Capítulo Nove

Capítulo Nove

Francesco

Como aquela mulher era linda, tentei ao máximo prestar atenção em todas as suas palavras, ela era realmente inteligente e me surpreendeu com sua proposta, vi que ela havia pesquisado muito bem sobre a empresa e isso me deixou satisfeito.

Fiquei observando cada movimento dela, a forma que ela falava, que mexia as mãos, o movimento do seu corpo, e claro não deixei de reparar na forma que seus lábios se moviam falando nossa língua.

Estávamos no fim da reunião e quando ela me agradece pelo elogio e abre aquele sorriso maravilhoso eu só queria ir até ela e a colocar em meus braços. Por Deus oque estava acontecendo comigo, eu não sou assim, não posso ficar pensando nessas coisas. Na mesma hora fechei a cara e me despedi de todos e saí.

Fui até minha sala rapidamente e tranquei a porta, sentei na mesa e respirei fundo, o que tava acontecendo comigo, porque essa mulher mexia tanto comigo, não podia ser, acabei de conhecer ela, droga, tenho que me afastar dela, ou vou surtar.

Tentei afastar meus pensamentos e comecei a trabalhar, estava verificando alguns relatórios quando meu telefone começou a tocar.

Ligação On

— Boa tarde Francesco, temos um serviço hoje.

— Boa tarde, me mande todas as informações, nós vemos a noite.

— Sim, já mandei, até.

Ligação Off

Desligo o telefone e dou um suspiro, pelo menos ia ocupar minha cabeça, e também já estava com saudades do meu outro trabalho.

Abri meu email pessoal e peguei as informações. Fui contratado para matar um homem chamado Stevan Romano, pelo relatório o cretino havia matado e estuprado duas meninas e foi liberado do julgamento por falta de provas, mas quem nos contratou conseguiu provas contra ele e isso me deixou feliz, adorava matar esses cretinos e o melhor de tudo era que a família pediu que torturassemos o maldito.

Fechei meu notebook e peguei minhas coisas, saí da sala e minha secretária já havia saído, fui andando até o elevador e dei de cara com a Amélia, que merda, ela estava linda. Comecei a conversar com ela e quando pedi para ela apenas me chamar de Francesco, ela ia me responder e acabou quase me chamando de senhor novamente, nesse momento abri um sorriso, pois foi engraçado o jeitinho que ela falou. Na mesma hora ela ficou me olhando com aqueles olhos verdes brilhando e no mesmo instante vi suas bochechas ficaram vermelhas e ela se virou para o outro lado. Porra Amélia, como queria que você ficasse vermelha assim na minha cama, enquanto eu exploro cada parte do seu corpo. CACETE FRANCESCO PARA DE PENSAR ESSAS MERDAS.

A porta do elevador abriu e nós dois entramos, fiquei olhando pra ela o tempo todo, seu perfume invadiu todo o ambiente e estava me deixando louco, queria agarrar ela ali mesmo, mas me controlei, que porra essa mulher estava fazendo comigo.

A porta abriu e ela saiu, mas antes me olhou com aqueles olhos verdes lindos e se despediu, logo ela se virou e saiu e fiquei ali parado observando ela. Quando ela sumiu da minha vista fui andando até o lado de fora, já havia pedido para pegarem meu carro, então já estava lá fora, quando ia entrar, vejo ela do outro lado da rua com uma outra moça e as duas estavam bem animadas, fiquei um tempo olhando pras duas até que quando estavam indo embora ela olhou pra mim e eu apenas sorri para ela.

Entrei no carro e fui direto para um galpão que eu tinha, o caminho foi longo e já estava ficando de noite. Assim que cheguei já havia alguns homens me esperando.

— Boa Noite Francesco. — Diz Enrico, um dos homens de minha confiança.

— Boa Noite Enrico, já está tudo certo ?

— Sim senhor, e só ir até o local. — Ele fala me entregando duas armas e uma faca.

— Ótimo.

Novamente saí de lá e fui a caminho de um hotel que havia perto. Entrei pelos fundos pra não ser visto e subi algumas escadas, o hotel não era o melhor, as câmeras não funcionavam, então menos um serviço, cheguei ao corredor em que estava o quarto do desgraçado, parei na frente da porta e coloquei minhas luvas de couro, peguei minha arma e dei duas batidas na porta, em poucos minutos escutei passou e logo a porta se abriu.

O homem estava certamente drogado, pois nem conseguia ficar em pé, ele me olhava e logo uma expressão de medo se fez em seu rosto.

— Boa Noite, senhor Stevan. — Digo e vejo ele se tremendo.

— Boa noite, desculpa, mas não te conheço. — ele diz me encarando ainda.

— Eu vim apenas acertar algumas contas com o senhor. — digo e logo dou uma coronhada em sua cabeça o fazendo desmaiar.

Entro no quarto e fecho a porta, pego seu corpo e coloco sentado em uma cadeira, amarro ele e tampo sua boca com uma fita. Enquanto o desgraçado estava apagado, fui olhar o quarto onde ele estava, e assim que cheguei perto da cama meu sangue ferveu, o desgraçado tinha várias fotos de crianças em cima da cama, fotos dele com as meninas que morreram, meu sangue ferveu na hora.

Voltei para onde o homem estava e me sentei na sua frente, logo ele começou a acordar e quando me olhou vi o pavor em seus olhos. Fiquei observando ele por um tempo e o maldito já estava chorando como uma criança. Era até irônico.

— Bom Stevan, hoje você vai morrer, e não será nada agradável, tenho ordens para te torturar até a morte. — Falo tranquilamente.

Ele arregala os olhos e começa a se debater na cadeira. Me levanto e vou até ele, puxou minha faca e enfio em sua perna, começo a rodar e tiro, ele tentava gritar, mas a fita impedia grande parte do som sair.

Foi um prazer torturar aquele homem, fiquei mais de uma hora ali, mas valeu a pena. Tirei algumas fotos e mandei para meus homens. Saí do quarto e voltei para meu carro, fui o caminho todo com raiva, acendi um cigarro e fui devagar pela estrada.

Depois de algumas horas cheguei em casa e todos já estavam dormindo, fui direto pro quarto e tirei aquela roupa suja, tomei um banho demorado e logo já estava trocado. Fui até o quarto do meu filho e fiquei olhando ele por um tempo.

Voltei para o meu quarto e me deitei, e não sei o porquê mas Amélia apareceu em meus pensamentos, aquele sorriso dela estava me torturando, o jeito dela, tô vendo que ia ser difícil trabalhar perto dela, tenho que me afastar.

…

Acordei com o despertador tocando e uma dor de cabeça horrível, me levantei e fui direto tomar um banho pra ver se meu corpo relaxava, fiquei um pouco lá e logo sai, coloquei um terno preto e peguei minha pasta. Desci as escadas e já podia escutar as risadas de Miguel.

Assim que ele me viu, veio correndo ao meu encontro.

— Papai bom dia. — diz me abraçando.

— Bom dia filho, já tomou café ? — Pergunto o pegando no colo.

— Estava esperando o senhor. — Ele diz sorridente.

— Bom dia Mona, ontem tive que chegar mais tarde. — digo e ela abre um sorriso.

— Tudo bem senhor, foi tudo tranquilo por aqui e bom dia. — Ela diz terminando de arrumar a mesa.

— Ótimo, vamos tomar café, que hoje tenho que ir pra empresa, mas vou sair mais cedo. — digo e Miguel já fica animado.

— Papai deixa eu ir com você ? — Ele diz e seus olhinhos chega brilham.

Não gostava de levar Miguel para empresa, mas como ia ficar apenas até o almoço, podia levar ele.

— Claro filho, tome seu café e vá se arrumar. — Digo dando um beijo em sua testa.

Conversamos um pouco e tomamos café e logo Mona subiu para ajudar ele a se trocar.

Em pouco tempo ele já estava na sala com uma mochila nas costas todo feliz.

— Vamos papai, estou ansioso já. — Ele diz e dou risada.

— Vamos meu pequeno.

Saímos de casa rumo a empresa, só espero não encontrar com o anjo que vem atormentando a minha mente.

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