Capítulo 18

—Vamos embora —Zade mal chegava com seu filho e guerreiras e foi a única coisa que disse.

—Mas e o senhor Mat?

—Ele já está bem, o seu povo veio —o menino ainda queria ter certeza pelo que passou do seu pai para ver a pessoa que efetivamente se encontrava bem

—Senhor Mat, muito obrigado! —o alfa sorriu, ao contrário da mãe que era como um ouriço, o menino era tão terno e amável. Por sua vez o secretário estava por corrigir aquele menino irrespetuoso, mas o sinal de alto do rei o obrigou a engolir suas palavras.

—Não há de quê, fico feliz que esteja bem pequeno Gale, cuida-se muito... —olhou para o ômega, este se aproximou novamente, o suficiente para deter seu filho.

—Um prazer conhecê-lo, embora não me tenha dito o seu nome —Zade lhe dedicou um olhar furioso, o alfa apenas sorriu e entrou pela porta que seu mago havia criado.

—Nos vemos em breve. —falou justo antes de desaparecer.

"Se você voltar eu te mato" isso é o que ele quis dizer, mas apenas pensou, por sua vez Gale, o convidava a voltar.

—Gale, não quero que você se aproxime novamente dessa pessoa.

—Mas ele é meu amigo...

—Os amigos devem ser da sua idade, esse cara é...

—Ele é bom, me protegeu e também é muito forte, me ensinou...

—Gale, não quero que o veja, nem que mencione esse cara nunca mais entendeu. —quase gritou aquilo, pelo qual o menino se assustou um pouco e o olhou quase chorando.

—(Mamãe gritou comigo)...

— Gale eu... —o menino evitou que o tocasse.

—Você é mau mamãe. —agora correu em direção à propriedade.

—Gale espera, (maldita seja, tudo é culpa daquele infeliz, eu devia tê-lo matado quando pude) Gale... —por mais que tentasse o menino não saiu do seu quarto, nem sequer para as refeições, passou o resto do dia trancado, e no dia seguinte mesmo que saísse não falava com sua mãe. Zade não podia acreditar que seu filho estivesse tendo um comportamento rebelde, por culpa dessa pessoa.

Mandou chamar Kael, precisava saber quando foi que seu filho ficou tão próximo daquele alfa, a única resposta que encontrava é que fosse durante o evento de caça.

—O rei do país de Steel estava lá, e o senhorito Gale se afeiçoou muito a ele depois que os defendeu de uns caras...

—Por que ele estava lá? —Zade ficou pensando bastante nisso, ele não se lembrava que em algum momento do romance o protagonista tenha ido medianamente perto desse lugar...

—(Agora que me lembro, há uma cena onde ele presume à protagonista a garra de um dragão que repousa em sua parede)... Kael, o alfa que pegou esse dragão e que ganhou o concurso era...

—Sim senhor, tratava-se do rei do país de Steel, além disso ele parecia saber de você.

—De mim?, como é possível? Ele também me chamou pelo meu sobrenome, significa que se ele sabe quem eu sou (e se ele também sabe a verdade sobre Gael e eu?) —agora estava preocupado e se arrependia em dobro de tê-lo salvo, tudo o que queria é que pudessem viver como uma família, mas com essa pessoa se intrometendo seria impossível.

—Kael, prepare tudo o mais rápido que puder, vamos embora deste lugar.

—Ir embora? Mas para onde meu senhor?

—Deixe-me pensar, farei uma lista de tudo que eu puder lembrar, deve haver um lugar onde de verdade esse maldito não apareça...

—Senhor Zade, por que você tem tanto medo do rei de Steel?

—Porque ele é um assassino e um maldito, e jamais lhe perdoarei o que ele fez (ou fará... Não, eu não deixarei que ele toque em Gale). —Kael não compreendia muito bem os fatos, mas se as razões do seu senhor, e eram mais que suficientes para fazer até o impossível para protegê-los.

—Desculpe, me apressarei em ter tudo pronto, para quando decidir o destino que deseja tomar.

—Obrigado Kael, mais alguma coisa, quero conseguir mais vigilância, pelo menos até que vamos daqui, guerreiros fortes e capazes, uns 20... Não melhor 30 ou 40.

—Claro que sim senhor, hoje mesmo os trarei —saindo do escritório de Kael se encontrou com as esposas e Xara que falavam preocupadas.

Desde que estavam com a família nunca sentiram tanta tensão como agora, Gale continuava zangado com sua mãe e Zade parecia estar demasiado nervoso.

—Espero que esta situação melhore em breve. —Xara deixou escapar um suspiro, não gostava de ver nem o menino nem o seu senhor dessa forma.

—Nós também.

—O problema é o rei de Steel, ele fez algo muito ruim ao senhor Zade, mas acho que ele não deseja que o pequeno duque saiba; no entanto, se não lhe disser, ele continuará pensando nessa pessoa como seu amigo...

—Mas se dissermos à duquesa com certeza ficará zangada connosco.

—E se fizermos que o pequeno duque entenda por si mesmo o quão ruim é essa pessoa —Xara falou rapidamente. —Ele me disse que quer que um bom alfa seja seu pai e o esposo da duquesa, com certeza pensa que essa pessoa é a adequada para sua mãe, mas se vir o quão ruim ele é e que sua mãe não está cómoda com ele deixará de querê-lo

—Quando Gale lhe disse que quer um pai? —os 3 se surpreenderam ao ver o ômega ali.

—Xara responda o que lhe perguntei, quando Gale lhe disse que quer um pai?

—Ele foi a esse evento para encontrar o guerreiro mais forte para pedir-lhe que se case com você, ele acredita que você será mais feliz com um esposo que a ame.

—O quê?, (eu casado com aquele infeliz?, jamais) —foi para onde sabia que seu filho se encontrava recebendo suas lições, tinham que falar seriamente sobre isso.

*

Horas antes no país de Steel.

—Diz que o ômega que o ajudou era muito bonito e que meu filho parecia interessado? —a única coisa que havia chamado a atenção da rainha foi a parte em que seu filho podia ter interesse naquele ômega.

—Rainha mãe, aquele ômega foi muito descortês e irrespetuoso com sua alteza.

—Isso é o de menos, com certeza é um pouco selvagem e sem educação, mas não há nada que boas lições de comportamento e etiqueta não melhorem.

—Não creio que seja um selvagem, ouvi que sua alteza o chamou de senhor Villanueva.

—Um Villanueva?, a tragédia dessa família foi uma grande perda para nosso país, se esse ômega de verdade é um, estou mais interessada em que seja parte do palácio.

—Mas rainha mãe...

—Mas nada, quero que mande trazer esse ômega ao palácio o mais rápido possível, aliás, deve ir você mesmo, e trazê-lo aqui por ordem do rei.

—Sua alteza não estará de acordo, ele seguramente...

—Por enquanto está atendendo assuntos para quando voltar, já terei esse ômega mais que disposto para se casar com ele.

—Temo que seu poder de convencimento, pode não funcionar com ele, minha senhora, ele nem sequer mostrava medo ou alguma atração por sua alteza, esse ômega sem dúvida era muito estranho.

—Bobagem, bobagem... Eu saberei lidar com ele, você apenas o traga aqui. (Finalmente serei avó, não terminava de gostar da filha solteira dos Villanueva, mas acho que esse ômega será diferente) que grande acontecimento.

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