Capítulo Treze

Capítulo Treze

Francesco

Antes de Miguel sair, ele foi até ela e os dois se abraçaram como se conhecem um ao outro bem, fiquei observando e ela estava linda falando com ele, ele saiu da sala correndo e antes de eu sair olhei pra ela e pedi desculpas pela forma que falei, quando ela abriu aquele sorriso lindo pra mim, fiquei até arrepiado, como queria beijar aqueles lábios. Sai dos meus pensamentos e apenas dei um sorriso pra ela e fechei a porta.

Segui até meu escritório e Miguel já estava lá.

— Papai me desculpa. — Ele diz com a cabeça baixa.

— Filho, da próxima vez avisa, fiquei tão preocupado com você, ainda bem que você estava com a Amélia. — Digo.

— Eu e a Amélia viramos melhores amigos papai, ela é tão linda e legal, e disse que vai me levar pra tomar sorvete. — Ele diz sorridente.

Parece que meu anjo encanta todos ao seu redor.

— Que bom filho, fico feliz que tenha gostado dela. — Digo e dou um beijo em sua testa. — O papai só vai terminar umas coisas aqui e vamos almoçar juntos e depois ir passear, o'que você acha ?

— Vou adorar. — Ele diz pulando. — Pai?

— Fala filho.

— Podemos chamar a Amélia para almoçar conosco? — Ele pergunta com os olhinhos brilhando.

Deus eu quero distância daquela mulher linda e maravilhosa e você faz de tudo pra eu só ficar perto dela.

— Claro filho, vamos daqui a pouco chamar ela, se ela aceitar, almoçamos juntos. — Digo e parece até que dei um brinquedo novo pro Miguel, porque ele começou a pular e cantarolar.

Eu amava meu filho e quando ele se apegava em alguém eu tinha certeza que a pessoa era boa, não sei, mas Miguel sentia se alguém era bom ou ruim, e se ele gostou de Amélia fico feliz.

Terminei de arrumar uns relatórios e encaminhar alguns e-mails, aproveitei também pra ver os trabalhos que tinha para fazer, encaminhei para Angelo e Vitorino, pois tinha trabalho pros dois.

Quando olhei o relógio já era quase hora do almoço, arrumei minhas coisas e Miguel também arrumou seus livros de desenho que havia trazido.

— Papai, será que ela vai aceitar ? — ele perguntou com a mão no queixo.

— Tenho certeza que ela vai. — Digo e ele abre um sorriso.

Fomos andando até a sala de Amélia e bati na porta, ela mandou entrar, e assim que viu Miguel abriu um sorriso, ele foi até ela e como um cavalheiro pediu pra ela ir almoçar conosco, não consegui me segurar e abri um sorriso com a cena, ela se virou pra mim ainda sorrindo e respondeu para Miguel que iria conosco.

Ela pegou suas coisas e antes de sair falou que se eu não quisesse que ela fosse, ela ficaria. Por um lado não queria que ela fosse, não queria ficar perto dela, sentia coisas estranhas quando a mesma estava próxima, mas por outro lado, só queria ficar perto o máximo possível.

Assim que saímos da sala Miguel segurou sua mãe e a minha também, vi algumas pessoas olhando e apenas fechei a cara pra eles, que logo voltaram a fazer os seus trabalhos.

Se tem uma coisa que odeio é fofoca da vida dos outros no ambiente de trabalho, inclusive se tiver meu nome envolvido, se eu descubro qualquer coisa, mando embora sem pensar duas vezes.

Saímos do prédio e fomos caminhando pela rua até meu restaurante, sei bem que Amélia ama comer lá, e eu gosto disso.

— Bom dia Senhor Francesco. — Um funcionário me cumprimenta. — Bom dia Senhorita Amélia.

— Bom dia Eduardo. — Amélia diz abrindo um lindo sorriso, oque me deixa um pouco enciumado.

— Bom dia, pode ver uma mesa para três. — Digo educadamente.

— Claro senhor. — Ele diz e começa a caminhar pelo restaurante.

Nos sentamos em um dos meus lugares favoritos no restaurante, pegamos o cardápio e fizemos o pedido para o garçom.

— Vem tanto assim aqui, que já conhece todo mundo ? — Digo abrindo um sorriso.

— Logo vou virar cliente vip aqui, eu amo esse restaurante, se pudesse comeria aqui todos os dias. — Ela diz abrindo um lindo sorriso e olhando em volta.

Seus olhos brilhavam ao admirar o local, e era isso que eu queria de cada cliente que entrasse, olhar Amélia assim, me mostrava o quanto ela ficava deslumbrada com tudo, aquele lugar já fazia parte dela e ela nem imaginava.

— Se quiser, libero almoço para você todos os dias por minha conta aqui. — Digo abrindo um sorriso para ela.

— Mas tem que ser comigo e com o papai. — Miguel diz, e Amélia na mesma hora dá uma risada gostosa.

— Como posso recusar essa proposta, além de comer a melhor comida da Itália, ainda terei duas presenças maravilhosas, vou ter que aceitar com certeza. — Ela diz e vejo seus olhos brilharem.

— Ebá, você ouviu papai, ela aceitou. — Diz Miguel batendo palmas.

— Vi sim filho, agora vamos ter que almoçar todos os dias aqui na presença dessa linda dama. — digo e olho para ela.

A mesma ficou vermelha e deu um sorriso tímido. Deus! O'Que esta mulher estava fazendo comigo?

O almoço foi incrível, demos muita risada com Miguel, e vi que ele amou Amélia e isso aqueceu meu coração, vi que todos meus funcionários nós olhavam, certeza que era por nunca me verem assim tão feliz.

Eu gostava disso, na verdade gostava mais ainda do motivo ser a bela mulher que estava sentada à minha frente.

Saímos do restaurante e voltamos bem alegres para empresa, assim que entrei com eles dois todos os olhares vieram para nós, seguimos para o elevador e levei Amélia para sua sala.

— Obrigada pelo almoço, eu adorei! — Ela diz dando um abraço carinhoso em Miguel.

— Obrigada Amélia, eu gostei muito, espero que meu papai cumpra a promessa de almoçarmos todos os dias assim. — Ele diz e me lança um olhar engraçado.

Amélia se levanta e me abraça também, creio que tenha sido espontâneo, porque a mesma me soltou rapidamente e vi suas bochechas corarem.

— Desculpa senhor Francesco. — Ela diz toda envergonhada.

Apenas abro um sorriso e me aproximo dela, dou um beijo em sua bochecha e sussurrei em seu ouvido.

— Fique tranquila, gostei do seu abraço. — Digo e me afasto.

Pego a mão de Miguel e saio com ele, antes de virar o corredor, olho para trás e ela ainda está parada lá com a mão onde beijei. Abro um sorriso e a mesma corresponde.

Amélia! Amélia! O'Que você está fazendo com esse meu coração duro aqui?

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