Capítulo 07 : Namoro de infância

Heitor...

Pela cara da minha mãe, está claro que ela está julgando a Elisabeth.

_ Onde estava Heitor?

_ Por aí mamãe.

_ Estamos com visita, esqueceu que tinha organizado um jantar para Elisa e Miranda?

_ Eu não estava sabendo, falou que ia fazer mais não disse o dia.

_ E quem é essa moça?_ Ela pergunta olhando para Elizabeth com desdém.

_ Essa é Elisabeth mamãe, minha esposa!

Ela olha-me e em seguida para Elisabeth.

_ Essa brincadeira não tem graça!

_ Não estou brincando mamãe, essa é a minha esposa Elisabeth Soledade.

_ Prazer em conhecê-la senhora!_ A Elisabeth a cumprimenta e ergue a mão, a minha mãe olha como se a mão da Elisabeth estivesse suja.

_ A senhora acha que a minha mão está suja?_ Elisabeth pergunta e em seguida limpa a mão na barra do vestido.

_ Pronto tá limpa agora!_ Ela fala erguendo novamente a mão.

_ Vamos para o escritório!_ a minha mãe fala ignorando completamente a Elisabeth e vai em direção ao escritório.

O rosto da Elisabeth parece triste, a minha mãe foi extremamente grossa.

_ Espere aqui, já volto._ Falo e vou para o escritório.

Eu abro a porta e antes que eu entre ela já começa a falar.

_ Quer me matar? Porque é isso que eu penso!

_ Você forçou-me a fazer isso!

_ Eu? O seu pai forçou-te, e eu apenas estava cumprindo o desejo dele, e era para você se casar com a Elisa! Mais o que faz? Casa com essa zé ninguém que não tem nem onde cair morta!

_ Você nem a conhece para falar isso dela!

_ Não é preciso conhecer, basta olhar para roupa, e a forma como fala, é uma pobretona!

_ Eu quero que a respeite, ela é a minha esposa, a escolhi, e se a senhora ficar se comportando mal com ela,vou ver-me obrigado a sair daqui!_ Falo.

_ Só pode estar louco! A Elisa estava feliz esperando por você, porque eu disse-lhe que você estava pensando em pedir a mão dela! E você aparece-me casado com essa (biscate)!

_ Você armou esse circo então a senhora saiba terminar o espetáculo!

_ Você e a sua irmã vão enlouquecer-me!

_ A senhora aguenta!_ Falo e saio.

Chego na sala e a Elisabeth está em pé no mesmo lugar que a deixei, ela levou a risca quando disse para ficar e me esperar.

_ Voltei!

_ Que bom! Aquelas duas ali estão me olhando como se eu estivesse cagada!_ Ela fala eu acho engraçado.

_ Preciso conversar com aquela moça, espera-me lá em cima, o meu quarto fica no terceiro andar lado esquerdo do corredor é o último.

_ Ta bom.

_ Tem elevador e a escada se preferir._ Falo mostrando as opções para ela.

_ Aqui tem elevador!_ Ela fala surpresa.

_ Tem, caipira!

_ Bundão!

Ela pega o elevador, e eu aproximo-me da Elisa e Miranda.

_ Desculpe não vim cumprimentá-las antes, como vai senhoritas?

_ Estamos bem, a sua mãe onde está? _ Miranda pergunta.

_ Está no escritório.

_ Vou até lá, com licença.

Ela sai.

_ Elisa podemos conversar?

_ Não temos nada para conversar!

_ Eu quero esclarecer tudo e não deixar nenhum mal entendido._ Falo.

_ Tudo bem, mais vamos conversar no jardim.

Eu conheço a Elisa desde a minha infância, os nossos pais ficava com aquelas brincadeiras de que íamos crescer e casar, eu era um menino então para mim era um máximo ter uma namorada aos nove anos, namoro de criança era só isso, na minha adolescência fui estudar na Suíça e quando voltei com os meus vinte anos, numa festa na minha casa a Elisa pediu para ficarmos, eu disse-lhe que não ia rolar nada mais de que ums amassos, ela disse-me que estava tudo bem e que ela só queria ficar, mais isso se transformou num problema, ela era virgem, e eu tirei a sua inocência, fui seu primeiro homem e ela esperou mais de mim, e eu não podia ficar com ela, não queria, para mim era só sexo, e nada mais.

_ O que tem para dizer?

_ A minha mãe pode ter insinuando que eu ia pedir a sua mão, mais isso foi tudo fruto da imaginação dela, sabe como ela é, isso era o que ela queria, desde que éramos crianças os nossos pais sonhou com o nosso casamento, mais o sonho deles não precisa ser os nossos, eu sinto muito se encheu-se de esperança.

_ Sabe... você foi o meu primeiro amor, o meu primeiro beijo e o meu primeiro homem, quando eu o vejo, o meu coração dispara, sinto um frio na barriga, eu amo você Heitor, amo com todo o meu coração. Quando voltou eu pensei que finalmente ia rolar um namoro, noivado e casamento! Tudo bem eu mentir quando disse que só queria ficar, porque, na verdade eu pensava que se você tira-se a minha virgindade ia fazer com que você ficasse comigo!_ Ela fala chorando.

_ perdoa-me Elisa, de todo o meu coração perdoa-me.

_ Eu amo você Heitor, não sei o que lhe levou a casar de repente com essa mulher, mais ela nunca vai amar-te como eu amo, desde aquele dia nunca mais eu fiquei com ninguém, além de beijos, sempre quando a coisa esquenta eu quero que você esteja lá, me amando como naquele dia, é horrível querer tanto algo e não poder ter, o meu dinheiro compra quase tudo, menos você, o meu dinheiro não compra você!_ Ela chora e sinto-me mal, a abraço e ela desaba.

_ perdoa-me Elisa, perdoa-me, perdoa-me!_ Falo e ela chora ainda mais.

_ dá-me um beijo, um último beijo, por favor, já que não posso ter você, dá-me um último beijo!

_Não eu não posso!

_ Pode sim, você deve-me isso._ Ela fala e beija-me me pegando de surpresa, a beijo de volta porque se isso fará ela se sentir melhor eu a darei.

Não sei porque mais sinto como se tivesse traindo a minha esposa de mentira, e não era para me sentir assim já que eu e ela não temos nada de verdade, é só um contrato e nada, além disso, eu a odeio e ela odeia-me.

_ Vamos para outro lugar, olha como estou._ Ela fala pegando a minha mão colocando na sua intimidade, mostrando a sua umidade.

_ Vem vamos, faça amor comigo uma última vez?

_É melhor parar por aqui, eu não posso, sou um homem casado, e amo a minha esposa._ Falo me afastando dela.

_ Eu não me importo de ser sua amante!

_ Não Elisa, você é uma mulher linda e merece o melhor, merece um marido que lhe ame.

_ Eu quero você, e se não for para ter você comigo como o meu marido eu aceito como amante.

_ Para com isso Elisa, é melhor entramos.

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