Capítulo 07

NICOLAS NARRANDO

De todas as cenas que já fiz, a minha primeira com Antonella foi a melhor. Ver ela gozando enquanto castiga o seu corpo foi envolvente; nunca senti tanto desejo de fuder alguém como senti de fuder a Antonella.

Após a cena, fomos para os cuidados pós-cena. Acariciei gentilmente o rosto da Antonella. Com uma voz suave, encorajei-a a comunicar qualquer desconforto ou necessidade. Segurando-a com delicadeza, agradeci por sua entrega e confiança, e demonstrei meu respeito.

Quando ela me afirmou que já estava bem, deixamos a sala. Antonella caminhou até um camarim e, quando saiu, estava junto com a submissa do Fernando.

Ela passou por mim sem nem me olhar, o que me deixou muito incomodado, mas tenho total consciência de que o que fizemos aqui foi apenas uma cena, é como se estivéssemos estrelando no cinema onde os atores se apresentam e logo após as cortinas baixarem, cada um vai para o seu lado. Estou acostumado com isso, mas pela primeira vez a indiferença me doeu.

Fui para minha casa, tomei banho e deitei, mas não consegui dormir. As cenas da noite, Antonella emprego novo na minha mente, dominando todos os meus pensamentos.

Levantei junto com o sol, fiz minha rotina matinal e fui para a minha academia. Fiz várias sessões de treino tentando desviar os meus pensamentos e focar em qualquer outra coisa que não fosse Antonella.

Após sessões exaustivas, o corpo já tinha gastado todas as energias, mas a mente continuava acelerada. Tomei um banho e deixando a água escorrer pela minha cabeça e corpo, fiquei alguns minutos embaixo do chuveiro imóvel apenas respirando.

Assim que saí do banho, peguei um dos meus ternos sob medida, um sapato de grife, escolhi uma gravata que combinaria perfeitamente com os meus trajes, e escolhi um Rolex da minha coleção. Quando já estava totalmente alinhado, desci para o café da manhã. Conversei um pouco com Matilde, e fui para a empresa. Hoje tem uma reunião muito importante; vou focar no trabalho, assim esvazio minha mente de coisas que não posso dominar.

Cheguei na Empresa, Katherine já estava me esperando com a agenda aberta.

— Bom dia, Katherine, pode passar minha agenda — Falei e já fui entrando na minha sala.

Ela veio atrás de mim falando meus compromissos do dia, entre eles uma festa que a mãe está oferecendo, uma festa beneficente que ela faz todos os anos para angariar fundos para uma ong que ela apadrinha.

— Katherine, entre em contato com o departamento financeiro e peça para eles depositar o Cheque para a ong.

— Sim, Sr.

— Conforme minha presença.

Ela veio me falar que a minha a convidou, perguntou se poderia ir.

— O que você faz após o seu horário de expediente não me diz respeito, faça o que achar melhor.

Ela assentiu com a cabeça e saiu. Liguei o meu computador para checar os e-mail, enquanto ao horário da reunião se aproximava. Quando a Katherine confirmou que todos já estavam me esperando.

Me levantei da cadeira, ajustei o meu terno peguei minha pasta e caminhei até a sala de reuniões.

— Bom dia

— Bom dia, Sr. Reis — Todos responderam em uníssono.

Dei início a reunião, falando dos últimos acontecimentos.

Durante a última reunião do conselho executivo, percebi um clima tenso pairando sobre a sala de conferências. Os gráficos financeiros que piscavam no monitor diante de nós não contavam uma história otimista. Custos inesperados, margens estreitas e despesas que pareciam inchar sem motivo aparente. Como Ceo, senti o peso dessas preocupações pairando sobre meus ombros.

Enquanto analisávamos cada linha de números, algo não parecia se encaixar. Uma discrepância desconcertante nos registros contábeis despertou nossa atenção coletiva. Cada centavo parecia importar agora mais do que nunca.

— Foi quando mergulhei nas profundezas dos registros financeiros que a verdade crua veio à tona, atingindo-me como um raio. Um dos nossos próprios, alguém em quem depositei minha confiança e deleguei responsabilidades importantes, está desviando fundos.

Falei encarando o Pimentel, um verdadeiro ladrão. Ele estava roubando de forma sutil achando que nunca seria descoberto. Deu trabalho mas não foi impossível.

Com voz firme, compartilhei com o conselho a descoberta e a necessidade de agir com urgência e determinação. A justiça deve ser buscada, não apenas para proteger os interesses financeiros da empresa, mas para reafirmar os valores pelos quais nos guiamos.

— Pimentel conte para nós, para onde você mandou todo dinheiro que roubou das contas da Reis? — perguntei umas duas mãos apoiadas na mesa olhando bem sério para ele.

— Sr. Reis, eu não tenho ideia do que o senhor está falando.

— Você não tem ideia do que estou falando, pois quero comunicar que você só sairá daqui direto para a delegacia. Farei você me pagar até o último centavo que desviou da minha empresa, seu larápio.

Todos ficaram revoltados com a atitude do Pimentel. Não quero nem imaginar o choque que será para o meu pai, já que ele trabalha na empresa há muito tempo, desde que meu pai era o CEO.

Pedi para chamar o chefe de segurança da empresa, que direcionou o Pimentel a um dos quartinhos desativados até a polícia chegar.

O restante do dia foi um problema atrás do outro, reuniões que não chegaram a nenhum denominador comum. Hoje foi um dos piores dias da minha vida.

Saí da empresa direto para casa, tomei banho, me arrumei e fui para o salão de festas. Assim que entrei no salão, meus olhos cruzaram com os dela, a mulher que me rouba a paz estava ali na minha frente, com toda a sua beleza e exuberância.

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