Capítulo 5

Mais uma reunião...mais uma missão.....

"Todos atentos", O capitão diz entrando na sala, sua voz firme preenchendo a sala de briefing. "Temos um alvo prioritário. Um líder insurgente que está causando estragos em nossa área de operações. É hora de encerrar isso de uma vez por todas."

Ele aponta para o mapa projetado na tela, destacando os pontos estratégicos da missão.

"Fox e Gosth, vocês entrarão pela retaguarda. Martinez e Coyote, cobrirão o flanco direito. Lion e C4, vão se infiltrar pela esquerda. Nosso objetivo é neutralizar o alvo e qualquer resistência que encontrarmos no caminho."

Ele olha para cada um de nós, sua expressão séria.

"Essa é uma missão de alto risco, pessoal. Mas tenho confiança em cada um de vocês. Vamos fazer isso rápido e limpo. Qualquer dúvida?"

Após um breve momento de silêncio, ele prossegue

"Ótimo. Equipem-se e estejam prontos para partir em 30 minutos. Boa sorte, equipe."

Enquanto nos preparávamos para a missão, o clima tenso.

Eu me concentro em arrumar meu equipamento, garantindo que cada peça estivesse no lugar certo. Meu braço machucado latejava com dor, mas eu ignoro, focando apenas na tarefa que tínhamos pela frente.

Gosth permanecia mudo, mais do que o normal....

Quando termino de arrumar minhas coisas, e vou pegar, Coyote pega pra mim

" Pode deixar que eu te ajudo, Fox " Ele diz com um leve sorriso

" Obrigada" Digo retribuindo o sorriso

" Seu braço ainda dói?" Ele pergunta

" Um pouco, mas tá tudo bem" Respondo e ele assente com a cabeça

Quando eu desvio o olhar, percebo Gosth nos olhando. Seus olhos azuis estavam escuros e intensos...

Ele é o cúmulo do esquisito...

Enquanto nos encaminhamos para a zona de embarque, trocamos olhares determinados.

Eu me vi disposta a deixar de lado meu orgulho e reconhecer que Gosth também tinha muito a oferecer.

Ele era um soldado habilidoso e experiente, e eu sabia que precisávamos unir nossos talentos se quiséssemos ter alguma chance de sucesso, até por que o sucesso da missao dependia e muito disso...

À medida que o helicóptero decolava, eu sabia que estávamos embarcando em mais do que apenas uma missão.

Pouco tempo depois estamos no ponto de desembarque.

Prendemos nossos cintos e descemos pelas cordas do helicóptero.

A chuva fina caía sobre nós enquanto avançávamos pela densa vegetação da selva.

A escuridão era total, apenas nossos óculos de visão noturna, os sons dos nossos passos e a chuva nos acompanhavam.

Na minha mente, eu repetia as instruções do capitão, focando em manter minha mente clara apesar da atmosfera tensa.

Chip verifica as comunicações, garantindo que estamos todos conectados.

" Todos na escuta?" Ele pergunta

" Afirmativo" Digo e logo cada um está dando sinal de que está na escuta

"Fox," a voz de Martinez irrompe pelo comunicador.

"Na escuta," eu respondo, pronta para qualquer informação relevante.

"Sabe por que é bom beber o suco devagar?" ele pergunta.

"Não sei," eu respondo, tentando não perder o foco.

"Por que ele fica suculento," Martinez responde, provocando uma risada abafada de minha parte.

" Que merda, Martinez!" Murmuro tentando segurar a droga do riso

Já era costume o Martinez soltar essas piadas durante a missão.

Era o único momento que esqueciamos da tensão e o senso de camaradagem se fazia presente

Escuto a risada do Capitão pelo comunicador e logo ele limpando a garganta pra se recompor

"Foco pessoal," Ele diz, mas conhecendo o Capitão sei que ele deve ter rachado o bico

Quando avançamos pela selva, sinto a umidade penetrar minhas roupas, tornando cada passo mais difícil.

A tensão entre eu e Gosth era quase palpável. Eu podia sentir sua relutância em me dar ordens diretamente, uma barreira que se manifestava em cada troca de olhares tensos

"Fox, esquerda", Gosth diz, sua voz fria e distante, como se estivesse falando com um estranho e não com uma colega de equipe.

Eu engulo em seco, lutando contra a frustração que ameaçava me dominar.

"O que diabos você quer dizer com isso?", eu respondo, minha voz carregada de irritação. "Preciso de instruções claras, não de enigmas."

"Você nunca está satisfeita, sempre precisa de tudo mastigado!", Ele retruca com uma resposta áspera

"O que eu não preciso, é de você me tratando como uma idiota!", eu rebato, minhas próprias emoções transbordando.

Enquanto discutíamos, Gosth parecia mais irritado do que o normal, suas palavras cortando como facas afiadas. Eu não consegui conter minha frustração, e logo estávamos trocando farpas em meio à escuridão da selva.

"Eu não preciso de lições de alguém que mal consegue se cuidar sozinha!" ele retruca, sua expressão furiosa. "Você sempre acha que sabe melhor do que todo mundo."

Nossas palavras continuaram a voar, o calor do momento nos consumindo enquanto estávamos envolvidos em nossa própria guerra verbal.

Mas então, de repente, um movimento capturou minha atenção.

Um homem emergiu das sombras, sua presença indicando que ele não era amigo. Instintivamente, eu alcancei minha faca e a lancei em sua direção, o metal cortando o ar com um sibilo sinistro antes de se cravar no rosto do intruso.

O homem caiu sem emitir um som, seu corpo desabando silenciosamente sobre a vegetação úmida do chão da selva.

" Agradece depois" Eu Debocho

Eu puxo a faca do rosto do cara, limpo na roupa dele e coloco de volta no coldre

"Faz o que quiser", eu digo, minha voz firme, mas carregada de desapontamento. "Você não pode dar ordens decentes nem se sua vida dependesse disso! Se você não quer trabalhar em equipe, então não vou mais perder meu tempo."

Sem esperar por uma resposta, viro as costas e começo a me mover pela selva, confiando nas coordenadas fornecidas por Chip e nos sinais dos meus colegas pelo comunicador.

A chuva caía suavemente sobre nós, criando uma atmosfera de tensão e urgência enquanto avançávamos em direção ao nosso objetivo.

Enquanto me afastava de Gosth, eu sabia que nossa briga não havia sido resolvida, mas não tínhamos tempo para nos determos nisso. Havia uma missão a ser cumprida e não podíamos nos dar ao luxo de deixar nossas diferenças pessoais nos impedirem de alcançar nosso objetivo.

À medida que nos aproximávamos do alvo, os sons da selva eram substituídos pelo eco dos nossos passos e pela respiração pesada dos inimigos. Eu me mantive alerta, minha arma pronta para o combate, enquanto Gosth avançava em silêncio, seus movimentos rápidos e precisos.

Um grupo de inimigos surgiu à nossa frente, suas silhuetas se movendo rapidamente entre as árvores. Eu agi por instinto, atirando com precisão enquanto me movia de um ponto de cobertura para outro. Cada disparo era calculado, cada movimento deliberado, mas a tensão entre nós ameaçava minar nossa eficácia.

Gosth lutava ao meu lado, seu estilo de combate tão feroz quanto o meu, mas havia uma distância entre nós, uma barreira invisível que nos impedia de trabalhar verdadeiramente como uma equipe.

Enquanto eu eliminava os inimigos com determinação, ele avançava em sua própria direção, suas ações solitárias refletindo nossa falta de comunicação e confiança mútua.

Apesar do perigo iminente, eu não conseguia deixar de sentir uma pontada de frustração. Nossa incapacidade de superar nossas diferenças estava colocando não apenas nós mesmos, mas também nossos colegas de equipe em risco. Era uma situação precária, uma dança perigosa na borda do abismo.

Encontramos Coyote e Martinez , em um ponto de encontro previamente acordado, e juntos avançamos em direção à base inimiga.

Nosso progresso era lento e cauteloso, cada passo meticulosamente planejado para evitar detecção. À medida que nos aproximávamos da base, a tensão no ar era palpável, cada um de nós consciente do perigo que nos aguardava.

Finalmente, chegamos aos arredores da base inimiga, nossa presença ainda não detectada pelos guardas que patrulhavam o perímetro. Coyote e Martinez se infiltravam na base, enquanto eu e Gosth dávamos cobertura

Com movimentos coordenados, avançamos pela base, eliminando os guardas com precisão letal. Cada passo nos aproximava do nosso objetivo final.

Lá dentro nos encontramos com Lion e C4.

À medida que nos aproximávamos do coração da base inimiga, a tensão atingia o seu ápice, nossos sentidos estavam em alerta máximo.

Cada corredor e cada esquina escondiam o potencial de perigo iminente, mas estávamos determinados a avançar.

Cada passo era calculado, cada movimento silencioso.

Coyote liderava o caminho, seu olhar perspicaz vasculhando cada canto em busca de qualquer sinal de perigo. C4 seguia logo atrás, sua expressão determinada, seus dedos ágeis prontos para acionar seus explosivos letais quando necessário.

Lion e Martinez mantinham nossa retaguarda, seus olhos alertas enquanto observavam nossas costas. Suas armas estavam prontas para responder instantaneamente a qualquer ameaça que surgisse, mas por enquanto, o único som que se ouvia era o sussurro da noite.

Nossas armas silenciadas eram como fantasmas, eliminando silenciosamente qualquer obstáculo em nosso caminho ,os inimigos nem se quer viam o que os atingiam.

O tempo parecia se arrastar enquanto nos movíamos pela base inimiga. Cada passo nos aproximava mais de nosso objetivo, cada respiração era uma lembrança constante de nossa determinação em completar nossa missão.

Finalmente, chegamos à sala onde nosso alvo estava localizado.

Matamos todos que estavam fazendo a guarda dele.

Ele estava lá, agora sozinho com um olhar de desespero nos olhos.

Sabíamos que ele tinha as informações que precisávamos, mas também sabíamos que ele seria descartável assim que entregasse essas informações a nós

Gosth avança em direção ao alvo, sua presença imponente dominando o pequeno espaço da sala. Seu olhar penetrante, como se pudesse ler os pensamentos do prisioneiro, parecia atravessar as defesas do homem, mergulhando fundo em sua mente perturbada.

Ele agarra o homem e o faz sentar na cadeira

"Onde estão os arquivos?", Gosth exige, sua voz baixa, mas cheia de autoridade.

O alvo engole em seco, seu olhar vacilante revelando a vulnerabilidade, mas ele hesita mesmo assim

Então Gosth se inclina até o ouvido do homem e fala algo que pra nós é ouvido apenas como murmúrios indecifráveis, mas que logo faz o homem abrir a boca e revelar tudo que sabe

Eu me inclino pra Martinez

"O que você acha que ele disse?"

"Talvez ele tenha dito algo como 'você prefere revelar o tesouro ou experimentar as delícias de uma noite selvagem?'"

Eu reviro os olhos mas não posso deixar de bufar uma risada

"Você não presta mesmo, né?"

" Mais alguma coisa que precisamos saber?" Gosth pergunta e o homem nega com a cabeça rapidamente "Ótimo " Ele diz e logo o barulho de um tiro ecoa pela sala

Gosth passa a senha do cofre pra uma dupla e diz onde ele está.

Coyote e Lion pegam os arquivos, notebooks e pendrives no cofre.

" Capitão, alvo eliminado e arquivos em mãos" Gosth fala

" Vá pro ponto de extração imediatamente" o Capitão ordena e logo estamos caminhando de volta na selva pra extração, após o " sucesso" da missão

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