Capítulo Quatorze

Capítulo Quatorze

Amélia

O almoço foi incrível, Miguel é um garoto inteligentíssimo e super fofo, Francesco é um homem incrível, foi maravilhoso ficar com os dois, o tempo passou tão rápido que logo já estava dando a hora de voltarmos, seguimos para empresa e não deixei de notar os olhares em nós três, mas nem liguei, estava tão feliz.

Assim que chegamos a frente da minha sala, me despedi de Miguel e sem pensar abracei Francesco, me assustei e acabei me afastando rapidamente, senti minhas bochechas queimarem como brasa, olhei para ele e me desculpei pelo meu jeito.

Ele apenas se aproximou e depositou um beijo em minhas bochechas e eu simplesmente paralisei, vi ele segurar a mão de Miguel e os dois começaram a andar. Levei minha mão até onde ele havia beijado e senti meu corpo todo arrepiar, senti uma sensação tão boa, seus lábios macios, queria tanto sentir eles nos meus.

Fiquei ali sem me mexer, olhando os dois se afastarem, até que antes de virarem, ele me olhou novamente e meu coração disparou, ele abriu um sorriso que me fez derreter, apenas retribui e vi ele sumir.

Entrei na minha sala e fechei a porta atrás de mim, encostei na mesa e ainda com a mão na minha bochecha, consegui enfim respirar. Deus! Que sensação era essa que eu estava sentindo.

Consegui me recuperar e fui até meu banheiro, entrei e me apoiei na pia, levantei meu rosto para meu reflexo no espelho e fiquei sorrindo que nem uma adolescente besta.

— Para com isso Amélia. — digo a mim mesma ainda sorrindo. — Por deus, que vontade louca é essa de me jogar nos braços desse homem. — Sussurro passando as mãos em meus cabelos.

Saí do banheiro e voltei para minha mesa, abri meu notebook e comecei a trabalhar, mas a cada segundo pensava mais em Francesco, pensava em seu beijo em meu rosto. Eu estava ficando louca!

As horas passaram voando e quando vi, já era hora de ir embora, peguei minhas coisas e desci para ir embora.

Fui novamente andando para casa e no caminho parei na praça, havia um senhor tocando violino enquanto um outro homem cantava, a música era “ Com te partirò” de Andrea Bocelli.

Fiquei ali ouvindo aquela melodia linda, a letra dessa música era linda e o homem que estava cantando tinha uma voz incrível. O som do violino invadia meus ouvidos com certas maestria, me deixei levar e fechei meus olhos para aproveitar cada som.

— Vejo que se interessa pelas músicas locais. — Ouço uma voz conhecida falar comigo.

Na mesma hora me viro e assim que vejo quem é, abro um sorriso.

— Gosto muito, a Itália tem lugares incríveis, músicas incríveis e pessoas incríveis. — Digo olhando em seus olhos e abrindo um sorriso maior ainda.

— Realmente é incrível aqui, mas com a sua presença melhorou tudo. — Ele diz isso e sinto meu rosto arder.

Meu coração estava acelerado, como um homem podia me causar estas coisas, nem mesmo Diogo me fez sentir assim, como se flutuasse em nuvens no céu.

— Posso te acompanhar até sua casa ? — Francesco pergunta.

— Claro! — Digo sem nem pensar.

Começamos a andar devagar pela praça, tentei desviar meu olhar de Francesco e comecei a olhar ao redor, a praça era realmente linda, tinha flores por todos os lados, luzes já começava a iluminar certos pontos da rua, algumas pessoas começavam a se reunir para aproveitar as músicas que tocava.

— Eu escolhi este local para montar meu primeiro restaurante, por conta da praça. — Francesco diz e leva minha atenção a ele.

Ele está andando ao meu lado com as mãos no bolso, agora que havia percebido que ele não estava mais de terno, apenas usava uma blusa social branca que estava com uns três botões abertos, me dando a visão de sua pele, as mangas estavam dobradas de força simples. Ele era tão sexy e lindo, que me fez chorar pelos países baixos.

— Aqui realmente é lindo, e o restaurante se destaca. — Digo olhando para o restaurante que estava próximo de nós dois.

— Sabe Amélia, gosto da forma que você fala do restaurante, é como se fizesse parte de você. — ele diz agora me olhando.

— A primeira vez que conheci, foi na Rússia, quando fiz uma viagem com meu ex marido. — digo e vejo ele desviar o olhar de mim. — Eu me apaixonei por tudo, a decoração, a comida, não sei, mas me senti em casa. Quando voltei para casa, busquei saber tudo sobre o restaurante, e quando vi a história dele, gostei mais ainda. Escolhi vir para cá, justamente por causa dele.

Digo e olho para Francesco que agora voltava a me olhar, ele parou de andar e eu também, ficamos nos olhando e ele abriu um sorriso, parecia estar encantado comigo.

—Você é uma preciosidade Amélia Brown. — Ele diz se aproximando.

Sinto sua mão tocar em meu rosto e fecho meus olhos sentindo uma eletricidade percorrer pelo meu corpo, ele se aproximando mais até que nossos corpos se encostam, me fazendo arrepiar.

— Não sei como isso pode ser possível, mas não consigo tirar você da minha cabeça, desde que te vi pela primeira vez. — Ele diz e nesse momento abro meus olhos.

Não havia percebido, mas estávamos próximos o bastante para eu sentir sua respiração quente em meu rosto.

Ficamos parados nos olhando por longos segundos que eu não queria que acabasse.

— Francesco. — Digo quase que em um sussurro.

— Amélia. — Ele acaricia meu rosto.

Não digo nada, apenas fecho meus olhos e levanto meu rosto como um sinal verde, assim que seus lábios se encontram com o meu, tive certeza que ele entendeu o que eu queria.

Sua outra mão envolveu minha cintura me puxando para mais perto, nossos lábios agora se moviam com harmonia, assim que dei abertura e senti sua língua na minha, quase me derreto, aquele beijo estava sendo o melhor da minha vida toda.

A falta de ar chegou e separamos nossas bocas, mas não nos afastamos, ficamos grudados ainda por um tempo, senti sua respiração descompassada igual a minha.

— Aaah Amélia, como eu queria isso. — Ele diz passando o nariz com carinho no meu.

— Eu também. — Digo e sinto um leve beijo em meus lábios.

Ele afasta seu rosto do meu e me olha nos olhos.

— Você é tão perfeita.

— Assim você me deixa envergonhada. — Abro um sorriso.

— Você fica linda assim, com as bochechas vermelhas. — Ele diz passando um dos dedos na minha bochecha.

Quando ia falar com ele, seu telefone toca, ele solta um suspiro e me dá um selinho rápido e me solta.

— Só um minuto. — ele diz e atende o telefone.

Ele se afasta um pouco mas ainda sim consigo ouvir algumas coisas que fala.

— Tudo bem, me mande o relatório, estou indo para lá agora. — Ele diz e desliga o telefone e vem em minha direção.

— Se precisar ir, vou pra casa sozinha. — Falo.

— Fica tranquila, vou te levar até lá. — Ele diz e segura minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Caminhamos até onde estou morando, não falamos mais nada um com o outro, apenas trocamos olhares e sorrisos um para o outro.

Assim que cheguei, ele me puxou para perto de si e me beijou novamente, ficamos algum tempo grudados um ao outro, até que ele me soltou e deu um último selinho.

— Vamos jantar juntos amanhã? — Ele diz segurando minha mão.

— Vamos sim. — Digo mordendo meus lábios e dando um sorriso.

— Venho te buscar às oito. — Ele diz e me beija novamente. — Já estou viciado em seus beijos.

— E eu nos seus. — Digo entrelaçando meus braços em seu pescoço e ficando na ponta dos pés.

— Preciso ir meu anjo, amanhã nós falamos. — Ele diz me dando um selinho.

Me soltou de seus braços e o vejo ir embora. Assim que ele sumiu, belisquei meu braço.

— Aai. — reclamo da dor.

Realmente isso aconteceu, será mesmo? Posso estar sonhando, será que desmaiei na praça?

Abro um sorriso e começo a saltitar, aaah foi real, meu deus, me sinto uma garota de quinze anos.

Entro no prédio e vejo Fiorella, assim que ela me olha abre um sorriso.

— Parece que algo aconteceu, está tão feliz, minha querida. — ela diz colocando os cotovelos sobre o balcão e apoiando o rosto em suas mãos.

— Aaai Fiorella, eu acabei de viver um sonho, com um príncipe encantado lindo. — Digo e ela dá uma gargalhada.

— Pelo que estou vendo foi realmente encantador. — Ela diz e eu apenas sorrio.

Subo as escadas até meu apartamento e assim que entro vejo Kate pintando, ela me olha e arqueia a sombrancelha.

— Já me conta tudo. — fala soltando o pincel e vem em minha direção.

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