Capítulo 16

Quando é hora do almoço, uma das empregadas que trabalhavam com Joana na cozinha nos leva no quarto. Acho que eu nunca tinha reparado no quanto aquele quarto era lindo e espaçoso. Ela coloca na mesa que havia numa parte antes de entrar no quarto e aperta a campainha. Eu começo a rir, pois achava ridículo a ideia de ter um espaço reservado antes de entrar finalmente no quarto, e Zac percebe

_ Que foi? Nunca foi em um motel? - ele pergunta -

Só balanço a cabeça e continuo rindo. Era engraçado como ele pensava que eu era uma conhecedora da perdição. Acontece que eu não era, e apesar de alguns homens já terem mostrado interesse em mim, eu nunca tinha me sentido a vontade para fazer sexo. Eu não era nenhuma crente e nem nada, mas eu preferia acreditar que teria a hora certa e o momento certo.

Damos pausa no filme e vamos almoçar

_ Então, tentou construir um quarto que te lembrasse um quarto de motel? - pergunto ainda risonha -

_ Você vê muito problema nisso?

_ Eu não, mas se fosse minha casa, eu não pensaria dessa forma. Ela tem até cores alegres e tudo mais, só que parece que tudo aqui é feito em prol de... sexo!

Ele ri

_ Você fala isso por conta dos quadros eróticos pela sala ou por causa do bar na sala?!

Rimos juntos porque o que ele tinha falado acabara de confirmar o que eu tinha dito.

_ Tá bom. Então, se fosse sua casa, como seria?

_ Hum... Teria uma grande sala, com uma estante de livros e uma grande televisão. Sofá e móveis de cores claras, acho que eu deixaria que as portas fossem de vidro para que eu tivesse sempre uma visão linda do meu jardim e piscina...

_ E os quartos? - ele pergunta -

Era melhor não continuar sonhando. Quando ele me faz essa pergunta, eu começo a imaginar se esse quarto eu deveria pensar como eu queria para viver com ele, ou com outro alguém. E a ideia de pensar isso com ele me deixava aflita, afinal, eu nem sabia se ele ainda queria alguma coisa.

_ Você está se sentindo melhor? - pergunto mudando de assunto -

_ Estou bem. Um pouco de dor no corpo, mas nada com o que se preocupar.

Terminamos de almoçar, mas quando começo a pegar as coisas para levar na cozinha, ele diz que não precisa pois uma das meninas viria recolher. Escovamos os dentes juntos, brincando um com o outro, e todo aquele momento de intimidade me faz ver que, talvez, realmente Zac não fosse como os outros caras e nem como Lidiane. Talvez, ele realmente gostasse de mim. Talvez, como minha mãe havia dito, eu mesma estava sabotando a minha felicidade.

Quando ele volta pra cama, espera pacientemente que eu volte para terminarmos o filme. Termino, e deito ao seu lado. Ele estava despretensioso, não sentia uma tensão igual no dia da praia, e acabo desistindo de tomar uma iniciativa. Me aconchego em seu peito, e Zac começa a acariciar meus cabelos, a sensação era de paz.

Viro de barriga para baixo, e me apoio com os braços em seu peito, olhando em seus olhos, e ele sorri

_ O que houve? - ele pergunta sorrindo -

Olho em seus olhos fixamente, e imediatamente, ele entende e o momento de tensão se instala entre nós. E por mais que eu tivesse medo, por mais que eu ainda tivesse receio de tentar algo novo, a minha vontade de estar feliz com ele, era maior.

_ Lídia... O que está fazendo? - ele me pergunta já de olhos fechados -

Não recuo mais. Meus lábios encostam nos dele, e dessa vez, por livre e espontânea vontade. Zac corresponde no mesmo instante colocando sua língua em minha boca. Em pouco tempo, ele está em cima de mim, me beijando de maneira mais quente, e eu não tinha intenção nenhuma de parar, e nem ele. Ele puxa meu lábio inferior e sorri ofegante, e eu faço mesmo

_ O que deu em você ? - ele pergunta -

_ Não sei... Acho que eu estou dando uma chance pra você, pra mim, pra gente!

_ É um voto de confiança? - ele pergunta sorrindo -

Balanço a cabeça positivamente e ele volta a me beijar, mudo a posição e fico em cima dele. O beijo ficava cada vez mais quente, e eu já rebolava em seu colo com o calor do momento. Nossos gemidos eram baixos, intensos, queríamos um ao outro naquele momento. Mas, ao sentir seu volume se formando embaixo de mim, me trouxe a realidade, e eu pulo do seu colo, me sentando na cama.

Assustado, Zac também se senta ao meu lado

_ Fiz alguma coisa errada, Lídia?

_ Não... Você não fez nada! Estava muito bom.

_ Então vem cá. - ele fala me puxando novamente -

Zac volta a me beijar de maneira ardente, e quando ele tenta tirar minha blusa, eu falo olhando em seus olhos, que ferviam de desejo ao olhar nos meus

_ Zac, sei que é estranho o que vou dizer, mas, eu ainda sou virgem...

Ele olha pra mim, surpreso.

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Comments

lua 🌙

lua 🌙

vai pegar fogo no parquinho

2024-04-06

0

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