Capítulo Dezenove

CAPÍTULO 19

Ella Kilgore

— Você sempre soube que eu não te amava Lilly, nunca escondi isso de você, se acha que vou deixar que se aproxime dos meus filhos, pode ter certeza de que está perdendo seu tempo — diz Charlie e logo sai.

Assim que ele entra na caminhonete e o vejo virando a rua, aproximo-me de Lilly e ela logo me olha.

— Eu quero que deixe a família Cliford em paz—digo enquanto ela me encara com frieza.

— Você sempre teve tudo o que eu queria e quando eu finalmente consegui ter o Charlie para mim, mesmo com você longe, ele ainda continuou te amando, pensa que eu simulei a minha morte por que eu queria vê-lo feliz? Se ele não pode ser feliz comigo que sou a mãe dos filhos dele, não permitirei que seja com ninguém mais, nem você, nem o Charlie tem o direito de manter-me longe dos meus filhos.

— Não a forcei a fingir-se de morta, foi uma escolha sua.

— Pensei que sofreria, ficaria de luto e talvez, se não em vida, mas na minha morte ele tivesse algum afeto por mim, mas aquele acidente não foi proposital, por um bom tempo fiquei em coma, achei que eu estava morta, mas um senhor que vivia naquela cidade onde tinha ido para uma especialização, me socorreu e já tem dois dias que retornei após lembrar de tudo que deixei aqui deveria ter lutado por Charlie e meus filhos não teriam que estar agora com uma babá, eu queria ter tudo o que você tinha e agora você tomou de mim tudo o que me pertence—Lilly falou furiosa.

—Seus filhos e Charlie não são como um objeto que você tem como sua propriedade, eu sinto muito pelo seu acidente.

—O Charlie não quer acreditar que eu fiquei em coma, logo mais cedo antes dele vir aqui me dizer para ficar longe dos meus filhos, eu apareci na fazenda, eu vi como a Bella e Bil estavam felizes, senti muita saudades dele, quando lembrei que tinha filhos, mas descobrir que você estava lá, com minha família, me fez mais uma vez ter inveja de você, eu preciso que convença o Charlie a me deixar voltar, eu tenho os exames, tenho laudos médicos, tudo que comprove que eu realmente não fingi estar morta, ele precisa ver, para assim acreditar em mim.

Lilly estava me pedindo algo que era difícil para mim, como eu poderia me sentir feliz, ao lado do homem que amo, se ele não é viúvo e sim um homem casado.

Saio de perto dela, entro no carro da vovó Dete e choro, toda vez que sinto que a felicidade me alcança, ela fica o mais distante possível de mim, volto para a fazenda dos Cliford, devastada.

— Ella? O que aconteceu? Você chorou querida?O que houve?—Bernadete me pergunta, tento disfarçar, mas ela sabia que havia algo errado, preferi manter em segredo.

Algumas horas depois o Charlie entra na cozinha, aproxima-se de mim e me beija, depois senta ao lado dos filhos e os abraça, ele parecia se esforçar o máximo possível para esconder a verdade.

Continua...

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