— Chegamos.
Disse Túlio. Então seu rosto se contorceu em uma carranca antes de cobrir o nariz e a boca com um lenço que tirou do bolso do casaco.
— Quando eles disseram que o Véu do purgatório cheirava mal, eles não estavam
exagerando.
O estômago de Lenore revirou quando ela foi forçada a respirar o fedor que emanava do desfiladeiro do Véu do purgatório. Uma névoa negra cobria as árvores até onde a vista alcançava.
Parecia que um gigante havia arranhado a terra para criar a cena.
Ela olhou para a extensão de árvores antes de ser empurrada para mais perto da borda, permitindo que ela olhasse para a queda de pelo menos um quilômetro.
O cheiro de podridão era ainda mais pungente e rançoso no limite.
Lágrimas brotaram em seus olhos, não de tristeza, mas do ardor dela.
Ela tentou se afastar enquanto balançava a cabeça.
Isso cheira nojento. E cair para a morte era a última coisa que ela queria experimentar. Por quanto tempo eu vou cair? Alguns segundos? Minutos? Ela não queria passar seus momentos finais sabendo que iria cair no chão.
— Olhe para ela!
Darvi riu.
— Ela está com medo agora que estamos
aqui. Você achou que estávamos brincando o tempo todo?
Com medo? Curiosamente, ela não estava com medo. Ela queria desaparecer, e a morte era uma forma de desaparecer; ela só não queria saber quando chegaria. Ela também não queria que fosse doloroso.
Seus olhos encontraram o sol e se perguntaram se esta seria a última
vez que sentiria seu calor suave.
Cair vai doer? Ela ocasionalmente tinha uma sensação nauseante no estômago quando pulava de saliências de brincadeira quando criança.
Ela temia que o sentimento fosse intensificado quanto mais ela caísse.
— Vamos acabar logo com isso.
Um guarda murmurou, seus olhos austeros olhando ao redor da área.
— Quem sabe quanto tempo levará até
que um Demônio venha por aqui. É o Véu do purgatório. Estamos apenas procurando
problemas quanto mais tempo ficarmos aqui, mesmo à luz do dia.
Ela ficou surpresa que nenhum deles já tivesse vindo com o fato de que havia tantos deles. Era sorte? Cair para a morte pelo menos parecia mais agradável do que ser comida viva.
— Ele está certo, precisamos ir.
Outro exigiu. Sua armadura de metal
retiniu quando ele se moveu com um som repentino à distância.
O grupo começou a arrastar os pés nervosamente. Estes não eram Caçadores de Demônios, e logo seu medo crescente traria monstros sobre eles.
— Tudo bem então.
Túlio suspirou, acenando com a mão como
sempre fazia.
Darvi a empurrou direto para a beira do penhasco, as pontas de suas botas quase batendo nele, enquanto dizia:
— Espero que você ainda esteja viva depois de atingir o chão.
Lenore deu um sorriso cruel quando se virou para encará-los.
Ela pode ter se arrependido do que fez, mas ainda assim foi incrível ter feito isso. Ela se libertaria, não importa o seu fim. Melhor do que viver com aquele idiota.
— Você não pode nem parecer arrependida, sua put# de merd@!
Túlio gritou quando ela encontrou seu olhar. Ele era tão irritantemente alto. Só para irritá-lo, Lenore baixou os olhos e fingiu chorar antes de jogar a cabeça para trás e rir contra o pano.
Faça isso! Ela pensou enquanto seus ombros tremiam de sua risada enlouquecida. Apresse-se e faça isso antes que eu grite! O pânico estava borbulhando dentro dela como uma espuma.
Ela podia sentir isso, a vontade de chorar de medo do que estava para acontecer.
"FAÇA ISSO!"
Darvi empurrou seu peito com força e ela caiu para trás com o vestido balançando no ar ao seu redor. Lenore despencou. Ela fechou os olhos com força e conteve o grito.
Ah, porr@. Ah, porr@!
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Atualizado até capítulo 159
Comments
Clesiane Paulino
que horrível... ela não merecia isso... mas tem que acontecer assim pra ela encontrar seu herói 🧐
2025-02-02
0
Mary Lima
Nossa que situação orenda /Skull//Skull//Skull//Sweat/
2024-07-22
0
Valda Martins
Coitada dela
2024-04-29
2