Capítulo 17

Bella

Chegamos ao apartamento de Raul, que fica em um condomínio aqui mesmo no centro, próximo do salão de festas em que nós estávamos.

Ele olha a todo momento para mim e sorrir, não consegue esconder a empolgação por eu estar aqui.

— Entre. —ele diz abrindo a porta para mim e eu entro.

Ele tranca a porta, me olha e sorrir, há uma tensão muito forte entre nós, tão forte que poderia ser palpável, a energia que nossos corpos emanam chega a deixar o ambiente quente.

— Me diz que você também está sentindo isso? —ele pergunta se aproximando de mim me enlaçando pela cintura.

— Estou.

— Então Bella? Já esperamos tanto tempo por isso, deixa acontecer.

Sinto um desejo descomunal de estar com Raul, mas sinto que não é o momento ainda. Não que eu seja uma virgem iludida, que está esperando o cara certo, ou que quer se casar virgem, não é isso! Sou virgem por opção, eu que nunca quis ficar com ninguém.

Não gostaria de falar sobre isso com Raul, mas sinto que ele espera algo a mais de mim.

— Mas eu não vou tr*nsar com você! —ele sorrir.

— Ok senhorita, mas pode pelo menos tirar esse vestido e ficar mais a vontade, não vou tentar nada, mas posso ao menos te beijar?

— Pode. —digo e ele sorrir.

Raul cola nossos lábios e nós nos beijamos, o beijo é intenso e sinto um frio na barriga e um arrepio por todo o meu corpo, ele beija muito bem.

Raul me aperta cada vez mais contra seu corpo, suas mãos seguram firme em minha cintura e eu sinto sua ereção crescer cada vez mais contra minha barriga.

— Tem certeza que não quer amor? —ele pergunta.

— Tenho, já sabe o que deve fazer, resolva sua vida primeiro.

— Já está tudo resolvido, eu já te falei.

— Isso é o que você diz e outra coisa é o que você faz.

— Eu estou tentando Bella, faz dias que não falo com a Karina.

— Mas ela te ligou?

— Sim e também mandou mensagens, mas eu não respondi.

— E como ela se sente em relação a isso?

— Está chateada.

— E você?

— Também estou um pouco chateado, como falei, ela não tem ninguém.

— Eu entendo, talvez isso entre nós não funcione Ral. —ele sorrir, pois ama que eu o chame de Ral.

— Por que não Bê?

— Porque você nunca vai conseguir se desligar dela e eu não quero isso para mim, eu te quero por inteiro e não é egoísmo, mas se fosse o contrário você também não ia me querer assim.

— Eu iria te querer de qualquer forma Bella, eu amo você, te amei a vida inteira e vou continuar te amando até o o último dia da minha vida.

— Raul... Não diga essas coisas.

— Estou sendo sincero Bella, me dar uma chance por favor?

— Aí, Raul.

— Por favor? Não precisamos tr*nsar agora, isso não é o mais importante, apesar de eu estar com muita vontade de te jogar naquela cama, mas eu vou esperar seu tempo, só me deixe ficar perto de você e te mostrar que pode confiar em mim e que nós podemos sim ficar juntos.

— Tá Raul! Eu espero não me decepcionar.

— Não vai, te prometo. —ele me beija outra vez. — Está com fome?

— Não.

— Quer beber algo?

— Sim, vinho.

— Eu tenho o rosé que você gosta.

— Hum, pode ser ele então. —Raul serve duas taças de vinho e me entrega uma.

— Pode tirar o vestido Bella, ele parece apertado.

— E está, culpa da Liz! sinto falta dos meus jeans.

— Eu sei que não gosta muito de roupas assim, pode ir até meu closet, acho que alguma roupa minha vai te servir.

— Sua noiva já esteve aqui?

— Ex noiva! Não, ela nunca esteve aqui, esse apartamento é novo, faz pouco tempo que comprei.

— Entendi, onde ficar o quarto?

— Por aqui. —ele diz segurando minha mão.

Atravessamos um corredor com quatro portas, o quarto dele é o último.

— Pode entrar. —ele diz abrindo a porta.

O quarto é bem decorado, com móveis marrons e cortinas e roupas de cama entre cinza e preto, bem cara de apartamento de homem mesmo.

— Posso te ajudar com o zíper? —ele pergunta.

— Raul...

— Não vamos fazer s*xo, mas isso não quer dizer que eu não possa te ver, ou te tocar não é?

— Espertinho você não é?

— Eu tenho uma banheira bem grande, podemos relaxar nós dois. —ele diz se colocando atrás de mim e beijando meu pescoço.

— Golpe baixo.

— Vou encher a banheira.

Raul entra no banheiro e logo eu escuto o barulho da água, ele volta usando apenas uma boxer preta, tento não olhar, mas ele é uma tentação.

— Vamos tirar esse vestido agora? —viro de costas para ele. — Bella posso te fazer uma pergunta?

— Pode.

— Por que luta tanto contra o que sente por mim?

— Porque eu sou boba, a Liz diz pra eu aproveitar, mas eu travo.

— Não precisa, não tenha medo de sentir.

— Raul...

Ele tira o meu vestido e minhas bochechas coram, pois não estou usando sutiã, já que o vestido dispensa o uso, estou usando apenas a calcinha que não é nada grande.

— Não precisa ter vergonha de mim Bella, eu não vou fazer nada, vamos apenas tomar um banho juntos e prometo não fazer nada, mas posso ao menos te tocar?

— Pode.

Raul me vira de frente para ele e me beija, suas mãos descem para minha b*nda e ele me levanta e eu passo as pernas em sua cintura, ele caminha comigo assim até o banheiro.

Chegando ao banheiro ele me coloca no chão e puxa sua boxer para baixo e seu membro salta para fora e eu desvio o olhar, Raul estreita os olhos para mim.

— Bella?

— Oi. —digo olhando para os olhos dele, menos para baixo.

— Já esteve com um homem antes? —respiro fundo e nego com a cabeça ainda olhando em seus olhos. — Bella! Poderia ter me dito desde o começo e eu não estaria agindo assim com você, achei que você já... Ah! Bella, deveria ter me dito, eu jamais teria te forçado a ficar sem roupa na minha frente e nem estaria assim na sua, quer que eu saia pra você tomar banho?

— Não Raul! —digo segurando em seu braço e o puxando para mim. — Vamos tomar banho. —digo puxando minha calcinha para baixo.

— P*rra Bella! Assim fica difícil se controlar, você é linda demais. —ele diz e me beija, depois me pega no colo e entra na banheira junto comigo.

Ele se senta e me puxa para ficar entre suas penas de costas para ele.

Raul toca meus seios e eu fecho os olhos com a sensação que isso me provoca.

— Eu amo você Bella.

— Eu também amo você Raul.

— Por que nunca ficou com ninguém Bella?

— Porque eu nunca namorei com ninguém e eu não iria tr*nsar com alguém só para perder a virgindade, eu me mentive virgem por opção minha, nunca gostei de ninguém a ponto de querer namorar e decidi que perderia a virgindade no dia em que namorasse com alguém.

— E porque nunca namorou com ninguém?

— Nunca encontrei alguém que valesse a pena.

— E eu?

— Você o quê?

— Eu sempre estive em sua vida, eu sempre te quis, você poderia ter sido a primeira e única na minha vida, assim como eu vou ser na sua, porque serei eu.

— Ah é?! E quem te disse isso seu convencido?

— Ora! Eu vou ser seu namorado e óbvio que será comigo.

— Ah! Já determinou isso?

— Você me deu uma chance para tentar, então logo seremos namorados e depois disso eu e você vamos tr*nsar.

— Ah! Entendi, já planejou tudo.

— Já, ou vai querer esperar pelo casamento, podemos resolver isso na noite de núpcias, mas aí teremos que nos casar logo, pois eu não sei se consigo esperar muito, já esperei tempo demais.

— Ah tá! Isso é porque eu quero casar agora!

— Não?

— Não! Pode ir com calma.

— Estou brincando Bê, mas que nós vamos namorar, isso sim, nós vamos!

— Ok.

— Isso é um sim?

— E isso foi um pedido?

— Não! Mas pode ser! Aceita namorar comigo?

— Vamos deixar sem rótulos por enquanto, vamos ver no que vai dar.

— Por mim tudo bem, contando que não fique com outra pessoa.

— Isso sou eu quem preciso dizer para você Raul, você quem pega todas por aí.

— Nem tanto Bella, tive um relacionamento de cinco anos e nunca a trai, quando eu era mais novo fiquei com algumas pessoas, não tantas assim quanto pensa, não sei o que andaram te falando, mas não peguei todas.

— Sei.

— É sério.

— Tá bom.

— Deixa de ser ciumenta e vem aqui me dar um beijo. —me viro de frente para ele e o beijo. — Senta aqui no meu colo? —estreito os olhos para ele. — Só ficar mais perto de mim, eu não vou fazer nada.

— Tá. —digo sentando em seu colo, de frente para ele, as mãos dele descem para minha b*nda e ele aperta com vontade.

— Sua b*nda cresceu hein?!

— Raul!

— O quê?! É a verdade.

— Deixa de ser safado.

— Você é a maior gostosa e assim sem roupa na minha frente, o que posso fazer?

— Raul!

Passamos mais algum tempo na banheira, entre muitos beijos e carícias, mãos bobas e depois finalizamos nosso banho no chuveiro.

— Dorme aqui hoje? Só dormir Bê.

— Tá! Me empresta uma roupa?

— Pode dormir sem Bê, estamos só nós dois aqui.

— Raul!