ninguém nunca mas vai tirar nada de mim, nunca mais permitirei, após esse episódio no abrigo, voltei a ficar na rua e desde então evito ficar próxima a alguma autoridade, estava sentada próximo a entrada de cabeça baixa, quando um moço chegou até mim, já havia o percebido a muito tempo rondando por aqui parecia procurar por algo,
— Ei Garoto, você fica sempre por aqui tá com fome (olhei para ele desconfiada, mesmo sendo bastante bonito aprendi da pior forma a não confiar nos homens, mas como estava com fome aceno positivo, ele se aproxima) aqui se fizer um favor para mim te dou o que comer (olhei para os dois lados, e a fome tá apertada, hoje não consegui nada e não posso ficar sem comer por muito tempo por causa do bebe)
— E o que tenho que fazer, (digo disfarçando um pouco a voz, ele me encara por um tempo mas diz)
— Nada de Mais po, tenho que entregar essa mochila para um parceiro meu que tá lá dentro na plataforma B, saída dois, ele tem uma igual a essa e vai te entregar e você trás para mim moro, é que não posso entrar lá tá ligado aí você me ajuda e eu te ajudo pode crer (observo ao redor e percebo que está cheio de polícia por aqui, mas como tô faminta concordo)
— Saída dois, plataforma B (ele confirma com a cabeça e me entrega a bolsa) o que me garante que você não vai me dar um perdido (ele tira um cordão do pescoço de ouro com um pingente grande com as letras WL gravadas
— Pronto preciso disso de volta então volta logo moleque (afaga mim cabeça e sorrio pela forma que ele me chamou e quando estava saindo ele me chama novamente)
— Moleque espera, aqui toma, (tira um boné da lacoste preto da cabeça e coloca na minha) agora sim tá maladão, aqui fica na ativa, entra sem esparro, mantém a cabeça baixa evita que as câmeras pegue seu rosto moro (confirmo com a cabeça, ele pega o celular e tira uma foto minha) agora só entra lá e espera, meu parça vai cola onde você tiver alguma duvida (nego com a cabeça) você não é muito de falar não né moleque, assim que eu gosto vamos nos dar bem trabalhando juntos na moral
Entro na rodoviária e vou para meu destino, o cara me aborda me entrega uma bolsa igual a que eu já tinha e se vai espero por um tempo e vou embora também como prometido o cara tava me esperando do lado de fora ele me levou em um restaurante bacana mas fiquei com receio de entrar do jeito que eu tava e acabar sendo pega pelas autoridades
— Senhor teria como só me dar o dinheiro eu compro qualquer coisa e como já tô acostumado a andar por ai (digo devolvendo o colar dele)
— Você mora aonde garoto (me observa)
— Na rua mesmo, pego alguns trocados aqui e ali e vou sobrevivendo, ( conto para ele uma meia verdade digo o nome de onde minha mãe morava mas não o motivo de sair de lá
— Tá com sorte xará também sou de lá bora te levo para casa e você pelo menos terá um teto e se for esperto do jeito que tô vendo vai descolar uns trampos rapidinho Fechou (fico animada com a possibilidade de finalmente voltar para casa de minha mãe e mesmo preocupada vou com ele)
Cumprindo o que me prometeu ele deu trezentos reais e me deixou no beco da minha casa, o lugar tava abandonado afinal tinha dois anos praticamente que não vinha ninguém aqui, fui no quarto que era de minha mãe e tudo estava no lugar só estava empoeirado pego um porta retrato de nós duas juntas e choro eu era feliz nessa época
Coloco o porta retrato dela no lugar, ando pelo local,
me visto com uma roupa mas confortável e começo a transformar esse lugar em um lar novamente, pois aqui vou recomeçar, minha vida junto com meu filho
Após duas semanas estava tudo no jeito mudei-me para o quarto de mãe e o meu ficou a ser de Yuri, sim, esse foi o nome que escolhi para ele fui ao posto e usei o cadastro da minha mãe para retomar as consultas e tudo tem dado certo, o WL as vezes me manda uns trabalhos o que tem me rendido bastante dinheiro que sou grata pois estou comprando o que Yuri precisa, ele vem aqui as vezes e jogamos videogame, ele acabou me viciando nisso
O problema do grude do WL, que numa destas visitas ele entrou sem se anunciar e pegou-me vestida de mulher
— Que porr@ é essa Yuri você é mulher, porque não me falou essa parada menina, eu aqui falando as paradas para você e tu sendo mulher tá maluco cara, digo menina sei lá como te chamo agora
— Não viaja Wellington, o fato de ser mulher não significa que não posso ser sua amiga, e é mais fácil para mim, ficar por aí vestida de moleque assim ninguém me incomoda (ele senta no sofá e olha para minha barriga)
— Mina você esta grávida, e ontem mesmo você, estava metida num tiroteio o que ia fazer se fosse atingida car@lho, você não tem juízo, então você é a Mayuri né, tava pensando com os meus botões o qudezesseis belezasvocê depois que a sua mãe morreu, você está com o que uns quinze anos
— WL não viaja e tenho quase dezesseis, beleza, e nem vem com esse papo para o meu lado, eu preciso dos trabalhos justamente para compras as coisas do Yuri, por favor não me tira da ativa (me sento ao lado dele que abaixa a cabeça entre as pernas, pensando)
— Seu moleque é menino (sorri de lado, posso, diz fazendo menção a encostar na minha barriga, concordo com a cabeça e ele fica lá passando a mão rindo igual bobo) mo estranho essas paradas de ter uma pessoa dentro de outra né, tenho medo que se machuque Yuri, já estava noiado por achar você muito novo, (suspira) você já está de quanto tempo
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Atualizado até capítulo 94
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