Cap IX

O dia amanhece, e o sol ilumina o rosto de Sara, ela e Gusmão acabaram dormindo deitados ali no tatame, após ficarem conversando até alta madrugada.

Sandoval o mordomo encontra os dois caídos  no chão e toma aquele susto inicial, achando ter acontecido algo com eles, mas logo percebem que estavam apenas dormindo.

Sandoval: A Srta Sara é mesmo diferente das outras mulheres, nem parece  ser CEO de uma empresa tão importante como a Masters! Enfim...  Deixarei que descanse, logo mais lhe trarei seu café da manhã!

Ele fecha a porta do salão vagarosamente... Para não os acordar.

Sara  e Gusmão viram-se e dormindo se abraçam, e a sensação aconchegante  os dois nem faziam   ideia que estavam abraçados até que Gusmão abre o olho primeiro, e fica sem entender nada, Sara acorda logo em seguida, os dois ficam se olhando por uns 3 segundos, tentando assimilar aquilo tudo, sara empurra Gusmão.

Sara: Você é um atrevido ! Eu não te dei essa liberdade!

Gusmão: Eu não te abracei! Nós dois que pegamos no sono! Ficamos conversando ontem até pegar no sono, foi isso que deve ter acontecido.

Sara concorda que deve ter sido isso que havia acontecido.

Gusmão: São 6:30 da manhã!

Sara: 6:30! Tenho que ir para a empresa às 8:00! E não vou para a empresa sem passar na sepultura do meu avô!  Estamos atrasadíssimos!

Gusmão: Peraí! Você não vai no mesmo lugar que tentaram te sequestrar ontem né! Não faz sentido algum isso tudo! É perigoso e eu não vou permitir.

Sara fica contrariada, desde o dia que seu avô faleceu e foi enterrado, ela não fica um dia sem visitar seu túmulo, exceto quando viaja para o exterior.

Sara: Eu não preciso da sua autorização, eu vou passar sim! No túmulo do meu avô!  Se quiser me impedir, terá que ser na marra! E aí? Como é que vai ser?

Gusmão: Definitivamente... Você não é uma menininha metida!  É uma mulher metida e muito marrenta!  Que Saco!

Sara sorri...

Gusmão: Preciso trocar minhas roupas.

Sara: Ué? Você não vai bancar o meu motorista? Então ...  Vou providenciar seu fardamento...  Ainda vamos tomar um banho...  E tomar café...

Sara vai para o seu quarto, e Gusmão para o dele, em alguns minutos Sandoval chega e leva para Gusmão uma farda de motorista, Sara  enquanto toma banho fica pensando em Gusmão, no que ficaram conversando na noite passada, em que ambos ficaram conhecendo um pouco um do passado do outro.

Sara: Definitivamente! Ele até que é bem legal! E é bem forte também!  E sim... é bem bonito! Finalmente conheço um homem que não se intima comigo!

Todos os homens que Sara havia conhecido até hoje, ou se intimidavam por ela ser rica, ou por ela gostar de artes marciais.

Após tomar banho, e se arrumar, Sara vai para a mesa do café da manhã, e aguarda Gusmão, ele chega vestido já com o uniforme  de   chofer.

Ela sorri dele.

Sara: Olha ! Até que ficou elegante!

Gusmão: Ria ! Pode rir!  Está bem desconfortável! A roupa é meio acochada... Mas tudo bem...

Sara: Sente-se! Tome café comigo! Estava lhe esperando.

Meio sem entender, ele agradece...

Gusmão: Não obrigado! Não seria justo! Meus amigos estão do lado de fora, nem dormiram ainda, e nem comeram nada! Não seria justo com os outros policiais.

Sara: Sandoval! Leve um lanche para os 3 policiais lá fora!

Sandoval: Imediatamente Senhorita!

Sara: Agora sente-se! Ou vamos nos atrasar...

Gusmão senta-se, na verdade estava morrendo de fome, desde a noite anterior não comia nada...

Eles então discutem o que acontecerá, Gusmão propõe que assim que eles cheguem na empresa, haverá a troca de guardas, menos ele, que ficará ao lado de Sara até que seja descoberto o que querem com ela, e quem está por trás das tentativas de sequestros.

Sara : Gusmão, não é cansativo? Você praticamente ficar 24 horas ao meu lado?

Gusmão: Não! Na verdade, ficar do seu lado, não será tão difícil assim quanto eu imaginava.

Sara fica sem jeito, e disfarça...

E os dois então vão para a empresa, mas no caminho, Gusmão leva Sara até o túmulo do avô, no caminho, ela compra uma rosa para levar.

Gusmão observa que a mulher que vende a rosa para Sara olha para dentro do carro.

- Motorista novo, senhorita!

Sara: Sim! Ele começou hoje!

Os dois vão para o cemitério, os demais policiais que escoltavam vão de longe, Gusmão observar pelo retrovisor  que a mulher que vendia as flores estava meio tensa... E olhava quando eles partiram, tudo numa rápida olhada pelo retrovisor.

Gusmão: Isso é muito suspeito! Suspeito demais... Pensava ele.

Sara: O que foi Gusmão? Que cara é esta?

Gusmão: A moça das flores? Compra dela todos os dias?

Sara: Sim, todos os dias compro uma flor para meu avô e para minha mãe, estão enterrados lado a lado.... Mas ... Vem cá! Você não está suspeitando da menina que vende flores não né?

Gusmão: E se estivesse? Ela sabe sua rotina diária, observa com quem você vai, para onde vai.... Sara, você é uma CEO multimilionária! Tem ideia do perigo que corre todos os dias? Você é boa em artes marciais, mas não pode contar apenas com isso como proteção!

Sara: Tava demorando, seu discurso chato.... Olha para ali! Chegamos.

Eles descem, Sara entrega um dinheiro para um mendigo na porta.... Gusmão olha o homem bem nos olhos... Com desconfiança... Os dois vão e Sara coloca as flores na lápide do avô e de sua mãe.

Ao longe Gusmão percebe um homem parado observando eles... Rapidamente Gusmão pega o telefone, e avisa aos seus colegas policiais.

Gusmão: Ao fundo muro, camisa do flamengo, calça jeans e toca na cabeça...

 Os policiais entram  disfarçados, e se aproxima do homem... Quando percebe  a movimentação, saca uma arma e atira na direção de Sara, Gusmão se joga para proteger ela do tiro, que pega de raspão em seu braço. Havia outros comparsas... E inicia troca de tiros... Gusmão saca sua arma e mira na direção dos homens. Que começam a recuar, mas Gusmão acerta um deles, que é deixado para trás, os outros fogem.

Sara: Gusmão ! Você me salvou muito obrigada! Nossa! Você está ferido!

Gusmão: Isso não é nada! Não se preocupe, agora vamos descobrir quem está por trás destas tentativas de sequestro.

Os policiais conseguem pegar o tal homem, que estava desacordado, era hora de rumarem para o hospital.

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