Capítulo 19

Acho que pela primeira vez na minha vida, eu não consigo soltar as palavras que estão presas na minha boca.

Acabamos de chegar no apartamento da Paloma, o menino está sentado no sofá, assistindo um desenho qualquer junto com a avó.

Ela me explicou algumas coisas durante o caminho para cá me deixando ciente de algumas situações.

- amor, você lembra que eu te falei, que em breve irei conhecer uma pessoa muito especial?

- é o meu pai? - ele me olha meio desconfiado e eu sorrio.

- sim, eu sou seu pai - sento ao seu lado no sofá - não sabe o quanto eu estou feliz em te conhecer - seguro a mão dele sem saber ao certo o que fazer - eu gostaria de te levar para tomar um sorvete, quer ir?

- a minha mãe vai junto? - ele olha para Paloma esperando uma resposta.

- não, a sua mãe está muito ocupada - olho para Annie que está nos observando em um canto da sala - então, vai negar um sorvete?

- se a minha mãe deixar - ele olha para a mãe que confirma.

- então vamos lá - levanto do sofá e olho para Paloma - não vamos demorar muito, antes do anoitecer eu trago ele de volta.

- tudo bem, qualquer coisa pode me ligar - ela me entrega uma mochila e se despede do menino.

(...)

O caminho até a sorveteria foi bem silencioso.

Annie até agora não disse nada, e Micael veio durante todo o caminho brincando com o seu carrinho.

- está tudo bem? - seguro a mão dela encima da mesa.

Ela até agora não tomou nem um pouco do sorvete e ele já está quase todo derretido.

- estou sim - ela sorri de lado e suspiro - ele é um menino muito bonito.



Não consigo nem se quer descrever o que estou sentindo agora.

nunca passou pela minha cabeça que eu pudesse ter um filho por aí.

- Annie, eu sei que não deve está sendo fácil para você tudo isso, mas acredite, para mim também não está sendo, e te ver assim, tão cabisbaixa faz tudo ficar ainda mais difícil - não quero que ela pense que alguma coisa irá mudar entre nós.

- ela é uma mulher bonita, Tyler - ela leva as mãos até o rosto - por mais que eu tente, eu não consigo tratar isso com a naturalidade que eu gostaria de tratar - seu olhar pousa sobre Micael e depois volta para mim - acha mesmo que tudo ficará bem entre nós? - ela nega com a cabeça - eu queria ter sido a mulher que te daria o seu primeiro filho, e do nada, ela apareceu com toda essa história! - ela levanta da cadeira me fazendo acompanhá-la - se você já tivesse contato com ele desde o começo do nosso relacionamento, seria diferente. Eu entraria sabendo que existia uma outra mulher na sua vida além de mim.

- Annie...

- é a verdade, Tyler, vocês estão unidos para sempre, e eu sinto dentro de mim que essa mulher nos trará problemas! - ela fica de costas para mim - eu não sei se estou pronta para...

- eu não vou machucar você - seguro o braço dela a virando para mim - será que não entende que eu te amo e que é a única, ouviu bem? A única mulher que eu quero do meu lado? - a puxo para um abraço - eu entendo a sua insegurança, entendo o seu medo, mas precisa aprender a confiar em mim.

- eu confio em você, mas é que...

- não precisa ter medo nem dela e nem de nenhuma outra, eu tenho carácter, Annie, e se em algum momento eu me senti atraído por ela ou qualquer outra, o que não vai acontecer, eu serei homem o suficiente para sentar com você e conversar como dois adultos responsáveis que somos.

(...)

O restante do dia não foi tão agradável quanto eu gostaria, levei Micael para casa às sete e meia da noite, Annie interagiu pouco com ele.

Ela está tentando se adaptar e eu não quero que ela tenha pressa e que muito menos faça o que não quer apenas para me agradar.

já estamos na minha casa, ela está no banheiro e eu sentado na cama, pensando nos últimos acontecimentos.

Também preciso informar aos meus pais que eles tem um neto, acredito que ficarão surpresos assim como eu, mas também felizes.

Deixo meus pensamentos de lado e levanto da cama indo em direção ao banheiro.

Tiro minha roupa e entro no box.

- Tyler! - ela me olha surpresa ao sentir minhas mãos tocarem sua cintura.

- eu te amo - toco os lábios dela - e é com você que eu quero construir uma família, entende isso?

- eu também te amo, e toda essa minha insegurança é apenas medo de ter perder - ela toca meu peito molhado pela água do chuveiro - eu vou me esforçar ao máximo para ser uma boa madrasta para ele, afinal de contas ele não tem culpa de nada e merece todo amor do mundo.

- você é incrível, sabia? - encosto ela na parede - é a mulher mais linda que já vi em toda minha vida! - roço meus lábios nos dela - eu acho que poderíamos tentar ter um bebê agora.

- está falando sério? - ela me olha duvidosa.

- e por quê não estaria? Não é o que a gente quer? - digo em meio aos beijos que estou deixando no pescoço dela.

- me faça sua, senhor Williams.

Isso foi a única gota de tesão que para nos amarmos bem aqui, debaixo do chuveiro.

Vou descendo meus beijos por todo o corpo dela, até chegar onde me interessa de verdade.

Pega a sua perna direita e pouso sobre meu ombro, fazendo sua intimidade ficar completamente exposta para mim.

Sem enrolação, passo minha língua por toda região fazendo ela trazer as mãos até o meu cabelo o puxando com certa força.

Passo minha língua pela sua entrada enquanto minha mão aperta sua cintura.

- Tyler - ele geme meu nome fazendo o tesão aumentar em mim - eu quero você agora - ela puxa meu cabelo me fazendo encará-la.

E como o pedido dela é uma ordem, eu levantei do chão, apoiei uma das pernas dela em minha cintura e a penetrei com força a fazendo gemer alto.

Intensifiquei as estocadas na medida em que ela iria pedindo por mais.

As unhas dela maltratando as minhas costas enquanto eu a penetro é extremamente excitante.

- eu estou quase lá - ela fecha os olhos e morde os lábios.

volto a castigar o pescoço dela com beijos.

- eu quero de outro jeito - ela se afasta e fica de costas para mim apoiando suas mãos na parede.

Sim, eu a penetrei da forma em que ela pediu o que nos fez gemer ao mesmo tempo.

Apertei a sua bunda e deixei um tapa na mesma enquanto ela revirava os olhos domada pelo tesão.

E em alguns minutos depois, chegamos ao ápice do tesão.

Foi o melhor sexo que já tive em toda minha vida.

- acho que a gente pedia assistir um filme, o que acha? - ela prende seus braços em volta do meu pescoço e sorrio.

- podemos pedir uma pizza também.

- ótima ideia! - ela deixa um selinho em meus lábios e sai do chuveiro me deixado sozinho.

Nem em meus maiores sonhos eu imaginei ter uma mulher assim, e como eu prometi ao pai dela, irei fazer tudo que estiver e não estiver ao meu alcance para fazê-la feliz.

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