Nos próximos dois dias, passamos e repassamos o plano de resgate ate que o grande dia chegou, arrumamos tudo o que iríamos precisar e saímos escondidos para nos encontrar com o Miguel e Thomas, seguimos todo o caminho ate cachoeira e descemos bem devagar para fazer o mínimo de barulho possível, pois, não queríamos alarmar o inimigo antes de nossa chegada e infiltração. Mergulhamos no rio onde a água da cachoeira caia, para ajudar na ficção das folhas que serviria para nos ajudar a disfarçar o nosso cheiro. Terminamos todos os procedimentos e avançamos mata a dentro ate estamos bem perto da aldeia da alcateia, ainda escondidos visualizamos meu pai sair de casa e seguir para o seu treino semanal, esperamos um pouco e resolvemos que estava na hora de agir.
REBEKAH: é agora.
LEO: e lá vamos nós salvar a pátria.
MIGUEL: engraçadinho.
THOMAS: é bom pra relaxar, to um pouco tenso.
Realmente o Thomas estava certo, é uma situação tensa do começo ao fim e que tínhamos decidido fazer e iríamos terminar com vitoria. Andamos sorrateiramente ate a casa e constatamos que havia um vigia dentro da casa, entramos devagar e armamos algo para fazer barulho lá fora depois que entrássemos, logo após o barulho ele correu para fora e eu atravessei a porta que leva para o porão enquanto os rapazes cuidavam no nosso inimigo. Desci as escadas ate la em baixo e acabei encontrando outra porta, sendo que dessa vez a porta era feita de ferro e estava trancada, bate o mais forte que conseguir e esperei por uma resposta, ela não veio, bate novamente e chamei por ele o mais alto que pude, ouvi uma pouca movimentação lá dentro e ele logo me respondeu.
THEO: rebekah! O que esta fazendo aqui? Vá embora.
REBEKAH: vim lhe tirar daqui.
THEO: é perigoso demais.
REBEKAH: eu não estou sozinha.
THEO: quem foram os malucos que vieram com você?
REBEKAH: veio o Leo, o Miguel e o Thomas.
THEO: vocês são completamente doidos.
REBEKAH: talvez um pouco, agora eu vou abrir essa porcaria de porta.
THEO: se for fazer isso mesmo, faça logo, não podemos ficar muito tempo aqui.
REBEKAH: eu sei, estamos na toca do lobo literalmente.
Eu tive que forçar bastante a porta para que ela se mexer-se um pouco, pedir ao Theo para me ajudar de alguma forma que desce para aquela porcaria abrir logo. Nos esforçamos muito e finalmente conseguimos abrir.tivemos o abraço mais apertado de todos os outros que já demos.
REBEKAH: precisamos sair daqui e rápido.
THEO: ta bom vamos logo.
Subimos as escadas correndo o máximo que conseguíamos e podíamos, quando chegamos na sala os rapazes estavam a nos esperar e com o inimigo amarrado e amordaçado. Pegamos as nossas coisas e saímos da casa, esperávamos que tudo estivesse calmo e que estivéssemos sozinhos, mas não foi isso que aconteceu. Tinham dez homens na frente da casa só a nossa espera e no meio deles estava a Clara, não sei como, mas acho que ela encontrou essa aldeia e se juntou a eles.
CLARA: olha só o que encontramos aqui, quanto tempo, Rebekah.
REBEKAH: sua traidora.
CLARA: eu só procurei um lugar para mim depois da humilhação que vocês me fizeram passar. Seu pai me acolheu como uma filha,é realmente maravilhoso.
LEO: o que pretende fazer agora?
CLARA: nada muito espetacular só prender vocês, e vamos concordar que o meu lado está em maior numero, portanto vocês estão em desvantagem.
MIGUEL: nunca gostei de você mesmo.
THOMAS: vai ser ótimo ter um pouco e emoção.
MIGUEL: eu que o diga.
REBEKAH: eu já estava louca pra acabar com você faz tempo.
Em um instante o silencio reinou entre todos, podíamos escutar o som das folhas balançando nos galhos das arvores por causa do vento, e em outro instante a briga havia começado. Estava algo muito violento de ver, e com o tempo todos haviam se distanciado de mim, pois, estavam ocupados com seus adversários e me vir sozinha rodeada de desordem.
CLARA: aqui estamos nós de novo querida – me virei depressa quando ouvi aquela voz atrás de mim – mas dessa vez acho que as coisas estão piores pra você.
REBEKAH: isso não vai ficar assim.
CLARA: claro que não, olhe para eles, todos vão cair e eu vou ganhar essa guerra.
REBEKAH: como você tem tanta convicção?
CLARA: é só olhar o que está acontecendo, está muito fácil. E agora é a sua vez.
REBEKAH: do que está falando? – ela veio pra cima de mim, mas consegue me desvencilhar de seu ataque, ela estava transtornada e queria a todo custo se vingar de todos nós.
CLARA: você pode correr, mas não pode se esconder.
REBEKAH: quem disse que eu vou me esconder?
CLARA: sempre querendo está por cima.
(AUTORA)
Rebekah não podia se desconcentrar dela, mesmo que estivesse preocupada com os rapazes, no segundo em que desviasse o olhar a Clara poderia armar algo e levar ela ao chão, aquele lugar não era seguro para nenhum deles e ela não podia baixar a guarda com a inimiga bem na sua frente só esperando uma brecha para atacar. Mesmo em maioria eles estavam tendo dificuldades para segurar o grupo do Leo, mas com o tempo os rapazes começaram a diminuir o ritmo e a se cansarem, o que favorecia e muito o plano da Clara. As duas começaram a lutar, Rebekah sabia muito bem as artes marciais graças a sua mãe, mas a Clara tinha uma pequena e considerável vantagem a ser explorada, ela podia se transformar e a Rebekah não, o que tornava tudo mais difícil se ela decidisse levar a lutar para as quatro patas.
Com um chute bem certeiro a Rebekah conseguiu por a Clara no chão, mas em um ato de covardia ela encheu a mão de areia e jogou em direção a Rebekah para que atrapalhasse a sua visão e ela ganhasse tempo para se recompor e contra atacar. Ela se jogou contra o corpo de Rebekah e as duas saíram rolando casa adentro. As duas já estavam cansadas, machucadas e descabeladas, já haviam quebrado pratos, copos, vasos e uma vassoura também, suas respirações estavam aceleradas e curtas enquanto puxavam forças para atacar e se defender.
Em um momento de cansaço excessivo e distração a Rebekah acaba sendo chutada para fora da casa e cair no chão na frente dos rapazes que agora estavam imobilizados e presos, sem forças para tentar levantar ela continuou caída no chão esperando pelo pior que iria acontecer, aos poucos ela sentiu que a Clara se aproximar ameaçadoramente devagar em direção ao seu corpo e logo sentiu seus cabelos serem puxados por ela para que visse com seus próprios olhos que a lutar estava acabada e que não havia possibilidades de que algo iria acontecer para salvar eles, mas aconteceu.
CLARA: veja com seus próprios olhos, não existe mais nenhuma resistência, isso acabou e eu ganhei.
REBEKAH: não vou deixar que saia impune disso.
CLARA: o que pode fazer? Você perderia de qualquer forma, afinal não pode se transformar, deve muito triste ser assim.
REBEKAH: triste mesmo é ser alguém como você, um projeto fracassado de pessoa e lobo, seus devem ter pena de você, traiu sua casa, sua família, traiu a alcateia toda.
CLARA: eles me traíram primeiro, me usaram e depois me dispensaram porque você tinha voltado, se não fosse por isso eu estaria sendo venerada por aqueles idiotas babões, era pra ter sido EU a esposa do futuro alpha, mas você teve que ser achada na floresta, teve que fugir do seu pai e voltar mesmo no dia do MEU casamento, você estragou a minha vida, vocês todos estragaram a minha vida, nada mais justo que eu estrague a sua vida também, todos temos algo do passado que não queremos e no seu caso esse passado vai chegar logo, vou ver de camarote você definha ate morrer oferenda.
REBEKAH: você está tão cega pelo seu ódio e ressentimento que não percebe o que sai pela sua boca, acha que fazendo isso você vai voltar e ser aceita de braços abertos por todos.
CLARA: você que não está entendo.
REBEKAH: o que quer dizer?
CLARA: eu quero mais é que aquela alcateia exploda.
REBEKAH: não pode está falando sério.
CLARA: nenhum deles merece o meu perdão ou as minhas desculpas, todos só se importam com eles mesmos, e é isso que eu vou usar contra eles, aquela alcateia vai acabar para sempre. Infelizmente vocês não vão está aqui para presenciar esse meu triunfo.
Ao presenciar toda aquela situação ela não poderia se deixar render, apesar de todos já terem sido capturados inclusive ela mesma, a sua alcateia não sofria um ataque, não se ela pudesse impedir, e se tivesse uma única chance ela agarraria com unhas e dentes, literalmente. Tudo parecia perdido, mas teria uma chance se ela conseguisse se transformar, se ela libertasse o seu lado selvagem e lutasse. Tudo começou a ficar meio embaçado pra ela e ao mesmo tempo ela se sentiu diferente de uma forma boa, seu corpo começou a mudar e a se transformar, todos estavam meio espantados pela ação repentina, mas podia se ver de longe a felicidade do Leo e seu grupo.
Sua mudança foi rápida e indolor, ela se sentia forte, destemida e principalmente livre, seus olhos pretos olhavam todos como se estivesse se acostumando ainda com a mudança repentina, seus pelos eram totalmente brancos e macios como a neve, era uma bela visão. Já acostumada com o novo corpo ela se colocou a frente da Clara que também havia se transformado, as duas começaram a se encarar enquanto rodavam só esperando o momento certo para atacar.
Seus instintos estavam melhores e mais aguçados permitindo que ela percebesse muitas coisas ao mesmo tempo, mas ela procurou se concentrar unicamente na Clara e na luta. As duas se enfrentaram ferozmente ate que a Clara foi acertada no rosto pela pata da Rebekah, ficando atordoada por um momento foi o suficiente para a Rebekah acabar com a lutar e prender ela na casa. Conseguiu soltar os rapazes e prenderam todos na casa, tiveram uma pequena comemoração e arrumaram as coisas.
RENATO: ora, ora, mas que bela visita da minha filha.
REBEKAH: felizmente eu já estou de saída.
THEO: eu vou com ela.
RENATO: claro que vai você é um idiota sentimental.
REBEKAH: não fale assim dele.
RENATO: eu falo do jeito que quiser.
REBEKAH: você que é um idiota, não tem amor pelos filhos, acho que você não tem amor por ninguém.
RENATO: pessoas sentimentais são fracas.
REBEKAH: fraco é você que precisa de um sacrifício da própria filha pra se sentir protegido de verdade, sabe por que isso? Por que você é um fraco e fracassado, eu nem sei como ainda tem lobos que te seguem.
RENATO: você não sabe de nada.
REBEKAH: pelo visto nem você, eu não gostaria de ter um líder como você, o vovô fez muito bem em escolher o Fernando ao invés de você.
RENATO: como sabe disso?
REBEKAH: a mamãe me contou que o vovô não escolheu você como sucessor, por raiva e inveja você foi embora, como a mamãe já era casada com você teve que ir junto e te aguentar.
RENATO: você não deveria saber disso.
REBEKAH: mas eu sei, e invés de aprender com seus erros e se tornar uma pessoa melhor você decidiu que iria se vingar, ai o Theo nasceu e depois veio eu, então você decidiu que seria uma boa ideia me oferecer como oferenda pra conseguir a sua vingança.
RENATO: e eu teria conseguido.
THEO: mas não conseguiu, graças à mamãe.
RENATO: aquela traidora, como minha esposa ela deveria me apoia em qualquer circunstância.
REBEKAH: você realmente acha que ela deixaria você matar sua única filha e não faria nada para impedir só por lealdade a você?
RENATO: claro, esse é o dever dela.
REBEKAH: antes mesmo de ser a sua esposa ela era mãe o que tornava tudo diferente. Seus ideais mudam, sua cabeça muda, as coisas são diferentes, quando se é mãe de verdade você protege o seu filho de tudo e de todos, mesmo que seja o pai, mas isso você nunca vai entender, está tão concentrado nessa vingança idiota que não prestar atenção em mais nada que está a sua volta.
RENATO: terminou o discurso?
REBEKAH: terminei sim e agora nos vamos embora.
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Atualizado até capítulo 23
Comments
Maria Jose de Oliveira Freitas da Silva
essa foi boa demais 🤣
2022-08-07
3
Ana paula Vaz airez
falou tudo garota 😡bota banca na baraca😁😁
2022-06-14
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