Capítulo 13 : Uma festa

Elizabeth...

_ Por favor pare!

_ Tem certeza? Você quer tanto quanto eu._ Ele fala e a sua voz sai roca.

_ Você nem vai se lembrar! E eu não quero que a minha primeira vez seja assim, com um homem que só olhou-me porque está bêbado!_ Falo empurrando ele.

_ Ou, na verdade não quer porque ama outro?

_ Eu não amo ninguém! E é melhor irmos dormir, amanhã preciso ir para feira bem cedo!_ Falo fugindo da situação, quero que minha primeira vez seja especial, com um homem que me ama.

_ Não vai à feira!

_ Eu vou sim!

_ Não precisa mais ir trabalhar lá, o que precisar eu dou a você, está no contrato que vou suprir todas as suas necessidades financeiras.

_ Eu não quero depender de você!

_ Então trabalha para mim.

_ Não eu não vou.

_ Não vai porque? Quer ficar na feira perto do seu namorado?_ Ele pergunta, só pode esta delirando, está bêbado e falando coisa com coisa.

_ Eu não tenho namorado!

_ E o homem que você estáva abraçando? O Jerede disse que estava abraçando um homem quando mandei ele ir atrás de você na feira!

_ O Nick?

_ Então o nome dele é Nick, você o ama?

_ Sim amo como amigo.

_Não é namorado ?

_ Eu já disse que não tenho namorado, nunca tive um namorado, nunca nem tinha beijado na boca, o que sei eu treinei numa laranja!_ Falo e ele começa a rir sem parar.

_ E não rir de mim, e espero que você não se lembre de nada disso amanhã, vamos dormir!

_ Está bem vamos dormir, mais toda a vez que eu chupar uma laranja vou lembrar de você._ Ele fala zombando.

levanto-me e vou me vestir, quando volto ele já está dormindo, olho a hora e já é três horas da manhã!

Fico a olhar ele dormir, e pensando em tudo que ele disse, será verdade? Melhor não criar e expectativas, em um ano tudo isso vai acabar, vou seguir a minha vida e ele a dele.

Acordo olho para o lado e ele não está, levanto faço a minha higiene matinal, olho o relógio e já passa das dez da manhã! Droga! Até eu chegar na feira já acabou!

Ligo para tia Jô.

_ Tia Jô! Aí desculpe-me perdi a hora completamente.

_ A hora para que menina?

_ Para trabalhar aí na feira!

_ Beth não precisa mais trabalhar aqui, eu conversei com o seu marido e ele está certo não há necessidade, e eu já até tenho a Francine a filha de Aparecida trabalhando comigo.

_ Como é? E quando a senhora conversou com o meu marido?

_ Ontem a tarde, e eu concordo com ele, aproveita a sua nova vida filha, está tendo uma chance de mudar a sua história então aceite.

_ Mais eu gosto de trabalhar aí!_ Falo chateada.

_ Eu sei, mais quando quiser pode vim visitar-me.

_ Está bem tia Jô, obrigado por tudo eu amo muito você e a Heloisa.

_ Nos também amamos-te!

Desço para tomar café e hoje decidir que não vou mais ficar fugindo da mãe do Heitor, se vou morar aqui por um ano ela terá que me engolir!

Passo por ela que está sentado na sala com uma visita.

_ Ei mocinha volta aqui!_ Ela fala, e me viro a encarar ela.

_ Falou comigo?_ Pergunto.

_ Sim, essa aqui é a Frida, ela é estilista, o Heitor vai dar uma festa para comemorar o casamento de vocês nesse final de semana, e a Frida vai tirar as suas medidas para o vestido._ Ela fala com o jeito simpático forçado.

_ Bom dia Frida! Agradeço a sua gentileza de vir até aqui, mais não será necessário eu já tenho muitos vestidos!

_ Elizabeth não me irrita, aqueles vestidos que eu vir lá em cima não serve, então a Frida vai tirar as suas medidas e fará um belo vestido para que você possa ser apresentada como uma verdadeira Senhora Connerum._ Ela fala como se fosse grandes coisas esse sobrenome.

_ Tudo bem!_ Concordo mais só porque estou com tanta fome e não quero perder tempo aqui discutindo.

Após tomar meu café fui para biblioteca começa um esboço de uma pequena história, uma atividade para universidade.

_ Bom dia!!_ Fala a Florença ao entrar na biblioteca.

_ Oi Bom dia!

_ Diz que a primeira impressão é a que fica, então acredito que não tem uma boa impressão de mim né? A louca bêbada!_ Ela fala enquanto se aproxima.

_ Não, jamais ! Prazer eu sou Elizabeth! Mais pode chamar-me de Beth._ Falo estendendo a mão e ela surpreende-me com um abraço bem apertado.

_ O Prazer é todo meu Beth ! E você pode chamar-me de Flor.

_ Meu irmão foi trabalhar?

_ Nem sei, acordei ele já havia saído.

_ Tinha me esquecido acho que ele foi fazer uma viagem, ele havia comentado comigo ontem._ Ela fala, fico triste por ele nem ter se dado ao trabalho de me avisar.

Conversei bastante com a Florença e ela é bem legal, é extrovertida e deu para perceber que ela ama viajar e conhecer pessoas.

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Final de semana...

A casa está uma loucura, e gente entrando e saindo, a mãe do Heitor é mais chata do que pensava, nada agrada a ela, tadinho desse pessoal que veio fazer a decoração da festa, ela resolveu mudar tudo de última hora.

_ a minha mãe tem um gênio difícil._ A Florença fala observando a mãe dela gritar com o pessoal que está a trabalhar na festa.

_ Vai desculpar-me o que vou dizer, mais se eu fosse aquela moça ali eu já teria enfiado aquela toalha goela abaixo na sua mãe. _ Falo enquanto observo ela fazer a moça tirar todas as toalhas das mesas.

_ Hahaha! Sabe que eu adoro isso em você! E confesso que eu faria o mesmo.

_ Acho melhor eu ir lá da um jeito nisso!_ Ela fala.

Fico me olhando no espelho e estou tão diferente, algumas semanas atrás eu era apenas Elizabeth Soledade e agora sou Elizabeth Soledade Connerum, estou muito nervosa há mais ou menos umas cem pessoas lá me esperando, querendo saber quem sou eu, e se eles souberem quem sou eu, tenho certeza que vão sair correndo, porque eu sou o caos em pessoa, falo alto e pelos cotovelos.

Parte do meu nervosismo também é porque vou ver o Heitor, desde aquela última noite não o vir mais porque ele teve que viajar para o Brasil, o voo dele atrasou mais ele disse que chegaria a tempo, talvez ele até esteja lá com os convidados.

_ Nossa se eu gostasse de mulher com certeza eu me apaixonaria por você, está belíssima Beth!

_ Acha mesmo ?

_ Está de brincadeira? Mulher você está maravilhosa!

_ Meu irmão vai ficar de quatro quando te ver !

_ Ele já chegou?

_ Já sim!_ Ela fala e meu coração dispara.

Estou descendo as escadas e todos me olha, mais o meu olhar busca somente uma pessoa e não demora eu o encontro, enquanto desço cada degrau é como se eu estivesse em câmera lenta, ele vira e então nossos olhares se encontram, ele abre um sorriso bate no ombro do Senhor com quem conversava e vem ao meu encontro.

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