Capítulo 08

Bella

Raul não deu sinal de vida desde o dia em que esteve em meu apartamento, isso já faz duas semanas.

Já finalizei o sistema que estava desenvolvendo para o seu hospital, contei com a ajuda de Pedro em todo o projeto. Agora é só esperar a aprovação do Raul e finalmente irei me ver livre dele.

Gosto muito de Raul, mas não estou disposta a competir com ninguém por ele, foi justamente por não querer saber nada dele e da noiva que eu o bloqueei em minhas redes sociais.

Tomo meu banho, visto uma camiseta preta com uma jaqueta azul marinho por cima, uma calça jeans também azul marinho e um coturno preto, nem sempre uso tênis, e hoje meu humor estar como minhas roupas, quando não estou bem gosto de usar cores escuras. 

Prendo meus cabelos em um coque firme e passo um pouco de manteiga de cacau nos lábios, não sou de me arrumar muito.

Se Liz visse ela claramente me mataria, ter uma irmã que trabalha com moda é complicado, mas eu sempre fui assim, só que antes me influenciava muito pela Liz, hoje não, hoje sou eu mesma.

Entro no meu carro e dirijo até a empresa, estaciono na minha vaga e logo vejo o carro importado de Raul.

Resisto a vontade de arranhar o carro dele, até porque o carro não tem culpa do seu dono ser tão cretino.

Entro na empresa e vou direto para a copa, para pegar meu café, logo após vou para o meu setor.

— Bom dia nerds. –digo entrando no setor que eu trabalho.

— Bom dia. –eles respondem juntos.

— Animada para entregar o projeto do bonitão? –Joane pergunta animada.

— Nossa! Demais, vim até vestida à caráter.

— Nossa que humor.

— Isso é falta de sexo! –Léia exclama e eu reviro os olhos, eles não sabem que eu ainda sou virgem, na verdade só minha família sabe.

— O bonitão te quer, aí eu daria pra ele com todo prazer. –Leandra diz.

— Aí! Francamente, vão trabalhar!

O telefone da minha mesa toca e eu atendo de imediato.

— Isabela?

— Sim chefe.

— Venha até minha sala. –ele não espera minha resposta e desliga.

— Onde está o Pedro? –pergunto.

— Ele teve que viajar, houve um problema na família dele. –Léia diz.

— Ele te falou? –pergunto.

— Sim, pediu as férias mais cedo, conversou com o senhor Adams, ele anda tão bonzinho depois que casou, você deveria ver como ele era antes.

Christopher Adams está casado com Melissa há dois anos, segundo o que a mesma me disse quando nos encontramos.

Eu trabalho aqui há um ano apenas e segundo o que as meninas falam Christopher era bem amargo e fechado antes de casar com Melissa.

— Mais tarde vou ligar para o Pedro. –digo. — Agora preciso ir até a sala do chefe. –elas me olham e sorriem.

Entro no elevador e subo para o último andar que é onde fica a sala do CEO bonitão.

— Entre. –ele diz quando bato na porta.

Raul se levanta da cadeira quando entro, e eu o ignoro, não olho para ele.

— Bom dia Isabela. –Christopher diz.

— Bom dia senhor Adams.

— O senhor Moraes veio ver o projeto, para ver se aprova.

— Sim.

— Infelizmente Pedro não está aqui, vocês formam uma bela equipe, me convidem para o casamento. –Raul me olha sério e eu sorrio para o senhor Adams. — A sala de reuniões está preparada para você apresentar seu projeto Isabela.

— Perfeito, podemos ir então? –pergunto.

— Sim, podem ir na frente, preciso atender essa ligação, é minha esposa, ela está grávida. –vejo um brilho diferente nos olhos dele, um tipo de orgulho.

— Parabéns senhor Adams, mande minhas felicitações a sua esposa.

— Obrigado. –digo e vou siando de sua sala, mas ainda consigo ouvir um pouco da conversa.

— Oi querida, tudo bem? Ah! Que bom, Isabela te mandou felicitações, sim meu bem irei pedir...

Saio seguida por Raul que fecha a porta da sala de Christopher.

Entro na sala de reuniões e Raul entra também.

Começo a arrumar meu equipamento para a apresentação do projeto.

— Não vai falar comigo Bella?

— Não tenho nada para falar com o senhor, a não ser que seja sobre o seu projeto.

— Senhor Bella? É sério isso?

— Sim.

— Ei, não me trate assim Bella, me machuca que seja tão fria comigo, você não era assim Bella.

— As pessoas mudam senhor Moraes! 

— Não Bella, não quero que mude comigo, nos conhecemos a vida inteira.

— Não nos vemos a quase seis anos, muitas coisas mudaram nesse tempo.

— Eu não mudei Bella, continuo o mesmo.

— Não mesmo, o Raul que eu conhecia e que era meu amigo não agiria dessa forma, não ficaria jogando com duas pessoas ao mesmo tempo.

— Por Deus Bella! Eu não estou fazendo isso, Karina teve um problema, o pai dela infartou e estava muito mal no hospital, ela não tem mãe e nem irmãos, ela é sozinha, só tem a mim eu não poderia deixá-la sozinha, seria desumano da minha parte deixar alguém que é importante em minha vida sozinha.

— Como falei há duas semanas atrás, você fez sua escolha, eu não vou me sujeitar a esse tipo de coisa, eu não quero alguém que esteja dividido eu quero alguém inteiro e não alguém que vive à sombra do passado.

— Poderia me entender um pouco Bella, a Bella que eu conheço nunca foi egoísta e jamais deixaria alguém importante sozinho.

— Claro que eu não deixaria, mas a questão aqui é que eu não quero nada com você, nada de nada, volte para a sua noiva e seja feliz com ela.

— Não vou voltar pra ela Bella, conversamos muito nesses dias, ela só queria meu apoio, pois como eu te disse ela não tem ninguém, mas ela me incentivou a ficar com você, me disse para eu ser feliz e que minha felicidade está com você, e ela tem razão.

— Uma coisa é o que ela diz, outra muito diferente são as atitudes dela, você iria gostar de estar com alguém que a qualquer momento recebe uma ligação do ex e corre para onde ele estar?

— Não gostaria.

— Então...

— Você deveria ser advogada igual sua irmã, cheia de argumentos.

— Não mude o foco da conversa, aliás, não temos mais nada para conversar.

— Temos sim.

— Tudo pronto aqui? –Christopher pergunta entrando na sala.

— Sim senhor Adams.

— Pode começar então Isabela.

Apresento o projeto aos dois e o senhor Adams me olha com orgulho, como um professor olha para um aluno quando ele tira dez em uma prova.

Ao final da minha apresentação os dois batem palmas.

— Muito bem Isabela, muito obrigado. –apenas assinto. — Pode se retirar, eu assumo daqui com o senhor Moraes. –viro as costas e saio sem olhar para trás.

Volto para a minha mesa e começo a trabalhar no sistema de um novo notebook que estamos desenvolvendo.

As horas passam muito rápido e quando me dou conta Joane já está me chamando para almoçar.

— Vamos almoçar princesa? 

— Estou em fome Jô.

— Precisa se alimentar princesa.

Joane é como uma irmã mais velha, não só por sua idade, pois ela é mais velha que eu dez anos, mas por ela sempre cuidar de mim e se preocupar comigo.

— Trás salada pra mim?

— Você só tem comido salada ultimamente, sei que é saudável, mas não para comer somente ela sem nada, precisa comer alguma proteína, um carboidrato.

— Salada e carne então?

— Tá, tudo bem, eu trago! –ela diz revirando os olhos.

— Obrigada Jô, te amo.

— Também te amo princesa.

Antes que Jô saia entram na sala, Christopher segurando a mão de sua esposa e Raul vem logo atrás deles.

— Oi Bella! –Melissa corre para me abraçar.

— Oi senhora Adams. –ela me olha e fecha a cara.

— Com todo respeito, mas sou mais nova que você, sem essa de senhora!

— Questão de respeito.

— Chame ele de senhor, eu não! –ela diz apontando para o marido.

— Ok, parabéns pela gravidez Melissa.

— Obrigada Bella, vim te convidar para almoçar conosco. –Melissa diz.

— Ah! Você vai me desculpar, mas eu já estava indo almoçar com a Joane. –ela me olha interrogativa.

— Sério? Que pena, gostaria de uma companhia feminina.

— Sim, já estávamos saíndo. –digo e Joane me olha segurando o riso.

— Venha conosco também Joane! –Melissa convida.

— Não senhora, muito obrigada pelo convite, mas nossas amigas estão nos esperando. –Joane diz.

— Mas você liberta a Bella? Por favor? Gostaria que ela fosse conosco.

— Claro! –olho para a Jô com cara de poucos amigos.

— Obrigada Joane, vamos Bella? –Melissa agradece.

— Querida acho que a Isabela não quer ir conosco. –Christopher diz.

— Não quer Bella?

— Não é isso, é que tinha marcado com a Jô.

— Vamos querida, ela não quer ir, vamos só nós três.

— Posso ir com elas querido? Vocês só vão falar de negócios, vou ficar entediada.

— Querida você não precisa da minha permissão para nada, mas gostaria de almoçar com você, quase não fazemos isso. –esse Christopher não parece em nada com o que as meninas descreveram para mim.

— Eles podem ir conosco meninas? –Melissa pergunta.

— Sim, mas nós vamos à um restaurante simples, que serve comida italiana. –digo. — Vocês com certeza são acostumados a algo mais elegante.

— Eu não tenho problema com isso. –Melissa diz.

— Pode ser Raul? –Christopher pergunta.

— Pode, eu não me incomodo em comer num lugar simples, na cidade em que eu morava com os meus pais quando era mais novo, em épocas comemorativas todos se reuniam e compartilhavam uma ceia na rua. –ele diz e olha para mim, pois era exatamente assim que acontecia em nossa antiga cidade, na verdade ainda acontece.

— Sério? Nossa que legal, eu iria adorar. –Melissa diz.

Ela tem um brilho próprio, é uma pessoa cativante, muito simples, usa roupas elegantes de longe se nota, mas tem uma humildade que poucos tem.

— Vamos todos no meu carro. –Christopher diz.

Olho para Joane que só faz sorrir de tudo, essa alcoviteira. Ela não sabe de fato que Raul e eu temos uma história, nunca aconteceu nada entre nós, mas nós temos sim uma história juntos, mas ninguém aqui da empresa sabe, só desconfiam pelas as olhadas que Raul dar para mim e por suas ceninhas de ciúme.

Christopher abre a porta para Melissa e a ajuda a entrar no carro. Ela está grávida, mas ainda não se nota, não tem nada de barriga, minha irmã como sempre teve gêmeos, as barrigas eram enormes.

Raul abre a porta de trás para mim e Joane, que faz questão de entrar primeiro, de forma que eu sente no meio para Raul ficar ao meu lado.

Alcoviteira!

Raul não diz nada apenas senta ao meu lado, eu também não tenho nada a falar, essa situação é muito incômoda para mim, Joane me paga!

— O Pedro te deixou um beijo princesa. –Joane diz e de cara entendo seu jogo.

— Mais tarde vou ligar pra ele. –digo.

— Pedro é seu namorado Bella? –Melissa pergunta.

— Não, somos apenas amigos.

— Pensei que fossem namorados. –Christopher diz.

— Não somos.

— Pois parecem ser. –Christopher diz.

— Ela só não dar uma chance para ele senhor Adams, Pedro é caidinho por ela. –Joane diz.

— Nota-se. –Christopher diz e Raul pigarréia.

Joane indica o caminho do restaurante para o senhor Adams e logo chegamos. 

Christopher abre a porta para Melissa e a ajuda a descer, Raul abre a porta e desce, ele estende a mão para me ajudar a descer, mas eu não aceito.

Me sinto meio inadequada perto deles, estão todos muito bem vestidos, Raul e Christopher com ternos caríssimos, Melissa usa um vestido azul muito bonito e sapatos elegantes, até Jô está bem vestida, ela usa um vestido longo de estampa floral e uma sapatilha preta, ela sempre se arruma muito bem é a única que não usa sempre jeans e tênis.

Entramos no restaurante, não é dos mais simples, na verdade é um bom restaurante, pois nosso salário é muito bom e poderíamos pagar um almoço ainda mais caro, mas nós gostamos daqui o dono já nos conhece e nos trata muito bem. Mas acredito que Raul, Christopher e Melissa estejam acostumados a algo mais caro e refinado.

Eu sempre tive uma vida confortável graças a minha mãe e a Raquel, elas sempre fizeram tudo por mim e pela Liz, nunca nos deixaram faltar nada. Raquel sempre nos comprou muitos presentes e depois que ela começou a trabalhar com o Caio nossa vida mudou para melhor, depois os dois se casaram e tanto ela, quanto Caio sempre fizerem tudo por nós.

Avistamos Léia e Leandra, parece nome de dupla sertaneja, e vamos na direção delas, que nos olham boquiabertas.

— Eles vão almoçar conosco. –Joane diz.

— Espero que não se incomodem meninas. –Christopher diz.

— Não senhor Adams, pode ficar a vontade, vocês todos. –Léia diz.

Christopher puxa a cadeira para Melissa se sentar, o homem além de lindo é educado e cavalheiro, essa teve sorte.

Raul faz menção de puxar a cadeira para mim e eu o olho de cada feia e ele para na hora.

Minhas amigas e eu sempre pedimos o prato do dia, que hoje é ravioli.

Christopher pede espaguete, Melissa pede um risoto e Raul um filé à parmegiana.

O dono do restaurante logo que nos avista vem nos cumprimentar, ele é italiano, muito bonito, lembro sempre que Liz fala que os italianos são ótimos. Ele deve ter uns trinta e poucos anos, mas está muito bem para idade que tem.

— Oi meninas. –ele diz com sotaque carregado.

— Oi Matteo. –respondemos juntas.

— Bella, tudo bem?

— Sim, e com você?

— Bem, nunca mais tinha vindo.

— Andei meio ocupada.

— Senti sua falta.

— Ah! Pois aqui estou. –digo, mas fico constrangida.

Raul olha para Matteo com cara de poucos amigos, já percebi que ele é muito ciumento, sem motivos e sem direito, pois não temos nada e mesmo que tivéssemos não lhe daria o direito de tentar me controlar.

— Vou trazer uma lasanha pra você Bella. –ele diz.

— Muito obrigada, mas eu já pedi o prato do dia.

— A lasanha é por conta da casa. –ele diz e sai.

— Se Pedro tivesse aqui já estaria morrendo de ciúme, ele não vai com a cara do italiano porque ele fica te paquerando. –Léia diz.

— Aí, francamente Léia! –digo e reviro os olhos.

— Mas o italiano te paquera mesmo Bella, desde a primeira vez que viemos aqui. –Leandra diz colocando mais lenha na fogueira.

— Me poupe as duas! 

— Ele é bem bonito. –Joane diz.

Realmente! Muito bonito.

— Beleza não é tudo na vida. –digo.

— Você é linda Bella. –Melissa diz e eu a encaro.

Logo ela me chamando de linda, Melissa é mais alta que eu, tem um corpão, olhos azuis, lindos cabelos pretos, bem longos, e além de tudo é toda elegante.

— A senhora que é linda. –digo.

— Senhora não Bella! Se duvidar sou mais jovem que você.

— Creio eu que sim. –digo.

— A Bella nunca soube ouvir elogios. –Raul fala que nem se sente e todos olham para ele.

— Vocês se conhecem?! –Christopher e Melissa perguntam juntos.

— Sim! –Raul e eu respondemos.

— De onde? –Melissa pergunta.

— Desde a infância, estudamos juntos até o ensino médio. –ele diz. — A Bella nunca aceitou elogios muito bem, sempre se achou inferior a irmã, sem contar que as duas são exatamente iguais.

— São gêmeas? –Melissa pergunta.

— Sim. –respondo.

— Aí que legal! Eu gostaria de ter gêmeos.

— Minha irmã, teve trigêmeas, depois gêmeas e agora vai ter gêmeos. –Melissa arregala os olhos.

— Nossa! São muitos filhos.

— Sim, o bom é que só engravidou três vezes.

— Sua irmã é a esposa do Caio Alencar, o criminalista? –Melissa pergunta.

— Sim.

— Ah! Conheço. –Melissa diz. — Sabia que te achava parecida com alguém, você é a cara da sua irmã mais velha.

— Sou.

— Eles são bem conhecidos. –Melissa diz.

— São sim.

— Mas nunca vi fotos das filhas. –ela diz.

— Eles não autorizam.

— Ah! 

— Sua lasanha Bella. –Matteo coloca o prato diante de mim.

— Muito obrigada Matteo.

— Espero que goste.

— Com certeza sim. –digo.

O garçom serve o restante das pessoas da mesa.

Minhas colegas já desconfiavam que Raul e eu tínhamos alguma coisa, depois de hoje elas terão certeza e me encherão de perguntas.

— E como era a Bella quando mais nova? –Léia pergunta para Raul.

— Muito amável, doce, gostava de ajudar a todos, super inteligente, a mais inteligente da escola. –ele diz e eu fico vermelha. 

— Vocês já ficaram? –Léia é uma curiosa.

— Não. –ele responde. 

— Éramos apenas amigos, mas nos afastarmos, passamos seis anos sem nos ver. –digo. — Inclusive Raul tem uma noiva. –digo afim delas se convencerem de vez que não temos nada.

— Tinha. –ele responde.

— Vocês ficam bem juntos. –Melissa diz.

Christopher apenas come em silêncio e nos observa, ele é muito educado.

— Convensam ela disso. –Raul diz e eu não sei onde enfiar a cara.

— Tem certeza que nunca tiveram nada. –Léia pergunta.

— Sim! –respondemos juntos.

— Porque ela não quis. –Raul responde e eu o olho com minha melhor cara de brava.

— E porque ela não quis? –essa Léia é uma fofoqueira, curiosa.

— Bom, isso só quem sabe é ela. –Raul diz.

— Então veio para cá por causa dela? –ela pergunta.

— Não, eu não sabia onde ela estava morando e nem que trabalhava aqui, porque se eu soubesse teria vindo antes.

— Eu moro aqui vai fazer dois anos, há dois anos atrás você estava noivo.

— Eu viria te ver mesmo assim, você sempre foi minha melhor amiga Bella, apesar de qualquer coisa sempre fomos amigos.

Todos na mesa comem em silêncio, exceto Léia, todos nos observam, até mesmo Christopher.

— Não é estranho gostar de alguém que tem uma irmã gêmea? Tipo você gosta da pessoa e tem outra igual a ela. –Léia pergunta.

— Não, elas são totalmente diferentes, só se parecem fisicamente, a Liz é... Diferente.

— Minha irmã, é fina, elegante, se veste muito bem, ela mora em Milão, estudou moda e trabalha em um ateliê de lá.

— Nossa! Posso ver um foto dela? –Léia pede.

Tiro meu celular da bolsa, desbloqueio e procuro uma foto da Liz.

— Aqui. –ela olha para a foto e depois para mim.

— Vocês são iguais.

— Somos gêmeas.

— Deveria se arrumar mais como sua irmã. –Léia diz.

— Eu não sou ela Léia, ela tem o estilo dela e eu o meu, as pessoas tem mania de achar que gêmeos precisam ser iguais em tudo, até na maneira de se vestir.

— É verdade, tem que deixar cada um ter sua individualidade. –Melissa diz.

— Minha irmã faz isso com as gêmeas dela.

— É o certo.

Terminamos de almoçar e pedimos a conta, minhas colegas e eu pegamos nossos cartões para pagar nosso almoço.

— Eu pago! –Christopher e Raul falam juntos.

— Pode deixar Raul. –Christopher diz. — Débito. –ele diz e entrega seu cartão para o garçom.

Logo o garçom trás o cartão dele de volta e nós nos levantamos para ir embora.

— Bella? –Matteo me chama.

— Oi.

— Pra você. –ele me entrega um pedaço de torta de chocolate. — Venha mais vezes.

— Muito obrigada. –ele pega minha mão e leva até os lábios beijando-a.

— Até mais. –digo e em viro para ir embora.

— É sempre assim? –Raul pergunta.

— O quê?

— Esses caras se jogando pra você, desde que te reencontrei já contei três.

— Aí Raul, francamente! –começo a andar mais rápido, passando na frente dele.

Entramos no carro de Christopher outra vez e voltamos para a empresa, essa tarde vai ser bem longa.

Após finalizar meu trabalho entro no meu carro e dirijo até meu apartamento.

Entro na de portaria e o senhor João não estar no seu posto, deve estar ajudando algum morador.

Entro no elevador e subo para o meu andar.

Quando o elevador para e eu saio me assusto com o que vejo, Raul estar parado em frente a minha porta segurando um lindo buquê de rosas lilás.

— Pra você meu amor.

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Comments

Iza Caeiro

Iza Caeiro

Não mais do que eu e minha irmã rsrsrs que tal Marize e Marisete , pena que ela não canta nada /Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful/

2025-02-13

1

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Viu ? Não precisa se embelezar toda !!! Cada pessoa tem sua essência , sua beleza natural !

2025-01-24

1

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Quase cinquentona🥴🥺😔😩

Vc deveria viver , namorar , transar ...... o Raul não merece ( merecia ) ser o primeiro homem.🥴

2025-01-24

1

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