Capítulo 6 - Beatrice Dalmonte Agnelli.

Estamos no mercado, minha avó acha que ficaremos um mês por aqui pelo tanto de comida que está comprando.

Enquanto estou procurando algumas besteiras para comer, escuto minha avó conversando animada com alguém, acho estranho, pois não conhecemos ninguém na cidade, a não ser o pessoal da filial da empresa que temos aqui. Vou me aproximando e acabo levando um susto quando vejo o Matheo, quase caio dura no chão, juro, quase infartei. Vou lhes contar quem é o Matheo! Matheo foi meu primeiro crush, dei meu primeiro beijo com ele, ficamos duas vezes aí do nada ele começou a me evitar, não entendi o motivo. Mas vida que segue.

Nossas famílias são amigas, sempre tivemos contato e do nada ele parou de conversar comigo, ele é 3 anos mais velho que eu, já está na Universidade, faz 1 ano que não nos vemos, nós tínhamos uma amiga em comum, mas depois que ele foi embora nos afastamos, pensando bem eles se afastaram de mim na mesma época, mas isso agora não vem ao caso. Paro atrás dele, para me recuperar do choque ele ainda mexe comigo.  Há ele sabe sobre o noivado, ele é primo do Lorenzo, acho que por isso não passou de beijos. Lógico que também não poderia ir além de beijos, afinal tenho que ser pura até o dia do meu casamento. Arcaico, eu sei, mas essa é uma das regras da Máfia. O Don precisa se casar com uma mulher pura e blá-blá-blá.

Não falei para vocês como pertencemos à máfia neh! Pois bem, meu avô, o senhor Lutero, era consigliere do avô do Lorenzo. Quando ele faleceu, o pai do Lorenzo assumiu e meu avô continuou sendo o consigliere, porém há uns 5 anos meu avô deixou o cargo devido à idade e passou a fazer parte apenas do conselho. O Lorenzo assumirá tudo quando completar 30 anos, porém, nos casaremos quando eu completar 21 anos.

Minha avó me vê atrás dele e me chama.

Donatella — Querida, olha quem encontrei. — Diz ela, toda sorridente.

Beatrice — Oi! — Digo meio sem jeito.

Matheo — Oi pequena. — Diz ele, me puxando para um abraço, quase amoleço as pernas e caramba, que cheiro bom que ele tem. Me solto dos braços dele e escuto minha avó.

Donatella — Querido, venha almoçar conosco, vou fazer uma bela macarronada.

Matheo — Imagina, não quero atrapalhar a viagem de vocês. — Ele fala sem graça.

Donatella — Não vai atrapalhar nada, você pode nos fazer companhia já que nos encontramos. Sabe, ficarei mais tranquila agora sabendo que Beatrice terá alguém aqui na cidade para não ficar sozinha.

Beatrice — Vovó, o Matheo deve ter seus compromissos, não podemos atrapalhar. — Matheo me olha de um jeito que não sei decifrar, mas me causa um arrepio gostoso.

Matheo — Você vai morar aqui, Beatrice? Ele me pergunta, parecendo bem empolgado.

Beatrice — Sim, vou fazer a prova de admissão na segunda-feira para a Colúmbia.

Matheo — Então, seremos colegas, você vai ficar no campus?

Beatrice — Não tenho um apartamento aqui.

Matheo — Nossa, que legal, voltaremos a nos ver todos os dias.

Donatella — Mais um motivo para você ir almoçar conosco, assim já sabe onde fica o apartamento. — Fala minha avó.

Matheo — Tudo bem, eu aceito o convite, me deixe ajudar com as compras.

TODAS AS FOTOS SÃO TIRADAS DA INTERNET.

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