Amor não Planejado

Amor não Planejado

O Rei Darius permaneceu pensativo desde a fatídica noite em que ele aprisionou Denisa e por orgulho ou insegurança não ousou ir vê-la nem uma vez se quer, apesar de todos os dias dirigir-se até a torre norte, retornando após fitar o semblante dos guardas que permaneciam sem entender nada do que estava acontecendo. Os murmúrios na corte cresciam dia após dia, a ausência da Princesa foi notada por todos os que viviam no palácio, entretanto ninguém se atreveu a indagar o Monarca o real motivo.

Quando a ausência de sua amada tornou-se um tormento insuportável, o Nobre decidiu ir vê-la, resoluto que nada o impediria. Parou diante dos guardas que faziam a escolta da cela e com firmeza ordenou:

— Estarei visitando Denia pelas próximas horas e não desejo ser interrompido. Abandonem esse posto e montem guarda na porta de entrada das escadarias, não permitindo que ninguém suba. É uma ordem! — Esbravejou ríspido.

— Sim Majestade! — Responderam temerosos.

O Sr. Anghel entrou no quarto sem fazer barulho, largou o candelabro de três velas sobre a cômoda e sem cerimonia deitou-se ao lado de sua esposa prisioneira. Naquela tarde seus servos haviam preparado um banho com pétalas de rosa para a jovem e em consequência disso, seu cheiro estava ainda mais sedutor e provocativo. O Rei não mais poderia resistir e sucumbiria perante os encantos de sua delicada Rainha.

— Darius? — Questionou a moça ainda sonolenta.

— Permaneça deitada e não ouse olhar pra mim! Me obedeça! — Disse ele ressentido, colocando seu braço sobre ela.

— Eu senti sua falta... — Afirmou a Princesa chorosa.

As palavras da amada destruíram a barreira que o Monarca tentou erguer para de alguma forma afastá-la dele. Estava mais uma vez entregue a sua mercê, seduzido por seus encantos, vencido por sua doçura.

— Denisa... por que não termina com isso para que posamos acabar com essa disputa de poder? Renda-se a mim!

— Darius.... Eu não posso... meu sangue... — Balbuciou sem esconder seu sofrimento.

Inconsolável, o Rei decidiu que sua visita chegou ao fim, estava se levantando da cama para partir quando a moça o segurou pelo punho da camisa.

— Por favor... não se vá Milorde. — Sussurrou ela sem conseguir esconder que desejava estar com ele e que os dias que ficou sem vê-lo foram de completa agonia.

Darius ficou comovido com as palavras de sua Rainha, como seria possível não entregar seu coração a ela depois de tanta ternura? Por que estava passando por tantas provações?

— Se eu ficar... vou reivindicá-la! — Afirmou decidido.

— Contanto que não beba meu sangue... faça o que quiser meu Senhor... — Pediu cautelosa.

As palavras da Princesa agiram como um feitiço na mente de Darius, dobrando sua autoridade, fazendo-o ficar de joelhos perante sua amada cativa. Sem mais procrastinar, o vampiro se livrou de suas vestes e com um ar misterioso ajudou sua adorada humana a fazer o mesmo. Denisa ruborizou ao sentir o delicado toque do nobre em sua pele, mordeu o lábio ao ver a camisola verde água no chão, o momento no qual se entregaria a ele se aproximava.

Tímida ela deitou, o Rei tirou suas peças intimas e as cheirou. O aroma das rosas impregnou sua alma e seus desejos afloraram, desejava amá-la porém, simultaneamente desejava alimentar-se dela.

— Denisa... seu sangue deve ser doce como o seu aroma... — Profetizou o vampiro de forma provocativa.

— Ah... — Balbuciou ela com arrepios e frio na barriga.

Darius não voltaria atrás em sua promessa e por mais que ambicionasse beber o sangue virginal de sua bela amada, não iria fazê-lo. Mesmo que a sede estivesse pouco a pouco por consumi-lo.

De forma afetuosa e dedicada, o nobre acariciou sua prisioneira em toda a extensão de seu frágil corpo, massageou seus pés e lambeu com vigor entre seus pequenos dedos. A Princesa gemia baixinho, satisfeita e também constrangida com aquelas novas sensações que estava experimentando ao trocar intimidades com seu homem.

A bela jovem não conseguiu olhá-lo nú. Manteve seus olhos

fechados enquanto sentia as mãos de seu Rei percorrendo suas curvas com beijos e afagos.

Com leveza, o Soberano alojou-se entre as pernas da moça e com apetite se deliciou. Manteve-se ali por incontáveis minutos até sentir os espasmos de prazer daquela menina acanhada e minúscula. Ela estava ponta para ele.

Sem mais adiar, Darius acomodou-se confortavelmente entre as pernas da jovem buscando invadi-la com sua luxuria. Denisa respirava de forma ofegante, seu copo se contraiu, ofertando um pouco de resistência ao mundo novo que estava pestes a se apresentar diante de seus olhos.

Darius mordeu de leve sua língua e reivindicou os lábios da amada com um beijo apaixonado, compartilhando seu sangue com ela, a saliva de um vampiro contém afrodisíacos e toxinas analgésicas que provocam a lascívia e ao mesmo tempo suavizam a dor de suas presas. Sua amada foi receptiva deixando o Rei cada vez mais confuso... então o único território proibido é me alimentar dela? Decidiu deixar esse assunto de lado momentaneamente, deveria aproveitar o momento de amar sua Rainha, momento esse que precisou de uma guerra para acontecer, não deveria se apegar aos detalhes.

Com notável furor, o vampiro a penetrou pausadamente ao passo que a beijava com evidente anseio. Denisa prendeu a respiração, apesar do sangue e saliva do amado terem suavizado suas dores foi inevitável sentir um leve desconforto.

— Darius... meu Rei... eu te amo. — Gemeu entre lágrimas.

— Denisa... eu também te amo... minha adorável Rainha... — Confessou sem mais conseguir manter sua postura séria, inabalável.

O Sr. Anghel começou a movimentar seu quadril com movimento ritmados, sua esposa o abraçou com total entrega e minuto depois, juntos chegaram ao apogeu daquele amor não planejado.

— Minha preciosa... que tal esquecer nossas diferenças e os motivos que me fizeram te aprisionar na torre... hoje consumamos nosso casamento, volte para o nosso quarto.

— Milorde... eu não posso... preciso de mais tempo...

Darius vestiu sua roupa e voltou aos aposentos reais sem dizer nem mais uma palavra. Era evidente que ela não estava pronta para se entregar a ele de corpo e alma.

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