—Majestade, lamentamos. Pelo nosso ataque, não poderá recuperar o seu poder— curvando-se, dizia um dos magos.
—Calma, eu fui o culpado de tudo. Ela tem razão, não parei para investigar um pouco mais sobre a minha adversária e a forma como chegamos não foi a correta. Vamos para casa, estando lá saberemos o que fazer— subindo em uma das carruagens, a rainha ordenou.
Sem recolher todo o seu acampamento, o esquadrão da rainha partiu em direção ao castelo, ela não podia acreditar que tinha ido até aquele lugar para tentar convencer de alguma forma Sabrina a se casar com o seu filho e agora regressava para casa, derrotada e sem ter conseguido falar sobre aquilo.
—«Que estúpida, não medi as consequências dos atos do meu povo e muito menos as minhas. É certo que negligenciamos este território, mas tudo foi ordem de sua majestade para dar prioridade a outros lugares, agora perdi tudo»— derramando lágrimas sem cessar, a rainha pensava, estando sozinha dentro da carruagem.
Sabrina, por sua vez, regressou à mansão onde já era esperada pelos seus três fiéis acompanhantes, as duas empregadas e o mordomo.
—Senhorita Sabrina, que bom que regressa sã e salva. Sua Majestade não lhe fez mal?— preocupado, perguntou Mark.
—Calma, quem saiu sem poderes foi ela— sem dar muita importância, respondeu Sabrina.
O mordomo não podia acreditar no que ouvia, pois ao chegar viu que também havia vários magos. —Mas eram demasiados, por acaso matou-os a todos?— sem se importar que fosse a sua senhorita, Mark agarrou Sabrina pelos ombros e perguntou.
—Claro que não, tirei a magia a todos e a cada um deles, não há ser mais poderoso do que eu neste mundo, talvez os deuses me pudessem vencer, embora eu não ache que se atrevam, não estou a magoar ninguém— disse isto e subiu as escadas em direção ao seu quarto. Precisava de tomar um banho, depois do que tinha acontecido.
Os três presentes ali, não puderam dizer nada, pois embora estivessem impressionados com o poder da sua senhorita, sabiam que ela realmente não tinha feito mal a ninguém, a rainha tinha chegado sem ser convidada, tentaram intimidar Sabrina e ela não se ia deixar, além disso ninguém tinha morrido às mãos de ninguém, apenas as pessoas que acidentalmente ficaram presas na barreira.
Sem dar mais importância ao assunto por enquanto, Sabrina continuou com a sua vida normal, com as sementes que mandou comprar, plantou tanto flores como alimentos para abastecer o ducado quando a sua família chegasse. Não foi nada difícil para ela, pois ela conseguia dominar todo o tipo de magia, utilizar a água, a luz solar e também fazer chover no seu território, era algo fácil para ela.
Já tinham passado seis dias desde que Sabrina tinha tido o confronto com a rainha, os soldados que ela tinha mandado de volta para Auroria, tinham chegado ao ducado Tinks. Ao vê-los, todos ficaram surpreendidos e depressa avisaram o duque.
—Aconteceu alguma coisa à minha pequena?— perguntou muito preocupado o duque, ao ter à sua frente o capitão Marius.
—Não, senhor, a senhorita encontra-se muito bem e já está instalada na mansão do ducado Hill's— fazendo uma vénia, respondeu o capitão.
De imediato, ouviu-se um estrondo por todo o lado. O duque tinha tentado esbofetear o capitão, mas foi a sua mão que saiu ferida, juntamente com todo o seu corpo.
—Mas que raio?!— surpreendido e caído no chão, perguntava-se o duque.
—A senhorita deu-nos ordens para voltar para junto das nossas famílias, porque nos quer lá a todos— ainda fazendo uma vénia, disse o capitão.
—O que foi que acabou de acontecer?— perguntou algo confuso o duque.
—Antes de virmos, a senhorita deu-nos a sua proteção e por essa razão ninguém nos pode magoar, não importa quem seja— sem levantar a cabeça, o capitão explicou.
—Percebo. O resto pode ir visitar as suas famílias, capitão, o senhor deve acompanhar-me— ordenou o duque, ainda com dores no corpo devido à queda.
O capitão seguiu o duque até ao seu escritório e aí puderam conversar tranquilamente.
—Veja capitão, já que pretende regressar para o lado da minha filha, quero que reúna todos os capitães para que lhes demos toda a informação, de alguma forma a minha filha avisou-me de algo parecido— informou e pediu o duque.
O capitão assentiu à ordem do seu senhor e depressa se retirou para a cumprir.
—«Oh, meu sol, se me tivesses contado tudo, não teria passado uma grande vergonha»— rindo às gargalhadas, pensava o duque.
————FLASHBACK————
A duquesa Luna entrava no seu quarto, já era tarde e preparava-se para descansar, quando de repente no reflexo do seu espelho viu a sua filha, parada num canto, pensando que era apenas produto da sua imaginação por sentir tanto a sua falta, não lhe deu muita importância, mas no momento em que se virou e viu que era realmente Sabrina, gritou fortemente.
—Mãe, por favor, faz silêncio— suplicando, pedia Sabrina, abraçando fortemente a sua mãe.
O duque, sem hesitar, subiu rapidamente para o seu quarto e deparou-se com a surpresa de que a sua filha, que tinha partido há apenas quinze dias, estava à sua frente.
Sabrina não hesitou e correu para abraçar o seu pai, pedindo-lhe também que fizesse silêncio, pois tinha algo importante para lhes dizer.
—Como vieste aqui parar, meu sol?— ainda abraçando a sua filha, o duque perguntou.
—Há algo dentro das habilidades da santa que me permite teletransportar-me de um lugar para outro, desde que imagine o lugar exato— disse Sabrina, surpreendendo os duques.
—Minha menina, aconteceu alguma coisa? Diz-nos, sabes que podes contar connosco para o que der e vier— disse a duquesa, segurando as mãos da sua filha.
—Pai, mãe. Fiz algo que talvez vos prejudique um pouco, mas também pode beneficiar-nos, antes de mais quero que saibam que nada disto foi planeado, mas tenho de me ajustar aos acontecimentos— disse Sabrina, com alguma preocupação, já sentada na cama dos seus pais.
Depois, dedicou-se a contar aos seus pais sobre o confronto contra a rainha de Altea e as suas suspeitas sobre o que iria acontecer. Os duques não conseguiam acreditar no alcance do poder da sua filha, mas não a deixariam sozinha em momento algum, fariam o que ela pedisse, desde que não magoasse pessoas inocentes.
Foi nesse momento que tanto os duques como Sabrina elaboraram um plano para acontecimentos futuros.
————FIM DO FLASHBACK————
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Ezanira Rodrigues
Será que o duque não estava testando os poderes da filha? No final, ele rindo porque sua filha não tinha contado tudo.
2025-03-28
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Fátima Ramos
Não percebo porque o duque ia bater no capitão, já que ele foi transmitir que sabrina chegou bem e estava instalada
2025-03-21
0
Grace 🌻🌷
Do nada, tentou esbofetear o capitão?
2025-04-09
0