capítulo 5

Alexa estava radiante por ter encontrado um ótimo trabalho cuidando de uma criança adorável. Ao chegar em casa, encontrou Júlia, sua amiga e colega de quarto, e contou a novidade.

— Como foi? — perguntou Júlia, curiosa.

— Muito bem! Fui contratada. Mas vou precisar dormir lá durante a semana. Você vai ficar bem aqui sozinha? — respondeu Alexa, um pouco preocupada com a amiga.

— Que bom que conseguiu o trabalho! Se quiser, tenho uma colega de trabalho que está precisando de um lugar para ficar. Ela pode vir para cá durante a semana, e nos finais de semana a gente vê — sugeriu Júlia.

— Sem problema. Ju, eu amei o trabalho. Vou cuidar de uma menina linda, ela só tem seis meses e perdeu a mãe no parto.

— Nossa, coitadinha, tão pequena... — lamentou Júlia.

— Sim, mas ela é um amor! Só preciso me preocupar com o tio dela, que é um mulherengo. Por causa dele, nenhuma babá fica naquela casa. Acredita que eu disse para ele que sou lésbica? — comentou Alexa, rindo.

— Sério? Você é doida mesmo! Mas, para proteger o seu emprego, vale a pena mentir. Agora, me conta: quem era aquele no carrão que te trouxe ontem? — perguntou Júlia, com um olhar curioso.

— Não pensa besteira. Era o meu patrão, o pai da Sofia, o Bruno. Ele só me trouxe porque já estava tarde — explicou Alexa.

— Hum, sei... Ele é bonito? — perguntou Júlia, ainda mais curiosa.

— Ele é lindo, mas muito fechado. A senhora Marta me disse que ele ficou assim desde que a esposa dele, a dona Amélia, faleceu. Eles eram muito apaixonados, e a morte dela foi muito difícil para ele — respondeu Alexa, com um tom compreensivo.

— Nossa, coitado... Mas quem sabe você não seja um ombro amigo, né? — provocou Júlia.

— Para de falar besteira! Agora preciso ir. Vou levar minhas roupas para lá. Tchau, beijos, até o final de semana! — despediu-se Alexa, rindo da brincadeira da amiga.

Após deixar Júlia, Alexa pegou o ônibus e chegou cedo à mansão. Arrumou suas coisas no quarto e, de repente, ouviu o bipe da babá eletrônica indicando que Sofia havia acordado. Subiu rapidamente para o quarto da menina e a encontrou choramingando.

— Olá, minha princesa — disse Alexa, com ternura, enquanto Sofia a olhava com seus lindos olhos azuis.

— Vamos sair desse berço, minha querida, e tomar um belo banho para depois tomarmos café e termos um ótimo dia — continuou ela, levantando a menina.

Ao se virar, Alexa levou um susto ao dar de cara com Bruno na porta do quarto.

— Bom dia. Não queria te assustar. Sempre que acordo, venho ver Sofia. Onde está minha mãe? — perguntou Bruno, com um tom sério, mas tranquilo.

— Bom dia, senhor. Não se preocupe, a senhora Marta ainda não acordou. Vim aqui ver Sofia e preparar ela para o café da manhã — respondeu Alexa, tentando disfarçar o susto.

— Tudo bem. Vou para o meu quarto então — disse Bruno, saindo.

Alexa terminou de arrumar Sofia e a levou para a cozinha para dar sua papinha.

— Olha o aviãozinho, Sofia! Abre a boca! — dizia Alexa, fazendo a menina sorrir enquanto comia.

Logo depois, Marta apareceu, parecendo preocupada.

— Fiquei assustada quando cheguei no quarto de Sofia e não a encontrei! — disse Marta.

Alexa rapidamente explicou a situação, acalmando Marta. Pouco depois, Bruno apareceu para tomar seu café da manhã. Marta, lembrando-se de que estavam sem cozinheira, pediu a Alexa para improvisar algo. Sem imaginar que receberia elogios, Alexa preparou um café simples, mas que agradou a Bruno.

— Parabéns pelo café, está ótimo — elogiou Bruno, surpreso.

Alexa sorriu, satisfeita, sabendo que estava indo bem em seu novo trabalho.

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