Meu irmão

Ele sai e nos entramos na casa, Théo me levou ate o primeiro andar e entrou no seu quarto, me colocando na cama logo em seguida, analisou todo o meu corpo a procura de algum ferimento que possa ter, mas felizmente eram só alguns arranhões.

THÉO: são só alguns arranhões, mas você sente algo doer?

REBEKAH: minha barriga.

THÉO: você pode ter batido em algum lugar depois que caiu.

REBEKAH: talvez, não sei bem ao certo.

THÉO: ta bom, descanse que eu vou na cozinha pega o kit de primeiros socorros pros seus arranhões, não saia daqui.

REBEKAH: acho muito difícil de sair daqui.

THÉO: engraçadinha.

REBEKAH: um pouco de alegria não faz mal a ninguém.

THÉO: ta bom, volto logo.

REBEKAH: não se preocupe, eu não vou sair correndo, eu acho.

 

(LÉO)

Chegamos o mais perto que conseguimos da queda da cachoeira para tentar ver algo lá em baixo que seja pelo menos parecido com ela, a essa altura do campeonato eu já estava angustiado e com medo de algo pior ter acontecido e eu seria o culpado de tudo e não reclamaria disso.

MIGUEL: acho que vi um corpo na água.

THOMAS: está boiando para a margem.

LEO: é ela, tenho certeza.

MIGUEL: vamos olhar mais um pouco.

LEO: está bom.

THOMAS: e deu ruim.

LEO: o que foi?

MIGUEL: chegaram três homens e um pegou ela no braço.

THOMAS: acho que é o Théo.

LEO: tomara que seja.

MIGUEL: por que ?

THOMAS: ele poderia reconhecê-la.

LEO: exatamente, e se isso acontecer ele vai cuidar dela e vai ajudá-la.

MIGUEL: como você tem tanta certeza assim?

LEO: por que é a Irmã dele e ele a ama desde sempre.

THOMAS: mesmo assim, ele é leal ao pai.

LEO: só em alguns pontos, ele não é igual ao pai, ele não sacrificaria sua Irmã por nada, eu sei disso.

MIGUEL: espero que esteja certo.

LEO: eu também.

THOMAS: mas e agora? O que faremos?

MIGUEL: não podemos simplesmente ir lá e entrar.

LEO: e também não posso contar onde ela está.

MIGUEL: por quê? Seu pai precisa saber.

LEO: se ele souber pode começar uma guerra e ela será a mais afetada.

THOMAS: o pai dela pode descobrir quem ela é, e isso será muito ruim.

LEO: exatamente, e eu não tenho falar com o Théo.

MIGUEL: isso chegar a ser impossível, ele está sempre acompanhado de dois capangas do pai.

LEO: só nos restar esperar, um dia ela vai voltar.

THOMAS: tem certeza? Pelo o que eu to sabendo a briga de vocês foi bem feia.

MIGUEL: ate vaso saiu voando.

LEO: tá vocês tem razão foi bem ruim, eu fiz algo muito idiota admito, ta bom pra vocês agora?

MIGUEL: acredito que admiti que você foi um idiota agora não vai adiantar muito.

LEO: eu já estou mal o suficiente, ok?

THOMAS: imagino que sim, mas precisamos jogar na sua cara pra você perceber isso.

LEO: ta bom, já sabemos onde ela está.

MIGUEL: e aparentemente está segura.

THOMAS: então vamos voltar para casa?

LEO: vamos, não há mais o que fazer aqui, agora tudo vai depender das decisões que ela tomar apartir desse momento. Enquanto ela achar que pode viver aqui sem seu pai realmente a descobrir, então ta tudo bem, mas um dia esse segredo vai cair por terra e ela terá que fugir, voltará pra casa e eu estarei esperando pacientemente por ela.

(REBEKAH)

Eu olhava a aldeia pela janela do quarto e tentava ver cada detalhe ali presente naquele ambiente lindo, no meio da aldeia tinha um pequeno jardim com varias flores, por eu está longe não dava para identificar quais eram.

THÉO: é bonito né?

REBEKAH: ah, que susto.

THÉO: desculpe.

REBEKAH: tudo bem, e é bonito sim.

THÉO: quando você ficar melhor te levo num passeio.

REBEKAH: serio?

THÉO: sim, mas agora você precisa se cuidar e descansar, seu corpo deve está dolorido.

REBEKAH: sim, dói um pouco.

THÉO: trouxe o kit de primeiros socorros e um remédio para dor.

REBEKAH: obrigada, vou me cuidar agora.

THÉO: deixa eu cuidar de você, da minha irmãzinha.

REBEKAH: ta bom eu deixo.

Apesar de nos conhecemos a poucas horas ele é o irmão mais velho que qualquer irmão mais novo possa querer, depois de seus cuidados ele me ajeitou em sua cama e se deitou ao meu lado pronto para dormir a qualquer momento.

THÉO: sente muito sua falta, foram mais de dezesseis anos sem você aqui comigo.

REBEKAH: eu sei, eu também sente sua falta, era muito difícil saber que você estava vivo e que eu não poderia te ver tão cedo.

THÉO: mas enquanto você puder ficar aqui eu vou te aproveitar o máximo possível.

REBEKAH: faço de suas palavras as minhas também.

THÉO: rsrs, tente dormir e quando você acordar amanhã de manhã vou te mostrar a aldeia.

REBEKAH: ta certo.

(THÉO)

Conversamos um pouco ate ela não aguentar mais e cair no sono, me levantei e fui em direção ao sofá do meu quarto, me deitei e dormi ali mesmo, acordei logo quando o sol nasceu e fui ate a minha cama e fiquei lá a observando por um bom tempo ate escutarem me chamar embaixo da janela do meu quarto, me levanto e vou ate lá o mais rápido possível para que o barulho não há acordasse.

THÉO: o que você quer Arthur?

ARTHUR: está nervoso, Théo?

THÉO: quero que você pare de fazer barulho, a Diana ainda está dormindo.

ARTHUR: a garota da cachoeira está dormindo na sua cama?

THÉO: pare de pensar besteira ela só está descansando, vamos conversar na sala.

ARTHUR: estou entrando.

Fechei a janela devagar para não fazer barulho e a olhei rapidamente, após me certificar de que ela estava dormindo, sair do quarto e fui ate a sala encontrando a Arthur muito bem instalado no meu sofá.

THÉO: o que te traz aqui?

ARTHUR: vim só avisar que seu pai me deixou como acompanhante da sua hóspede enquanto você estiver de vigia durante essa noite.

THÉO: meu pai fez uma péssima escolha.

ARTHUR: ei não é como se eu fosse atacá-la a qualquer momento.

THÉO: não confio em você sozinho com uma mulher de jeito nenhum.

ARTHUR: cara, prometo me comportar, mas se ela quiser eu não vou negar.

THÉO: olhar aqui você a respeite viu.

ARTHUR: ta bom.

THÉO: era só isso?

ARTHUR: sim.

THÉO: então eu tenho que voltar lá para cima.

ARTHUR: certo, eu volto a noite para cuidar dela.

THÉO: certo.

Depois que ele foi embora fui ate a cozinha e preparei algo para eu e ela comemos assim que ela acordasse, subir com a bandeja para o quarto e entrei devagar. A olhei e ela ainda dormia tranquilamente em minha cama, fui me aproximando e coloquei a bandeja no criado-mudo e me deitei para descansar um pouco mais e acumular energia para ficar acordado a noite,pois mais tarde estaria de vigia pela aldeia. Assim que acordei ela já não estava mais deitada e sim olhando através da janela do quarto.

REBEKAH: finalmente acordou dorminhoco.

THÉO: eu vou ficar de vigia hoje a noite então preciso está bem, e você? Está à muito tempo acordada?

REBEKAH: não muito tempo, logo que acordei fui tomar um banho e comi a comida que você trouxe que por sinal estava muito boa.

THÉO: obrigada, o meu pai indicou o Arthur para ficar de olho em você enquanto eu estiver de vigia essa noite.

REBEKAH: certo eu não vejo problema.

THÉO: mas eu vejo, tome cuidado com ele.

REBEKAH: por quê?

THÉO: digamos que ele é um cara bem convincente com o que ele quer.

REBEKAH: ele não pode ver um rabo de saia.

THÉO: exatamente.

REBEKAH: não se preocupe eu sei me cuidar.

THÉO: mesmo assim tome cuidado.

REBEKAH: certo.

THÉO: bom eu vou só comer e tomar um banho e já saímos para o passeio.

REBEKAH: que ótimo, estou muito animada te espero lá na sala.

THÉO: chego já.

Rapidamente saímos para um passeio e ele foi me mostrando todas as casas e me apresentando a todas as pessoas durante o nosso percurso, nos distanciamos um pouco da aldeia e fomos ate a cachoeira onde ele me encontrou e então começamos a conversa.

THÉO: então o que levou você a vir por essas bandas a ainda entrar no rio?

REBEKAH: bom eu estava muito brava com o Leo e sair de casa pela manha e fiquei andando pela floresta comendo frutas pelo caminho, quando anoiteceu eu me sentei para descansar e escutei o barulho da cachoeira e fui ate lá, como a primeira vista a água parecia bem calma e então eu entrei, só que aparte de um momento que eu avancei a correnteza ganhou força e eu não estava preparada para isso, então perde o equilíbrio e fui levada pela água, o resto você já sabe.  

THÉO: mas por que você estava brava com o Leo?

REBEKAH: eu peguei ele na cama com a Clara.

THÉO: oh, sinto muito.

REBEKAH: não sinta, e isso foi ate bom por que eu já estava começando a me acostumar com a ideia do casamento, mas depois de presenciar aquilo eu decidir que nunca mais quero olhar na cara dele.

THÉO: tem certeza disso?

REBEKAH: absoluta certeza, por quê?

THÉO: não sei, mas pra mim você gosta dele.

REBEKAH: nada haver.

THÉO: então por que reagiu assim?

REBEKAH: posso não gostar dele, mas não tenho vocação para ser corna.

THÉO: ta bom, daqui a algum tempo eu farei essa pergunta de novo.

REBEKAH: e será a mesma resposta, lhe garanto.

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Comments

Rosangela Tadaisky

Rosangela Tadaisky

o Léo é que é um safado

2024-02-23

1

Suelen Andrade

Suelen Andrade

eu acho que ele e um traidor

2023-08-22

1

Maria Jose de Oliveira Freitas da Silva

Maria Jose de Oliveira Freitas da Silva

acho que ele deveria levar ela pra outro lugar mesmo que fosse a cidade

2022-08-07

1

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