Fuga

LEO: ele acha que eu tenho que acabar com o meu luto e escolher uma moça da vila para me casar, porque segundo ele eu tenho que seguir a minha vida.

THOMAS: o pior é que você não pode simplesmente contar que ela está viva e que você sabe onde ela está.

MIGUEL: de jeito nenhum, é muito perigoso.

LEO: eu sei que é, eu só preciso que ela saiba o que está preste a acontecer, e preciso que ela volte pra mim.

MIGUEL: como vamos fazer para que ela ou o Theo recebam essa mensagem?

THOMAS: não podemos aparecer lá, seremos mortos se isso acontecer.

LEO: eu sei preciso pensar em alguma coisa.

MIGUEL: e rápido.

THOMAS: posso tentar me encontra com o Theo e levar uma carta sua para a Rebekah.

MIGUEL: como você vai fazer isso?

LEO: agora to curioso.

THOMAS: não posso contar, só peço que confiem em mim.

LEO: claro que confio em você cara.

THOMAS: então comece a escrever que no final do dia eu vou levar pra ela.

LEO: certo, vou voltar para casa e começa o quanto antes.

THOMAS: encontro vocês mais tarde.

MIGUEL e LEO: certo.

Voltei para casa até mais animado com a ideia do Thomas, entrei e logo meu pai veio me convencer a me casar com alguém, isso não tem chance de acontecer, eu só me caso com a Rebekah e mais ninguém.

FERNANDO: se você não quer escolher, eu escolho.

LEO: fique a vontade – entro no meu quarto.

LAURA: tem certeza disso?

FERNANDO: já está na hora dele superar.

Me tranquei no meu quarto e fiquei pensando no que eu deveria colocar na carta para ela, decidir me abrir e contar tudo o que sinto por ela e como ela faz falta, no final contei sobre a ideia idiota do meu pai. Depois de escrita eu revisei a carta e já satisfeito dobrei o papel para entrega-lo ao Thomas depois, desci para o jantar que se realizou no maior silencio.  

LEO: bom eu vou me encontrar com os rapazes.

FERNANDO: certo só não chegue muito tarde e nem invente nada.

LEO: pode deixar pai, eu tenho juízo.

FERNANDO: às vezes não.

LEO: prometo não fazer nada errado.

FERNANDO: acho bom mesmo.

Saio de casa com a carta para a Rebekah nas mãos e vou até o local de encontro que eu e os rapazes combinamos de nos ver. Chegando lá pude ver que o Thomas já estava por lá a me esperar.

LEO: o Miguel não vem?

THOMAS: não, ele vai ficar de vigia hoje à noite.

LEO: eu tinha esquecido.

THOMAS: trouxe a carta?

LEO: trouxe sim.

THOMAS: ótimo, agora volte pra casa e não fale nada sobre isso pra ninguém.

LEO: pode deixar.

THOMAS: nos vemos amanhã.

LEO: até amanhã – volto pra casa.

...(THOMAS)...

THOMAS: agora eu tenho uma missão a cumprir.

Guardei a carta e adentrei na floresta seguindo pelo seu silencio noturno. Cheguei a cachoeira e desce com cuidado pelas pedras até chegar lá embaixo, mergulhei no rio para disfarçar meu cheiro e levei algumas plantas para ajudar. Cheguei à aldeia e fui ate a maior casa e percebe que a luz de um dos quartos estava acesa, peguei algumas pedrinhas e joguei na janela, pouco tempo depois a Rebekah junto com o Theo, assim que me viram desceram para me encontrar.

REBEKAH: endoido? Não sabe o perigo que está correndo aqui, Thomas.

THOMAS: acredite eu sei sim, mas eu precisava te entrega essa carta do Leo.

REBEKAH: ta bom, agora vá logo antes que alguém chegue ou nosso pai acorde.

THOMAS: vou sim, até breve.

...(REBEKAH)...

Depois que o Thomas foi embora eu e o Theo entramos e ficamos na sala, sentamos no sofá e eu abrir a carta com cuidado e comecei a ler.

REBEKAH: ele não pode fazer isso.

THEO: na verdade pode, você está desaparecida para eles a um ano e se conclui que não está mais viva e assim um novo casamento é marcado.

REBEKAH: isso não pode acontecer.

THEO: isso só não vai acontecer se você aparecer.

REBEKAH: aparecer? Agora?

THEO: você quer que ele se case com outra.

REBEKAH: jamais.

THEO: então só há uma alternativa, você vai ter que voltar Rebekah.

RENATO: ninguém vai a lugar nenhum.

THEO: pai, ta ai há muito tempo?

RENATO: tempo suficiente para saber que você vai embora filhinha.

THEO: filhinha? Pai você está bem?

RENATO: melhor impossível, vocês acharam o que?Que eu nunca iria perceber que essa Rebekah é a cara da Laura, a minha esposa, aquela fingida manipuladora com cara de santa, mas não vale nada.

REBEKAH: dobre a língua pra falar da minha mãe.

RENATO: falo da sua mãe como eu quiser.

THEO: pai parar com isso e deixar ela ir embora.

RENATO: agora que eu tenho a minha oferenda de volta? JAMAIS, ela não vai sair daqui.

Aparte desse momento tudo foi por água a baixo, a porta da casa se abriu com brutalidade e cinco homens entraram e vieram na minha direção, mas o Theo entrou na frente para me defender e foi segurado por eles por serem muitos, me pegaram e me levaram pro quarto, me jogaram na cama, trancaram as janelas e foram embora me deixando sozinha.

...(THEO)...

Eles nos pegaram e levaram a Rebekah para o quarto, mas logo desceram, ainda bem.

RENATO: como meu próprio filho tem coragem de mentir para mim na cara dura.

THEO: eu não iria deixar você matar ela.

RENATO: sinto lhe informar que isso vai acontecer de qualquer jeito.

THEO: não faz isso pai, por favor, deixa ela ir embora em paz.

RENATO: eu esperei bastante e agora posso fazer o que deveria ter feito a dezesseis anos atrás, mas agora ninguém vai me impedir. Levem ele para seu quarto e fiquem de olho nele a todo momento.

THEO: fique sabendo q está cometendo um grave erro.

RENATO: vou me arriscar.

Eles me arrastaram para o meu quarto, me jogaram na cama, trancaram as janelas e só depois me soltaram, foram até a porta saíram e a fecharam.

THEO: e agora o que eu vou fazer pra tirar ela daqui? Bom primeiro preciso me tirar daqui, como vou fazer isso?

...(1 SEMANA DEPOIS)...

Como eu sabia que uma hora eles iriam trazer a minha comida, então decidir me esconder embaixo da cama e espera até eles entrarem. Assim que abriram a porta se espantaram pelo vazio e correrão dizendo que eu havia sumido, depois que escutei os passos se afastando sai debaixo da cama e fui até a porta e vi que o corredor estava vazio.

THEO: que idiotas mais burros – sair e fui ao quarto da Rebekah, abri a porta e ela veio correndo até mim.

REBEKAH: que bom que você está bem.

THEO: precisamos ir.

REBEKAH: agora?

THEO: mas é claro, ou você quer ficar aqui e ver no que isso vai dar?

REBEKAH: com certeza não.

THEO: ótimo.

Descemos a escada com cuidado e fazendo o mínimo de barulho possível. Saímos pela porta da cozinha e de fininho entramos na floresta.

REBEKAH: parece que vai dar certo.

THEO: não cante vitória antes do tempo, nesse exato momento eles já devem ter percebido que não estamos mais na casa, vai começar a nos procurar e precisamos acelerar o passo até a cachoeira.

REBEKAH: certo, você está coberto de razão.

THEO: ótimo, que bom que concordamos, vamos logo.

Andamos pela floresta durante poucos minutos e já estávamos ao lado da cachoeira.

THEO: vamos para o outro lado do rio e começaremos a subir a cachoeira.

REBEKAH: vamos conseguir.

THEO: vamos sim.

Começamos a atravessa o rio com cuidado e rapidamente chegamos do outro lado, nos preparamos e ela começou a subir.

THEO: continue e não olhe pra baixo.

REBEKAH: tá bom.

??: ALI ESTÃO ELES.

??2: VAMOS LOGO.

THEO: sobe Rebekah.

REBEKAH: to subindo.

THEO: não vai dar tempo, quando você chegar lá em cima corra o mais rápido possível.

REBEKAH: e você?

THEO: vou ganhar tempo pra você.

REBEKAH: Theo, não faz isso.

THEO: SOBE.

REBEKAH: Theo.

THEO: AGORA, VAI.

Eram apenas dois e eu poderia dar conta deles, quando a olhei pela ultima vez ela já estava bem perto do topo. Fui ao confronto e estava tudo indo bem ate que chegaram mais homens com meu pai e acabei sendo imobilizado por eles, ao olhar a cachoeira a Rebekah não estava mais lá.

THOMAS: ela conseguiu e você não tem como pegá-la.

RENATO: é o que veremos meu filho.

...(REBEKAH)...

Quando eu terminei de subir a cachoeira dei uma olhada lá embaixo e vi que o Theo estava imobilizado eu quis descer, mas quando o estavam levando nossos olhares se encontraram e eu sabia que ele iria ficar bem e eu iria voltar para buscá-lo.

Corri o mais rápido que pude dali e fui em direção ao território do pai do Leo, eu já estava cansada de tanto correr, mas eu não podia parar agora.

REBEKAH: não sofri tudo isso pra morrer na praia.

Aos poucos eu fui diminuindo a velocidade constantemente e uma hora eu já estava andando invés de correr, parei um pouco e me escorrei em uma arvore para descansar.

MIGUEL: Rebekah?

THOMAS: você finalmente voltou.

REBEKAH: AI rapazes, que susto me deram.

MIGUEL: desculpe.

THOMAS: por que demorou uma semana para se decidir?

REBEKAH: eu ia voltar no mesmo dia, mas meu pai descobriu tudo e só conseguir fugir hoje graças ao meu irmão, e infelizmente ele acabou ficando pra trás para que eu pudesse está aqui.

THOMAS: que bom por que o Leo vai casar hoje.

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