Lenore também tinha visto aquelas garras longas e levemente curvadas nas pontas de todos os seus dedos cinza-escuros, pretos e brilhando contra a luz fraca.
— Por que você me salvou? Sua espécie come humanos. Por que ele simplesmente não me tirou do meu maldito sofrimento antes que eu acordasse?
— Não comerei.
Ele rosnou em um tom sombrio, o baixo enviando uma onda de arrepios sobre sua carne novamente. Então ele empurrou a
tigela de comida para mais perto dela.
— Você deve comer.
Seu estômago roncou alto com raiva por ela não ter mergulhado imediatamente para ele.
Atendendo à demanda de seu estômago e do
Caminhante da morte, Lenore terminou sua água para que pudesse colocar a tigela de madeira com comida em cima dela.
Ela pegou o último morango disponível, vendo que o que ela havia mordido antes estava apodrecendo agora que ela expôs seu interior ao ar.
— Você é o Caminhante da morte que visita as aldeias para uma oferenda humana em troca de uma ala de proteção?
Ela esperava sinceramente que não; ela não estava interessada nisso.
— Não, ese é outro.
Ele lentamente alcançou o ninho em que ela
estava e agarrou a mão que ela não estava usando para comer.
A única razão pela qual ela o deixou pegar foi porque ela estava curiosa sobre o que ele faria. Ele a examinou, espalhando calor em suas pontas dos dedos frios, enquanto roçava seu polegar em forma de garra sobre ela.
— Suas mãos são tão pequenas.
Ele comentou com uma nota de admiração em sua voz. Ela notou então que ele nunca abriu suas mandíbulas ossudas para falar, como se estivesse falando de sua mente.
— Sua pele também é muito lisa.
Lenore afastou sua mão.
— Você obviamente nunca falou com um humano antes, mas eu realmente não quero ser examinada.
Ela encolheu quando seus orbes brilhantes ficaram vermelhos, e um leve rosnado veio dele.
— Isso não é verdade. Falei com outra humana, mas não tenho permissão para tocar.
Ele estendeu a mão para ela novamente, e ela se esquivou de suas mãos agarrando.
— Ei, não.
Ela retrucou, antes de apontar o dedo para ele.
— Eu não me importo que você me salvou. Não me toque.
Ela esperava que ele ficasse mais bravo, mas em vez disso seus orbes ficaram verdes. Ele ergueu a mão para poder bater na lateral do focinho.
— Não? Não tocar? Não entendo porque não posso. Eu disse que não queria fazer mal e já toquei quando tirei sua roupa suja.
lenore baixou a cenoura que não teve forças para comer antes.
— Por que você continua trazendo isso à tona?
Ela tinha certeza de que era óbvio que ela estava desconfortável com isso!
— Eu não sou sua para tocar, e você não deve ficar lembrando uma pessoa que ela fez xixi!
Ela tinha certeza de que era mais do que apenas xixi, mas não ousava pronunciá-lo.
— Por que não? Esta não é uma função humana normal?
Seus lábios se separaram em choque.
— Você é estúpido ou o quê?
— Sim.
Ele agarrou o lado do focinho e esfregou-o, antes de olhar para o lado.
— Já me disseram que sou estúpido.
Lenore levou os lábios à boca para mordê-los. Alguém disse isso a ele? Ela
não sabia por que achava isso lamentável e engraçado ao mesmo tempo.
— Olha, é porque eu não queria fazer isso. Apenas... pare de tocar no assunto. Prefiro esquecer.
— Ok, então não vou.
Ela voltou a comer sua cenoura e a mastigou mal-humorada. Quando ela terminou com tudo o que podia comer na tigela, ela colocou ao lado dela.
O Caminhante da morte a cutucou de volta para ela.
— Você deve comer mais.
— Eu não posso comer isso. Por que você me daria uma cebola ou batata crua?
Com a rejeição dela, ele abaixou as mãos dentro do ninho para pegar a tigela. Ele agarrou a cebola e levou-a até o buraco em seu focinho onde deveria estar seu nariz, cheirando-a antes de espirrar como se isso irritasse seus sentidos.
— Existem certos alimentos que devem ser cozidos para que os humanos os comam?
Lenore ficou terrivelmente consternada. Ela não tinha vontade de viver, por que ela teria alguma força em seu coração para ensinar a uma criatura o ABC de sua espécie?
— Sim.
Ela murmurou antes de se deitar, já que ainda se sentia fraca.
Comer havia esgotado toda a sua energia, mas pelo menos ela se sentia melhor. Ela rolou para lhe dar as costas.
— Estou cansada. Eu gostaria de dormir mais.
Apenas a minha sorte de m&rda. Eu me deparo com um dos únicos Caminhantes da morte que prefere salvar um humano do que matá-lo. Claro, seria assim. Por que a vida seria tão fácil para ela?
Nunca tinha sido misericordiosa antes.
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Atualizado até capítulo 159
Comments
Clesiane Paulino
ja vi que sua paciência é limitada Leonore... tenha paciência com ele... 🥺
2025-02-02
0
Marcielly aparecida lopes
kkkkkk ela vai tem que ter muita paciência com ele
2024-05-27
5
Mellika Duarte
😔😔
2024-04-20
1