Casamento? Ou quase?

REBEKAH: QUE?

MIGUEL: é daqui a pouco na verdade.

THOMAS: se corremos ainda pegamos a cerimônia no começo.

REBEKAH: não aguento mais correr.

MIGUEL: sobe nas minhas costas.

THOMAS: assim vai ser ate mais rápido.

MIGUEL: está pronta?

REBEKAH: estou pronta.

THOMAS: então lá vamos nós acabar com um casamento.

REBEKAH: com quem ele vai casar?

MIGUEL: acho melhor você não ficar sabendo.

REBEKAH: fale logo, eu quero saber.

THOMAS: ele vai casar com a Clara.

REBEKAH: com aquela cadela?

MIGUEL: pois é.

REBEKAH: é hoje que eu esfrego a cara dela naquela areia.

THOMAS: que brutalidade.

REBEKAH: você ainda não viu nada, isso é pouco comparado ao que quero fazer com ela, e já faz um bom tempo que estou esperando, e essa é a oportunidade perfeita.

MIGUEL: não quero está perto quando vocês se agarrarem.

THOMAS: eu quero, briga de mulher é muito irado. AAAIII REBEKAH.

REBEKAH: quem mandou falar demais.

MIGUEL: você mereceu.

THOMAS: cala a boca.

...(THEO)...

Quando eu estava sendo levado por eles olhei para o topo da cachoeira e a vi, ela estava parada olhando para mim e eu sabia que ela queria descer e me ajudar, mas de nada adiantaria, pois seria pega também e todo o nosso esforço teria sido em vão. Mandei um sinal para ela ir embora e correr logo e foi isso que ela fez. Eles me levaram de voltar para a aldeia da alcateia e meu pai me prendeu num quarto da casa que era bem escuro, não tinha janelas e a porta era fechada por fora, me deixando sem possibilidades de fuga na hora.

RENATO: que ideia mais errada, fugir assim sem qualquer plano de verdade correndo o maior perigo de se dar mal pela irmãzinha.

THEO: agora está livre, o que acontecer comigo agora não importa.

RENATO: você realmente acha que ela não vem atrás de você?

THEO: eu falei para ela não vir.

RENATO: ela pode não vir agora, mas ela não vai te deixar aqui sabendo que corre algum perigo, afinal acabou de encontrar o irmão que não via há dezesseis anos, e um ano de convivência não é o suficiente para matar a saudade de vocês.

THEO: você está confiante demais.

RENATO: claro, apesar do pouco tempo que ela passou aqui eu sei que ela é bem afetiva e não vai deixar o irmão preso sem fazer nada, e quando isso acontecer e ela vinhe aqui eu estarei preparado.

THEO: o que vai fazer?

RENATO: garante que nenhum dos dois saia daqui.

THEO: você vai cair.

RENATO: não sou eu que estou preso aqui, meu filho.

Ele saiu e trancou a porta daquele quarto escuro e foi embora me deixando sozinho com meus pensamentos e ideias, talvez seja bom para pensar em algo enquanto estou preso aqui.

...(LEO)...

Hoje é o meu bendito casamento e vocês não vão acreditar qual foi à moça que meu pai escolheu pra mim, ele escolheu a Clara aquela piranha de saias, isso não é falta de moças solteiras, eu garanto.

Há tantas lindas e desimpedidas, tudo bem que nenhuma delas é a Rebekah, mas ela recebeu minha carta que o Thomas levou e não se importou nem um pouco com isso, então eu acho que o amor é passageiro e o dela já passou, agora sou eu que vou ter que passar o resto da minha vida com a Clara, bom pelo menos não vai ser um tédio total se ela ficar calada.

LAURA: você está lindo Leo.

FERNANDO: um perfeito noivo.

LAURA: espero que se acostume com sua nova vida depois do casamento.

FERNANDO: vai se acostumar sim.

LEO: eu não a amo e sabe disso.

FERNANDO: eu também não amava a sua mãe quando nos casamos, mas depois de um tempo eu estava fazendo de tudo para ver ela feliz. Você vai aprender a ama a Clara como amou a Rebekah.

LEO: não confie muito nisso.

Hora de ir pro abatedouro, eles foram na frente me deixando sozinho no quarto pensando sobre a vida, no mesmo momento me veio uma grande sensação de que eu não deveria casar, parecia ate um pressentimento de que algo poderia acontecer hoje, deixe isso de lado, me olhei no espelho uma ultima vez e descer as escadas fui para fora de casa indo ate o meio da aldeia onde aconteceria a cerimônia e me posicionei no altar.

...(AUTORA)...

Agora é minha vez de falar, bom o Leo estava esperando que a noiva chegasse para que pudesse acabar logo com aquele circo, por que ele se sentia um palhaço entre todos ali que estavam para prestigiar o casamento do futuro alpha. Clara estava a se ver no espelho para terminar o trabalho e ficar magnífica para o seu futuro marido, afinal ela conseguira o que quer, teria o Leo só pra si para o resto de suas vidas e para ela nada poderia dar errado ou atrapalhar esse momento, que seria o mais importante de sua vida.

Um pouco longe dali, mas correndo com todas as forças que tinham estavam o Thomas e o Miguel que carregava a Rebekah, ela achava que eles não conseguiriam chegar a tempo de impedir que o casamento seja realizado, e estava começando a fica preocupada e inquieta por causa disso.

MIGUEL: você tem que relaxar.

REBEKAH: eu to bem, é só cansaço.

MIGUEL: você está tensa e não diga o contrario.

REBEKAH: ta bom, eu estou um pouco preocupada mesmo.

MIGUEL: por quê?

REBEKAH: e se não chegarmos a tempo de impedir.

THOMAS: não diga isso, vai dar tudo certo.

REBEKAH: e se não der?

MIGUEL: não seja tão negativa assim.

THOMAS: prometemos que chegaremos a tempo e você terá o Leo só para você.

REBEKAH: está bem, eu não vou desanimar.

MIGUEL: muito bem.

THOMAS: é assim que eu gosto.

O tempo passava tão rápido quanto eles corriam em meio as arvores na floresta, alguns galhos insistiam em fica pelo caminho e à medida que eles passavam os galhos iam arranhando suavemente a pele da Rebekah, ela não se importava com isso queria mais é que chegasse logo ao fim daquele caminho que em sua cabeça parecia sem fim.

Leo esperava pacientemente no altar, e agora torcia para que a “sua” noiva demorasse o máximo possível para que ele aproveitasse o que sobrava da sua liberdade naquele momento, infelizmente suas silenciosas preces não foram cumpridas, nem escutadas, pois a noiva acaba de sair da casa e está sendo acompanhada pelo alpha ate o altar.

A noiva é deixada no altar e todos os presentes na cerimônia se sentam para escutar as belas palavras do cerimonialista, após um breve discurso sobre o amor e a união entre um casal, o cerimonialista faz a tão esperada pergunta.

CERIMONIALISTA: se alguém tem algo contra a união desses jovens que fale agora ou cálice para sempre.

LEO: eu tenho.

CLARA: rsrs, não tem não, ele adora brincar com coisas serias.

CERIMONIALISTA: mais ninguém? Estão ta, Cla....

REBEKAH: EU TENHO.

MIGUEL E THOMAS: nos também temos.

LAURA: filha?

FERNANDO: impossível.

CLARA: não acredito.

LEO: finalmente, chegaram mesmo na hora.

THOMAS: somos pontuais.

REBEKAH: Leo.

LEO: Rebekah.

Ela desceu das costas do Miguel num pulo e correu ate o Leo, ele estava muito feliz por vê-la ali e foi ao seu encontro, eles se abraçaram e deram um beijo digno de filme, depois ele a rodopiou no meio de todos e olhou para a Clara.

LEO: sinto muito Clara, mas esse nosso casamento não ia dar certo, agora que a minha verdadeira noiva voltou isso tudo não tem mais nenhum sentido.

CLARA: você vai me pagar por essa humilhação Rebekah.

REBEKAH: o que pensar em fazer?

CLARA: aguarde e verá.

A Clara saiu de lá inconsolada e inconformada com aquela situação, em sua cabeça só havia uma coisa a se pensar, que ela deveria acabar com a Rebekah para sempre e tudo voltaria ao normal como se nada tivesse acontecido, para ela a Rebekah é só um obstáculo que deve permanecer morto e fora do seu caminho.

Após esse pequeno desabafo e passado o susto dos convidados todos se levantaram e foram saúda a “volta à vida” da Rebekah e seu retorno à alcateia, todos foram para casa incluindo o nosso casal preferido, comeram e descansaram bastante.

LEO: vai me contar por que não voltou assim que mandei a aquela carta pelo Thomas?

REBEKAH: vou explicar tudo só espero que você tenha tempo para ouvir.

LEO: tenho todo o tempo do mundo para você, pode começar.

REBEKAH: bom quando você mandou a carta pelo Thomas, o que foi muito arriscado.

LEO: ele que teve ideia e se voluntariou para levar ate você.

REBEKAH: certo, voltando a historia, depois que ele foi embora eu e o Theo entramos em casa, eu lhe a sua carta e decidi que eu iria volta, mas o meu pai ouviu e ele já sabia quem eu era de verdade e me impediu.

LEO: desgraçado.

REBEKAH: ele prendeu eu e o Theo nos quartos, fechou as janelas com ferros para que não fugíssemos, mas o Theo tinha um plano e o executou hoje pela manhã graças a isso conseguimos fugir, mas quando estávamos subindo a cachoeira eles nos encontraram então o Theo ficou para segurá-los enquanto eu subia.

LEO: o que aconteceu com ele?

REBEKAH: infelizmente ele não conseguiu se livrar deles e depois chegaram mais com o nosso pai e o levaram, eu ia descer pra tentar ajudar.

LEO: você iria estragar todo o esforço que ele tinha feito por você.

REBEKAH: eu sei, uma coisa que me fez mudar de ideia foi como ele me olhou antes de sumir pelas arvores.

LEO: ele sabe o que faz Rebekah não se preocupe.

REBEKAH: eu tenho medo que ele esteja em perigo.

LEO: é possível que sim, mas não vamos pensar nisso.

REBEKAH: ta bom.

LEO: e o que você fez depois que ele foi levado?

REBEKAH: eu corri, corri bastante e uma hora tive que parar para descansar, foi ai que o Miguel e o Thomas me encontraram.

LEO: ainda bem que eles saíram para olhar as redondezas antes do casamento.

REBEKAH: sim, depois conversamos um pouco eles me falaram do casamento com a vaca da Clara.

LEO: relaxe isso não aconteceu.

REBEKAH: mas ainda tenho raiva dela.

LEO: você não sabe o quanto eu fiquei aliviado quando você apareceu.

REBEKAH: eu imagino como tenha sido.

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