Capítulo 4 - Beatrice Dalmonte Agnelli.

Quando estou saindo do edifício, vejo Lorenzo entrando no Grupo Pirelli de mãos dadas com uma moça ruiva muito linda e bem vestida. Pensei essa deve ser a namorada da vez. Já faz algum tempo que evito ver qualquer tipo de notícia dele, na verdade, acho que ele literalmente nem sabe quem sou, pois nunca nos encontramos, teve uma vez que eu e a minha mãe fomos a casa dos pais dele, a minha mãe era amiga de infância do pai dele, eles também são primos distantes não sei ao certo o grau de parentesco, mas sei que tem. No fatídico dia estávamos na sala de estar, a mãe dele foi chamá-lo para nos conhecermos, mas só ouvimos os gritos dele dizendo que eu era uma criança e que ele não iria perder tempo, que sem dúvida eu ainda brincava com bonecas e que jamais se casaria com uma criança, e que quando chegasse a hora dele casar seria com uma mulher de verdade e seria com quem ele escolhesse.

Dona Anna chegou na sala toda sem jeito e com vergonha nos pediu desculpas pelas palavras do filho que só havia falado aquilo da boca para fora, mas que quando chegasse a hora nos casaríamos, nessa época eu estava com 12 anos e ele 16 anos, é claro que ele nem me daria atenção, ficamos mais um tempo, mas logo fomos embora, e desde esse dia eu decidi que não queria mais saber notícias dele, lógico que é impossível não saber de nada, por ele estar sempre na mídia cada vez com uma garota diferente não tem como não saber. No começo isso me incomodava, hoje nem ligo mais.

Sigo para o shopping, preciso comprar algumas coisas, já quero deixar alguns produtos no apartamento de Nova York.

Levo umas 3h fazendo as minhas compras, quando termino vou para casa começar a arrumar as malas, pois hoje é quarta-feira e viajo na sexta-feira pela manhã.

Chego em casa, está tudo tranquilo, subo para meu quarto e começo escolher o que levarei.

Desço para comer, paro na escada quando escuto Antonietta falando com o meu pai na sala, que ele não deveria permitir que eu vá para Nova York, pois ainda sou uma criança, quem deveria ir era a Isabella, ela, sim, já era uma mulher feita e teria responsabilidade, era ela quem mereceria ir para uma universidade fora do país, me surpreendi quando o meu pai disse que se Isabella quisesse ir para a faculdade fora do país não teria problemas desde que ela conseguisse por seus próprios méritos, como era o meu caso.

Fausto — Olha Antonietta, a Isabella pode ir, não estou proibindo, mas que vá por seus méritos.

Antonietta — Amor, mas isso não é justo, Beatrice está indo e tem até um apartamento lá, ainda levará a cozinheira e um motorista.

Fausto — Lembre-se que o apartamento foi um presente da minha esposa, ela está indo com o seu próprio dinheiro, e não depende de mim para pagar as suas contas. Beatrice é emancipada desde os 14 anos e já tem muitos rendimentos na bolsa de valores, começou a trabalhar sedo com a mãe, sempre foi independente, eu não posso e não impedirei que ela vá, ela e a mãe, sempre idealizaram essa viagem e ela acontecerá como o planejado, posso não ser o melhor pai do mundo, mas não impedirei ela de realizar os seus sonhos. A Isabella nem se quer terminou o colegial, Beatrice já está aprovada nessa universidade desde o ano passado, essa prova que ela vai fazer é uma mera formalidade e irá ajudá-la a eliminar algumas matérias apenas isso.

Antonietta — Você não pode fazer isso com a Isabella, ela pode se sentir rejeitada.

Fausto — Eu já disse que não vou impedir a Beatrice.

Antonietta — Então arrume um estágio para a Isabella na sua empresa, ela pode começar como a sua secretária.

Fausto — Olha Antonietta, eu sei o que você está querendo fazer, mas você sabe que mesmo eu reconhecendo a Isabella como a minha filha, ela não tem direito a minha herança, pois tudo está no nome de Beatrice, ela é a única herdeira.

Antonietta — Isso não é justo, Isabella é sua primogênita.

Fausto — Mas eu já era casado e não podia ter filhos fora do casamento e não posso me casar novamente, você sempre soube disso.

Antonietta — Beatrice sempre teve de tudo, as melhores roupas, as melhores escolas, as melhores festas, os melhores brinquedos, a Isabella sempre teve que se contentar com pouco.

Fausto — Eu sempre arquei com as minhas responsabilidades de pai com a Isabella, nunca faltou nada para ela. Até estudava na mesma escola que a Beatrice. Só que você está esquecendo de um grande, bem grande detalhe, Giorgia sempre fez de tudo pela nossa filha.

Antonietta — Você falando a nossa filha nem parece que traiu ela a vida inteira, até parece que a amava.

Fausto — Eu sempre fui muito verdadeiro com Giorgia, sempre nos demos muito bem e de certa maneira eu a amava. Do nosso jeito nos amávamos.

Antonietta — Já chega Fausto, você dizer que a amava isso já é demais pra mim.

Antonietta passa por mim subindo as escadas feito um furacão, e nem me olha. Termino de descer a escada e encontro meu pai subindo.

Beatrice — Pai, podemos conversar?

Fausto — Claro, meu bem, vamos ao jardim da piscina. — Assinto com a cabeça e vamos até lá. Meu pai se senta no sofá e sento ao seu lado.

Beatrice — Pai, sei que a convivência aqui não está sendo fácil para ninguém, mas você sabe o significado que essa casa tem para a nossa família. E para mim é difícil lidar com isso. Por isso gostaria de pedir para irem para outra casa, nós temos várias além dessa e eu não me importaria se vocês usarem outra casa, mas essa aqui tem um valor sentimental. Sei que logo estou indo embora, mas mesmo assim queria que se mudassem. — Meu pai me olha meio surpreso, mas parece me entender.

Fausto — Te entendo, meu bem, eu já estava pensando em nos mudar, não se preocupe. — Me deu um beijo na testa e me abraçou. — Estou tão orgulhoso de você, meu bebê!

Beatrice — Obrigado pai, quero sempre ser apenas motivo de orgulho.

Fausto — E você já é, você é meu bem mais precioso, nunca se esqueça disso. Preciso te pedir perdão por mais sedo. Eu me descontrolei sem motivos. Você não merecia nada daquilo.

Beatrice — Está tudo bem pai. Eu realmente não merecia. Eu tive o meu espaço invadido do dia para a noite e isso mexeu comigo. Também te peço perdão por tudo. Eu te amo, pai!

Fausto — Também te amo princesa. — Ficamos abraçados por um longo tempo.

*TODAS AS FOTOS SÃO TIRADAS DA INTERNET.*

Agradeço muito se vocês puderem.

✍🏻️ Comentar.

👍🏻 Curtir.

🎁 Presentear.

Ajuda no engajamento da obra.

😘😘😘😘😘

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***