Memórias não tão distantes

"Então, não faz tanto tempo, não é?!"

Falando consigo mesmo, o homem que estava sentado no chão encostado ao lado de uma árvore, acabara de despertar de seu curto repouso, e agora olhava para o horizonte. Ele teve o grande fortúnio de poder vislumbrar o nascer do sol, que apenas tinha começado. Ele também percebia que tudo o que tinha acontecido eram apenas memórias, memórias não tão distantes, dos lugares pelos quais passou antes de chegar até ali. Então, tudo o que vimos depois do triste massacre dos nativos. Não passava de uma visão que tivemos das memórias e flashbacks que o domador nos proporcionou, nos indicando que dois dos fatos aconteceram no continente asiático, e nos provando que a vingança não se limita a lugar, ou tempo. Enquanto ele mesmo se levantava, lembrando do lugar onde estava prestes a ir, de volta para o estado de Lustershire. Onde, após a repercussão da morte do "comerciante algum tempo atrás", as forças policiais estavam reforçadas na área. Porém, nem tudo era o que parecia. Pois haviam tristes fatos que seriam descobertos por nós, com a chegada do domador em uma cidade mais ao sul daquele estado. Ele chegava na entrada daquela cidade, vendo carroças puxadas que passavam ao seu lado, um homem que carregava um saco pesado, sabe-se lá para que fim. Entre tudo isso, ele chegava na entrada principal da cidade, um homem de vestes militares o parava:

-Com licença, meu jovem, primeiro preciso averiguar algumas coisas.

-À vontade.

dizia o domador em resposta com um meio sorriso quase imperceptível no lado direito da face.

O homem que o revistava notava em seu ombro:

-Um corvo?

-Mais para um companheiro de viagem. Podemos passar?

questionava ele, enquanto o homem abrindo caminho permitia a passagem do domador naquele local, após perceber que ele não portava simplesmente nada, além de suas vestes e aquele corvo.

O domador, andando, olhava para sua direita, vendo olhares que o olhavam de volta. Todos desabrigados, que curiosos o observavam. Até porque, dentre todos que ali estavam passando, ele era definitivamente o mais chamativo, tanto por suas vestes quanto por seu jeito e aparência notáveis. Andando bastante até se deparar com dois homens conversando, situados na porta de entrada de um banco:

-Com licença, onde eu encontraria hospedagem por aqui?

-Siga por aquele caminho ali, meu amigo, e logo depois vire à sua direita. Recomendo muito bem aquele lugar. Por falar nisso, você não é daqui, certo?!

Enquanto concordando, o domador, sem detalhar muito, agradecia e seguia sua trilha, passando por uma pequena rua. Onde ao virar, ele já se deparava com uma hospedaria. Um letreiro grande, como forma de garantir que quem por ali passasse, não passaria sem a perceber. Ele abrindo a porta, se deparava com um balcão. Um homem bem vestido atrás daquele balcão anotava o quarto de uma também estilosa mulher. Ela agradecia e com gestos delicados, como uma mulher nobre, saía daquele lugar, de mãos dadas com um homem de olhar frio e vestimentas militares, parecia ser alguém de alto nome. Aquele homem nos seria apresentado mais tarde. O domador via as duas figuras passarem do seu lado, ignorando sua presença naquele lugar. Ele agora se aproximava do balcão, onde de início era bem recebido:

-Olá, meu senhor! Gostaria de um quarto? Bem-vindo à melhor hospedaria da cidade.

-Você parece receber pessoas da alta por aqui. Quanto seria o serviço?

questionava o domador.

-Nada demais, apenas... (Um valor bem alto).

-Sinto muito, eu literalmente não tenho nada em meus bolsos

respondia o domador.

-Meu senhor, Você entrou na hospedagem e não tem nem sequer uma moedinha? Não entendo.

-Olha, eu vim de realmente bem longe até aqui. Se me permitir ficar em sua hospedaria apenas por esta noite, lhe garanto que terás vossa recompensa

o domador reforçava.

Pensativo, o balconista, que não costumava receber pedidos ousados como aquele, apenas dizia:

-Meu senhor, eu não gosto de fazer isso. Isso é arriscado para meu emprego, mas tudo bem. Aqui uma chave. Não é o melhor dos quartos, porém é o que eu posso fazer por um visitante elegante como você. Você tem minha confiança, não a desperdice.

Ele com suas chaves em mãos agora ia subindo as escadarias daquele lugar, apenas parando para ouvir uma conversa que vinha do salão de festas e o atraía. Aquilo poderia ser uma resolução do que aquela cidade tinha se tornado...

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