Lenore estava muito assustada.
— Desculpe-me serei mais cuidadoso.
Ele ofereceu, levando a tigela de volta aos
lábios dela.
Ela virou a cabeça o melhor que pôde com a mão quente dele ainda segurando-a.
— Não quero mais.
Não, em vez disso ela queria ficar boquiaberta com a criatura na frente
dela. Ele não podia permitir que ela descobrisse o que ele era e não deixá-la
absorver.
Não é de admirar que ele hesitasse em vê-la!
Claro, ele não era um Demônio, mas isso não era tecnicamente melhor.
Ele ainda era um monstro, apenas um que não tinha uma m@ldita cara!
Diante de seus olhos, suas orbes brilhantes flutuando na frente de suas órbitas ocas ficaram rosa-avermelhadas.
— Eu não tive a intenção de te machucar.
Ele colocou a tigela no colo dela, e ela percebeu que ele havia chegado à conclusão de que ela não confiava mais nele para lhe dar água.
Ela olhou para baixo, vendo suas pernas nuas logo abaixo da camisa preta de botão que
ela usava.
Ela viu algo semelhante cobrindo seu peito, bem como um par de calças pretas enroladas em torno de pernas obviamente ungulígradas.
Ela não podia ver seus pés, mas as costas de suas mãos eram visíveis e, mesmo com a luz
fraca, ela podia ver que eles tinham ossos brancos salientes desde os nós dos
dedos até os pulsos.
Carne cinza escura cobria o resto, e eles eram enormes.
Não é de admirar que ela sentisse o calor irradiando por suas costas. Ela apostaria que se ele colocasse a mão em seu rosto, ele o cobriria completamente.
Seus olhos viajaram ao longo deles, de seus braços para os ombros largos que eram aureolados pela luz fraca.
Então ele se inclinou para trás, indo para aquela luz para destacar os chifres que ela percebeu que não tinha visto errado.
Mesmo agachado, ele se elevava sobre ela. Ela só podia imaginar o quão grande ele seria em comparação com ela se ambos ficassem de pé.
Sua mão se ergueu para acariciar seu cabelo em estado de choque, enquanto seus olhos corriam ao redor da área em que ela estava.
Ela foi capaz de definir melhor as paredes, pisos e teto. Ela pensou que estava tão escuro que não podia ver a madeira, mas ela estava olhando para a rocha o tempo
todo.
Paredes da caverna.
O quarto não era tão escuro ou tão grande quanto ela pensava. Ela olhou para onde estava sentada.
— Isto é um ninho?
Ela gritou.
As paredes estavam cobertas de peles com um grande galho ocasional saindo.
— Sim. Esta é a minha cama.
Ele estendeu a mão e colocou uma tigela de comida no ninho ao lado dela.
— Eu não tinha outro lugar para colocar você que fosse macio.
Estou em um ninho... Na caverna de um Caminhante da morte. Casa?
Aquele que me lavou, me viu nua e me vestiu com suas próprias roupas. Ela o olhou
cuidadosamente. Aquele que está me alimentando e me dando água.
— O que você pretende se não vai me comer?
Lenore estreitou os olhos.
— Eu não vou ser um animal de estimação.
A cabeça dele se inclinou, fazendo um som estridente que ela só ouvia dos Demônios fora dos muros de sua aldeia. Era como o som de ossos secos estalando uns contra os outros. Bem, isso é nojento.
— Bicho de estimação? Eu não sei o que é. Eu só queria te deixar melhor depois que você caiu do céu.
Ele virou a cabeça para o outro lado, inclinando-se para mais perto, o que a fez se afastar.
— Você não tem medo de mim.
Não, Lenore não estava com medo. Ele poderia comê-la, poderia machucá-la, mas ela não se importava se isso significasse sua morte.
O que era um pouco de dor antes de tudo terminar alegremente?
Ela não tinha medo de morrer, portanto não podia temer seu possível ceifador. Isso não a impediu de se preocupar com o quanto ela gostava do cheiro e da voz de um Caminhante da morte, um monstro.
Seus lábios se contorceram em um estremecimento.
Ele não era feio, mas quando se deparou com o crânio de um lobo que era muito grande para qualquer animal ter, como se fosse maior nele, ela achou difícil de olhar.
Mas talvez fosse porque ela não o achava realmente desagradável.
Essas esferas brilhantes eram bastante bonitas, especialmente quando voltavam ao verde e pareciam rodopiar com tanta vida.
Os chifres em sua cabeça ramificavam-se e bifurcavam-se três vezes e pareciam de uma cor ruiva pelo que ela podia dizer.
Ele tinha presas, notáveis na frente por causa das duas longas na parte superior e as curtas na parte inferior. O resto eram dentes afiados,
pontiagudos e triangulares.
Era óbvio que ele tinha uma mordida que poderia matar em um segundo.
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Atualizado até capítulo 159
Comments
Clesiane Paulino
que bom que ela não sentiu medo dele🥹🥹🥹
2025-02-02
0
Mary Lima
Ela gastando do cheiro dele já é 80 por cento do caminho./Chuckle/
2024-07-22
0
Mellika Duarte
ela gostou do cheiro dele
2024-04-20
3