom dia meus lindos, por que não me acordaram? — Pergunto olhando para os três na minha frente.

— Jensen falou para deixarmos você dormir mais, que você estava cansada. — Ryan responde

— Mamãe! Nós estávamos brincando com o totó. Eu quero levar ele para brincar em casa mamãe— John fala todo animado, eu olho para Jensen perguntando silenciosamente quem é totó.

— Cara, o totó tem que ficar com a mamãe dele, mas você pode vir aqui para vê-lo. — Jensen fala rindo.

Jensen então olhar-me e diz

— A cadelinha do vizinho deu cria, e ele veio oferecer os filhotes, os meninos ficaram encantados por eles, mas são muito novinhos ainda.

— An intendi — falo simplismente e nesse momento meu estômago ronca alto nuovamente

— Cunhada está com fome né! vai lá na cozinha comer algo até o almoço sair — Bryan fala rindo do meu estômago que não para de roncar.

—Vamos levar a mamãe para tomar café? — Jensen fala para os garotos

— Sim! Sim! — Os dois respondem juntos

Jensen, eu e os meninos seguimos para a cozinha.— Espere aqui na mesa, que vou buscar as coisas lá dentro. — Jensen diz e some para dentro da cozinha, ouço ele pedir licença a cozinheira e depois o vejo saindo com os braços cheio e atrás dele vem John trazendo o pão e Ryan trazendo a manteiga e um pote de doce.

— Trouxe pouca coisa, mas se quiser algo que não esteja aqui me fala que eu busco — Jensen diz

— Está ótimo o que trouxe, nem vou comer tudo isso — Falo dando risada e pensando o que vou comer primeiro. Tem torrada, pão caseiro, orelha de gato e cuca. Decido pegar o pão caseiro que parece estar delicioso.

— Uau! Um banquete todinho só para ela em? — Alice fala ao entrar e ver a mesa cheia de coisas.

— Oi cunhada! — Comprimento alegre

— Oi cunhadinha, posso juntar-me a você? Acabei de acordar — Alice diz se espreguiçando. Eu aceno que sim.

Estamos comendo em silêncio, os meninos saíram com Jensen para algum lugar, eles não conseguem ficar quietos por muito tempo. Então percebo que Alice está me olhando.

— Fala Alice. Eu sei que quer falar alguma coisa.

— Kauan foi embora. — Ela fala me olhando — Eu ouvi vocês dois ontem de manhã. — Ela termina de falar e eu coro. Droga.

— Está brava? Eu apenas me defendi. — Falo sincera.

— Por que eu estaria brava?— Ela pergunta indignada — Eu to é preocupada que esteja chateada connosco, afinal ele é da nossa família.

— Claro que não né. Ele ser um babaca não significa que a família também é. Eu estou bem, fica tranqua. Mas, porque ele foi?

— Comentei com a mamãe sobre o que ouvi, a mamãe conversou com o papai e o papai falou com ele e o mandou voltar apenas quando deixasse de ser um moleque. Foi algo assim —Alice responde e eu apenas encaro a parece a minha frente sem nada falar.

Eu nunca imaginei que essas pessoas que eu conheci essa semana fossem defender-me de comentários maldosos, fossem acolher-me com tanto carinho. Nunca imaginei que fossem tratar a mim e os meninos como parte da família realmente.

Terminamos de comer em silêncio e guardamos tudo. Resolvo ir procurar os meninos e os encontro brincando do lado de fora na terra, que, na verdade, está mais para lama já que estão a derramar um balde de água para brincarem. John e Ryan estão encardidos da cabeça aos pés, mas o que me surpreende é ver Jensen tão sujo quanto eles, eles estão brincando de jogar lama um no outro? Começo a rir sozinha da brincadeira deles. Para quem falou que não leva jeito com crianças, Jensen está se saindo muito bem. Depois de um tempo John vem na minha direção e tenta abraçar-me.

— Não! Negativo rapaz! Está todo sujo, sai pra lá— Falo correndo dele, o que o faz rir muito e tentar pegar-me. Presto bem atenção e vejo um tipo de plaquinha perdurada no seu pescoço.

— Espera filho. O que é isso no seu pescoço? — Pergunto, chegando perto para ver. É um pedaço de papelão redondo e está escrito John e uma cordinha de barbante prende as duas pontas redondas de cima, fazendo um colar.

— Jensen fez um pra mim e para o mano. Ele fica trocando os nossos nomes, assim ele não se confunde, legal né mamãe? — John fala animado. Jensen e Ryan veem na nossa direção e vejo a plaquinha de Ryan no seu pescoço.

— Você teve uma boa ideia para não confundir os nomes — Falo assim que Jensen chega perto

— Sim! Brilhante né? Eu vi hoje de manhã a cadelinha do vizinho com uma coleira e o nome e tive a ideia. — Jensen fala todo animado pela excelente ideia e eu começo a rir. Ele olha-me sem entender

— Então você fez uma coleira para meu filhos uh? — Pergunto a ele ainda rindo

— É, eu falei para eles que era um colar. Mas você é a mãe então pode chamar de coleira se preferir. — Jensen responde rindo

Depois que os meninos cansaram o Jensen, foi minha vez de brincar com eles. A mãe de Jensen foi nos chamar para almoçar, e teve a ideia de fazer o almoço ao ar livre, pois o tempo estava tão lindo. Levei os dois para o chuveiro da piscina para se lavarem, coloquei roupa limpa neles e fomos todos almoçar.

— Olha tia, o Jensen fez um colar para nós— John fala animado para a mãe de Jensen.

— Olha um colar, deixa eu ver — Ela aproxima-se para ver. — Muito legal, tem o nome de vocês

— É coleira John, eu ouvi a mamãe falando para o Jensen que ele fez uma coleira para nós. — Ryan fala todo sério e todos caímos na risada.

— É bem parecido filho, só faltou o nome da mamãe e do Jensen e o nosso número de celular. — Eu falo ainda rindo, vejo Jensen fazer uma careta.

— Não coloque palavras na minha boca, eu jamais chamaria coleira. Isso é um colar personalizado. — Jensen fala e agora são os meninos quem ri

— É mamãe, só cachorro usa coleira, nós não somos cachorros — John fala

— São dois gatinhos lindos! — Eu falo e imito um miado e os dois começam a miar.

Almoçamos todos com muita conversa e muitas brincadeiras. Os meninos são muito queridos por todos, até o pai de Jensen conversa e brinca todo animado com eles. Confesso que estou me sentindo muito bem no meio dessa família e desejando que não acabasse. O jeito que Jensen tem nos tratado parece tão sincero, tem momentos que penso, talvez ele esteja a ser verdadeiro, Deus sabe que eu não estou fingindo mais. Estou apenas me enganando, eu sei, quando sairmos daqui isso tudo vai acabar, mas até lá quero aproveitar o máximo tudo que estão a oferecer, nunca imaginei que eu quisesse tanto ser amada e querida, mas aqui no meio da família de Jensen estou descobrindo que talvez isso fosse a única coisa que eu sempre quis.

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Comments

Eluiza Dresseno

Eluiza Dresseno

Espero que não acabe más que vire uma grande amor

2024-07-26

2

Concilia Martins

Concilia Martins

nossa como é bom ser amada

2024-07-24

1

Silvania Balbino

Silvania Balbino

Está linda a estória sem babação, tudo fluindo natural. Adorando a leitura

2024-07-12

1

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