Capítulo 4

Tem seu papel fundamental nessa família, principalmente você Yuri, que será o principal motivo desse crescimento, com você terei o que mais desejo nesse mundo... (minha tia abaixa sua cabeça chorando enquanto eu nem termino de ouvir, dá-me até ânsia de vómito ficar perto dele e escutar suas baboseiras)

me levanto indo para o quarto e pego minha bolsa, passo pela sala e avisto minha tia entrando na cozinha, quando ia saindo de casa sinto um puxão, e bato com tudo no peito dele que me abraça

— Aonde pensa que vai sua tia não lhe disse que vou te levar para escola (fala manso, sorrindo para mim, esse homem tem demência não tem explicação isso não)

— Não é necessário vou sozinha como sempre, (me solto dele com brutalidade porém ele me pega novamente, agora apertando o meu pulso, tento me solta dele enquanto ele caminha em direção ao carro mas é parado por minha tia)

— Calma Arnaldo, não precisa fazer isso com a menina, solta ela por favor, vamos conversar, (diz minha tia atrás dele chorando o puxando pelo braço, ele olha para ela com o semblante fechado e depois para mim novamente e diz)

— Você perdeu essa liberdade quando decidiu brincar de fugir agora me esperar no carro só vou me despedir da sua tia e vamos (ele me solta pega minha tia pelo braço e entra e eu vou também, logo atrás, só que ele vai na direção do quarto e eu da cozinha pego uma das facas da minha tia e coloco na mochila)

Quando volto para sala, escuto os gritos de desespero dela, ele estava a bater nela, mesmo sabendo que não tenho muita chance e que ela não merece a minha ajuda, corri para o quarto dela, mas a porta estava trancada bato desesperada, porém tudo foi em vão, ele me ignorou e nada do que eu fizesse fez ele parar ou abri a porta até que fica um silêncio apavorante que se instalou lá dentro, após uns 20 minutos ele sai, como se nada tivesse acontecido, me observa, por um curto período de tempo quando tento passar por ele para entrar no quarto, ele pega meu braço me puxando para saida, me debato tentando olhar dentro do quarto e só consigo a ver deitada na cama, não parecia esta consciente, tento me soltar dele mas é em vão

— O que fez com ela, você é doente porque bateu nela seu monstro, você machuca as pessoas ao seu redor, quero distância de você seu louco, (grito enquanto sou arrastada para o carro ele me joga lá dentro e trava as portas volta em casa trancando a porta, liga para alguém e depois de um tempo, discutindo ali, vem até o carro)

— Está tarde querida você perdeu a aula de hoje (diz com um tom suave, segurando em minha perna, mas desvio do seu toque e bato nele, porém ele volta a segurar apertando desta vez com forca) você está muito rebelde, não se preocupe vou educar você rapidinho (Ignoro o que ele disse, tentando sair)

— Então me deixa voltar, tenho que ficar com minha tia ela vai precisar da minha ajuda depois do que fez com ela (ele sorri, prende o meu cinto de segurança, começando a dirigir)

— Não se preocupe mais, depois de hoje ela nunca será um problema entre nós dois novamente meu amor, você fez ela se rebelar, ela estava fazendo questionamentos então eliminei ela das nossas vidas, agora cabe somente a você me fazer feliz (fico assimilando o que ele disse, e tento pensar que não é o que eu estou imaginando, ela era a submissão em pessoa sim, mas é minha tia, e de certa forma aprendi a gostar dela, nunca me tratou mal e sempre foi cuidadosa comigo desde que não envolve-se o Arnaldo) Sabe Mayuri, eu amava a sua mãe, só que eu era jovem naquela época, quem não faz besteiras, mais ela não entendia que mesmo tendo as outras, era ela que eu amava, sua tia foi uma dessas aventuras, porém deu no que deu, e Maya fugiu de mim, mas não poderia ficar sem ela, a procurei feito doido, e quando encontrei não quis voltar disse que já tinha uma vida, e nela eu não me encaixava, voce nem imagina a surpresa que tive quando descobri que ela estava com seu pai, logo o irmão da minha atual esposa, então planejei tudo direitinho para ficar com sua mãe a quinze anos atrás (diz enquanto dirigia, sem me olhar) armei um fraga com uma conhecida, para sua mãe pensar que seu pai a tinha traído e não queria saber mais dela e o seu pai foi fácil sumir com aquele imbecil quando tive a chance, (gargalha com a lembrança, ele tá literalmente confessando que destruiu minha família e esta satisfeito com isso) ele viajou para ir atrás da sua mãe só que no meio do caminho foi assassinado por bandidos, só que tinha um pequeno porém eu era os supostos bandidos (da outra gargalhada) a idiota da sua tia acreditava até hoje que ele estava no exterior, e só não falava com ela por raiva dela está casada, comigo, no início até me dei ao trabalho de responder algumas mensagens dela, mas depois, simplesmente parei, aquele otario só descobriu da gravidez da sua mãe quando encontrou uma carta dela e foi procurar por ela, mas vi nesse momento a oportunidade perfeita de acabar com ele e de quebra o deixar ser taxado como pai irresponsável, para falar a verdade ninguém sabia da sua existencia até ano passado quando a conselheira ligou informando que o meu grande amor tinha morrido e me deixado você, no início custei para aceitar, mas aí entendi que você não era a culpada pela morte dela você me mostrou que é ela em tudo, só me falta saber se tem o mesmo sabor dela, mas se não tiver fica tranquila vou ficar com você para mim da mesma forma, entro em desespero,

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