Cap XIV

Sebastião: Estefânia!  Naquele dia você me escapou! Aquele dia em que corri atrás de você! Mas hoje... Hoje te alcancei! Me diz! Me diz por que  você fingiu que morreu? Sua filha Sara... E eu ... Sentimos sua falta!

A mulher olhava para Sebastião assustada, com expressão de pânico, de quem não entendia nada que estava acontecendo.... Em completo choque .

As pessoas começavam a parar  e olhar a cena, até que um homem surge e acerta um soco em Sebastião.

O homem se chamava Paulo, e afirmava ser o marido da mulher que ele chamava de Sabrina....

Paulo: Qual é cara? Tá maluco? Larga a minha mulher!  O nome dela é Sabrina!

Sebastião: Sabrina? Não! O nome dela é Estefânia! Ela e eu somos uma filha!  Eu sempre achei estranho, nunca ter encontrado nada a respeito da morte dela, não há registro nenhum hospital ou clínica,  eu sei que é ela!

Paulo: Você é um maluco isso sim! Eu podia partir a tua cara!  Então foi você que correu atrás dela outra vez até o metrô!  Ela escapou por pouco de você.

Sabrina pega sua bolsa, estava tremendo muito nervosa... Abre e pega os documentos.

Sabrina: Olha! Tá vendo ! Minha identidade! Meu nome não é Estefânia! Eu não faço ideia de quem é Estefânia!  Me deixe em paz por favor!

Mesmo vendo os documentos,Sebastião não queria acreditar, mesmo vendo a prova diante de seus olhos!

Sebastião: Não! Eu ... Eu me recuso acreditar! Você é idêntica a ela! Exatamente idêntica!

Paulo: Vamos Sabrina! Deixa esse maluco aí...

O casal vai saindo, mas Sebastião ainda os persegue, sendo impedido por populares ali presente... O advogado fica desolado, furioso, e com o nariz sangrando.

Sebastião: Que droga! Eu tenho certeza! Era Estefânia! Bruce... Seu velho maldito!

Paulo e Sabrina entram no carro, e ele tenta acalmar a esposa, que estava muito nervosa assim como ele.

Paulo: Sabrina... Calma! Você não é esta tal Estefânia!  Fica tranquila... Respira!

Sabrina: Eu não quero encontrar este homem nunca mais Paulo! Por favor!

Paulo: Não se preocupa meu amor, vamos registrar um B.O contra ele  na delegacia, algo do tipo.

Sabrina: Não! Delegacia Não! Por favor!

Paulo fica sem entender e questiona a esposa o motivo do novo pânico.

Sabrina: Eu não vou em delegacia nenhuma! Não mesmo!  Olha, eu acho que numa cidade tão grande assim, a chance daquele maluco me abordar novamente é pequena, muito pequena! E outra, vou começar a trabalhar agora em uma casa como cozinheira! Vou passar o dia todo no trabalho.... Vamos esquecer isso....

Sebastião: Não entendo este medo seu de delegacia! O que tem demais?

Sabrina: Nada! Nada demais, mas eu não gosto, além do mais... Tenho meu marido para me proteger, você foi incrível!

Sabrina era idêntica a Estefânia, muito parecida, os traços, a voz, o jeito de ser, e  as comparações estavam longe de ficarem apenas ali em Sebastião... A casa da qual ela havia sido chamada para trabalhar como cozinheira, era a Mansão de Sara, Sandoval havia recrutado ela.

Paulo: Quando você começa o trabalho nesta casa?

Sabrina: Começo amanhã! Me ligaram, gostaram muito do meu currículo, e amanhã eu vou fazer um teste na verdade, me disseram que o mordomo é bem chato, e exigente... Um tal de Sandoval...

Paulo: Como é? Sandoval? ( Risos)  com tanto nome para se colocar numa pessoa...  Logo Sandoval?

Os dois sorriem, mesmo  com todo o  susto passado agora a pouco.

Enquanto isso,  na casa de Sara, ela estava sentada no escritório da mansão, trabalhando  remotamente do computador.

Sandoval chega com um lanche para a patroa.

Sara: Obrigada Sandoval!

O mordomo se espanta com as palavras de Sara.

Sara: O que foi? Sua cara de espanto... Disse alguma coisa ?

Sandoval: Disse! Na verdade você disse a palavra "obrigada" nunca havia visto até hoje a senhorita usar esta palavra....

O mordomo diz com a intimidade que apenas ele possui, por ser o funcionário mais antigo, e ter visto Sara crescer de uma menininha até  ser uma grande mulher.

Sara: Sandoval, você acha que eu sou muito chata? Muito marrenta? Mandona? Pode falar a verdade! Eu exijo que fale a verdade!

Sandoval: Suas palavras falam por si mesma senhorita!  Diz o mordomo sentando-se na cadeira.

Sara: Não vou mais à empresa por um tempo, farei o trabalho remoto de casa, e irei apenas quando for necessário...  Assim, eu não contamino as pessoas por aí com o meu mau humor....

Sandoval: Senhorita, eu acho que deveria procurar ele, vocês dois são pessoas muito parecidas, tem o mesmo espírito aventureiro... Acho que foram duas almas se encontrando!

Sara: Oras! Você fala de quem? Eu não tenho amigos, namorados... Nada!

Sandoval: falo do único homem que conseguiu estabelecer uma conexão com você, o único  capaz de se defender de suas palavras e de seus golpes... O detetive Gusmão..

Sara  meio que se engasga com o lanche, após Sandoval ter mencionado Gusmão para ela.

Sandoval sorri.

Sara: Franca mente Sandoval! Eu sou neta de Bruce Masters, CEO da Masters Tecnologia... Acha que vou me apaixonar por um policia? Nunca me apaixonei por ninguém, porque ninguém nunca  esteve à minha altura!

O mordomo se levanta e caminha em direção a porta, e volta seu olhar para sua chefe....

Sandoval: Respeito seu direito de pensar assim e de tentar se enganar! Mas ... Acho que deveria rever algumas coisas que o patrão Bruce lhe ensinou, remover esta máscara de arrogância, e aprender a ouvir o seu coração, é uma delas.

Dito isso, Sara fica sem respostas, apenas sozinha e pensativa....

Era noite, e Gusmão sai para passear de moto, dar uma aliviada nas ideias... E ele de repente se pega passando próximo da casa de Sara....

Gusmão: Meu Deus... O que está acontecendo comigo? Não é possível! Eu ainda estou preocupado com ela? Por quê? Por que me sinto atraído por uma mulher tão arrogante? Depois de tudo que ela me disse!

Ele passa na frente da casa de Sara, e para na frente, sem tirar o capacete...

Do monitor de segurança no escritório, Sara percebe a moto parada e reconhece que ela  Gusmão, Remotamente ela maneja a Câmera , quando Gusmão percebe ele arranca e sai sai em alta velocidade...

Gusmão: Tá legal! Agora ela vai achar o que de mim? Banquei o ridículo!

Mas Sara, sorriu consigo mesma...

Sara: Então ele veio até aqui... Ele se preocupa comigo então...

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