O suficiente para corromper um homem

"Desde que aquele cara se tornou influente a cidade só tem ido por água abaixo."

Uma das vozes vindo do salão dizia, tendo sequência:

"Sim, Bryan Lester, aquele que fez essa cidade virar um campo militar."

completava outra voz.

Bryan Lester? Esse nome é familiar, pois esse homem ainda estava para nos ser apresentado. Bryan Lester, que acabara de ser promovido a capitão-mor, da polícia local. Mais precisamente, o delegado que agora tomando conta daquela cidade, aplicava sua doutrina esquisita com mãos de ferro. Porém, o azar daquela cidade era principalmente o mau caráter de Lester. A polícia tinha muitos homens de caráter podre. Dito isso, confie em mim, dentre os podres e corruptos, Lester é rei.

A mulher que vimos Lester sair acompanhado, uma bela mulher, filha do prefeito local. Não seria sua primeira companhia, nem tampouco a última, pelo seu histórico de "apenas uma noite". Enquanto a explicação nos era dada, era possível ver o retornar do foco principal, com o domador, agora subindo as escadas, e indo para aquilo que seria seu aposento temporário. Enquanto a cena tornando-se borrada, nos transferia para um ângulo de vista diferente, onde um homem de farda militar, observava na varanda do segundo andar de um quartel, a circulação de seus homens, enquanto em sua mente, se gabava:

"Dizem que o poder, o poder corrompe o homem, mas não é assim. Isso apenas o deixará mais forte."

Naquele momento um homem subindo as escadas, aparecia na porta interrompendo seus pensamentos com uma atualização urgente:

-Senhor, notícias sobre aquele grupo que nos enviou para averiguar, eles estavam transportando mercadorias ilícitas, tivemos um pequeno conflito, um dos homens foi um completo covarde, e se recusou de entrar naquele pequeno combate. Por isso peço que quando puder, vá até a prisão de segurança local, e verifique por si mesmo.

-Um covarde com farda? Isso é inaceitável. Eu vou resolver isso pessoalmente. Obrigado pela informação tenente. Estarei lá em breve.

Enquanto Lester se preparava e seguia para averiguar a situação, a cena mudava suavemente para alguns momentos mais tarde. Para revelar um cenário completamente diferente. Um homem ansioso, fazia suas preces naquilo em que tinha fé, ele que jurou que seria capaz de servir e proteger, infelizmente não foi capaz de cumprir tal juramento. Ele sentiu medo por sua própria vida, em meio a um tiroteio onde as balas, ainda gritavam em sua mente. Ele sabia que sua punição, seria a merecida para os covardes e desertores. Pelo menos, era o que diziam.

Enquanto com o tempo que passava, um homem de boa postura, entrava seguido por dois homens fardados em sua guarda, um policial que sentado em uma mesa daquela pequena prisão local, o cumprimentava, também em continência, explicando um pouco dos fatos ali ocorridos:

-Aqui está a mercadoria apreendida durante nossa operação, dos homens que a transportavam, 4 morreram durante o conflito, e um ferido está em recuperação nas forças médicas locais. Agora sobre aquele homem ali preso...

-Vou tratar do assunto.

ele era interrompido por Lester, que se direcionava até o jovem policial/desertor, que em uma cela temporária, ali ao lado se encontrava, Lester, dirigindo a palavra àquele homem, dizia:

-Olá, subtenente. Primeiramente, como se chama?

-Taylor, Meu nome é Taylor, senhor. Por favor, eu tenho uma mulher e um filho. Eu prometo que não vou falhar novamente.

-implorou o homem, o desespero era evidente em sua voz.

-Eu entendo, subtenente Taylor, família é uma coisa complicada não é?! Aqueles a quem temos total apreço. (dizendo com uma expressão sádica, ele tinha em seu rosto, um leve sorriso de maldade) porém, infelizmente, eu sirvo aos meus homens da mesma forma que eles me servem, devo deixá-los felizes. Homens covardes, apenas tiram a determinação deles, e sua família, acha que sentiriam orgulho do homem que se tornou?! Dito isto, infelizmente subtenente Taylor, o levarão à forca, mas não se preocupe, poderá se despedir de sua família.

enquanto se virava, Lester deixava para trás, não apenas um homem, não apenas um ser humano, mas sim um pai, e um marido, agora, sem esperanças.

Ao mesmo tempo que Lester saía pela porta daquela prisão, a cena que nos levava novamente até um quarto de uma hospedaria. O homem que na beirada daquela cama se assentava, lembrava das conversas que enquanto parado na escada, vinham daquele salão de festas diretamente para seus ouvidos. O corvo que repousava na cômoda daquele quarto, observava o domador, que agora se aprontava e deitava, devaneando em suas memórias e pensamentos, até que ele iria adormecer, pronto para um novo amanhecer.

Em meio a tudo isso, naquela mesma cidade, Lester era agora visto em sua sala, onde parecia escrever uma carta, endereçada a seu superior. Um coronel que Lester já planejava destronar há tempos. Ele escrevia em sua carta, mentiras bem contadas e realmente bem pensadas, sobre uma operação de apreensão, por onde Lester já tirava proveito, não enviando a mercadoria total, mas sim a parte que ele considerou relevante. Sendo encoberto por alguns de seus homens que se submetiam ao mau caráter de Lester, eles, juntamente com ele, levavam uma cidade antes próspera, direto para a sujeira e corrupção que tinham dentro de si.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!