Príncipe Duyi

Ambos estavam surpresos por verem um ao outro no palácio, Chun acreditou que o homem pudesse ser um general do exército ou filho de um, já que estava no palácio àquela hora queria dizer que ele morava lá, mas Chun logo mudou de pensamento quando percebeu que ele estava bem vestido de mais e sem nenhuma armadura ou espada que o identificasse como soldado.

— Quem é você? Perguntou o homem com os braços cruzados para trás.

— Eu me chamo Chun, estou aqui porque fui escolhida pelo imperador para me casar com o príncipe herdeiro, o príncipe Duyi, disse Chun.

— Ah! Então é você, disse o homem e no mesmo instante passou por Chun e foi mais para frente que seria atrás de Chun.

Chun se virou e viu o homem de costas olhando para o céu estrelado.

— Não entendi senhor, como assim sou eu? Questionou-lhe Chun.

— Eu sou o príncipe Duyi, melhor dizendo, o seu futuro marido, disse o homem ainda de costas.

— Como? Questionou-lhe Chun com grande espanto.

— Não veio aqui contemplar as estrelas? Fique, não precisa ir embora só porque estou aqui. Este é o meu espaço privado mas não me importo em compartilhá-lo com a senhorita, Chun, disse o homem que se intitulou como príncipe Duyi.

Chun quis recusar a nobre oferta do príncipe mas algo em seu peito pulsava a palavra "sim" até soar por entre seis lábios.

— Então venha e contemple as estrelas comigo, pediu o príncipe permanecendo de costas.

Chun se aproximou e ficou do lado do príncipe olhando para o céu sem nenhum interesse em conversar, tudo o que a interessava era a maravilhosa e encantadora beleza do céu naquela noite, mas o príncipe puxou conversa.

— Eu conheço os seus pais desde pequeno, eles são muito gentis e amáveis, espero que a senhorita também seja assim, disse o príncipe com o olhar fixo para o céu.

— Eu sou. Sou filha dos meus pais, como poderia não ser igual a eles? Disse Chun olhando para o príncipe que olhava para ela nem por um único instante.

— Algumas pessoas crescem diferente dos pais, embora recebam uma boa educação.

Estás palavras foram o cúmulo para Chun, ela entendeu exatamente até onde o príncipe Duyi queria chegar e ficou em silêncio, seu silêncio fez com que o príncipe olhasse para ela, no mesmo instante se virou e viu o príncipe olhando para ela.

— Muito obrigada vossa majestade, por consentir que eu contemplasse as estrelas consigo, agora eu vou descansar pois um logo dia aguarda-me amanhã, e a vossa majestade também. Com sua licença, disse Chun.

Ela não esperou o príncipe responder e foi embora no momento em que terminou de falar. Ambos não demonstraram, mas estavam sentindo uma forte atração um pelo outro, seus corações estavam sincronizados pulsando com rapidez no mesmo ritmo, mas não fazia o mínimo sentido eles tinham acabado de conhecer, embora que o príncipe já a tenha visto antes mesmo de conhecê-la, mas mesmo assim não havia nada que explicasse aquele sentimento, era como se os dois se conhecessem a bastante tempo, de qualquer jeito, o príncipe adorava sentir aquela conexão toda vez que a via.

Sem que eles percebessem, Niu os estava observando, seu sangue fervia de raiva ao ver o seu príncipe com uma qualquer que veio sei lá de onde, Niu ficou imaginando um monte de coisas sobre o que eles estavam conversando e nenhuma das opções lhe agradava, seu rosto estava vermelho refletindo sua raiva, ela estava pensando em várias maneiras de tirar Chun do seu caminho e a maneira que mais lhe agradou foi tirar a vida de Chun, mas infelizmente ela não podia fazer isso pois se assim o fizesse acabaria sendo condenada a execução e teria sua cabeça cortada por assassinar a futura do príncipe.

— Esta mulher... o que ela pensa que está fazendo? Eu juro que se pudesse arrancaria a cabeça dela, mas infelizmente eu não posso, tenho que pensar em outra forma de mantê-la longe do meu Duyi, monologou Niu.

Do outro lado, Harumi estava na fonte, sentada contemplando as estrelas, de alguma forma, ela sentia tudo o que Chun sentia até mesmo sua dor e a saudade que ela tinha de Kai, o juramento de sangue que fizeram sem ter noção do que era permitia que elas compartilhassem seus sentimentos e emoções, sempre compartilharam sentimentos mas não disso pois suas memórias haviam sido apagadas e elas foram separadas pelas épocas em que viviam.

Harumi estava com a mão no peito pois sentia seu coração bater aceleradamente, mas não sabia o porquê, estava perdida em seus pensamentos quando ouviu a voz de um homem.

— Senhorita, está tudo bem? Questionou-lhe o homem.

Harumi virou o olhar para trás e se deparou com a figura de um homem fardado de soldado, de cabelos longos presos com a ajuda de uma presilha chinesa, e estava segurando na sua espada que estava pendurada a sua cintura.

— Ah! Está sim não precisa se preocupar, disse Harumi.

A noite estava escura mas a luz do luar permitiu que o homem pudesse contemplar o rosto de Harumi, o homem era um soldado do palácio e sempre patrulhava àquela hora juntamente alguns outros soldado, ele percebeu que o rosto de Harumi não lhe era familiar então decidiu questioná-la.

— Não me lembro de alguma vez ter visto a senhorita no palácio, é uma concubina nova do príncipe Duyi? O homem perguntou isso porque o príncipe Duyi era muito famoso no palácio e em todo o império por quase sempre receber novas concubinas, mas nenhuma nunca lhe agradava.

— Ah! Não, imagina, eu em, eu sou a prima da da futura esposa do príncipe Duyi, disse Harumi.

Quando aquele soldado ouviu isso se colocou rapidamente de sentido e abaixou seu tronco em respeito a Harumi.

— Perdoe-me, eu não sabia, disse o soldado na atual posição.

Ao ver isso Harumi se sentiu incomodada e se levantou, se colocou na frente do homem e o mandou voltar à sua posição anterior.

— Que é isso? Não precisa me reverenciar dessa maneira, eu não quero que faça isso, disse Harumi.

O soldado se posicionou pois o interpretou as palavras de Harumi como uma ordem.

— Eu me chamo Harumi, e você? Ah! me desculpe, eu quis dizer e o senhor? Disse Harumi.

O soldado serrou o punho da mão direita, ergueu os dois braços e uniu seu punho a palma da mão esquerda, abaixou seu tronco e se apresentou.

— Me chamo Jianyu, sou soldado do palácio e filho do conselheiro do imperador, se apresentou o soldado.

Harumi quis dizer á Jianyu para não reverenciá-la pois não estava acostumada com isso e se sentia desconfortável, na sua época as pessoas já não tinham o costume de fazer isso, mas Harumi preferiu deixar as coisas como estavam.

— Se me permite, eu gostaria de continuar com a minha patrulha, disse Jianyu em posição reta.

Dito isso, Jianyu se retirou e voltou a sua patrulha. No dia seguinte, Chun acordou cedo devido a um sonho que teve com Kai, na verdade era uma de suas lembranças com Kai, Chun estava chorando pois sentia falta de Kai, era uma dor insuportável que fazia seu coração doer, de repente alguém bateu na porta, Chun consentiu a entrada mas antes limpou suas lágrimas, quem entrou foi Biyu, uma de seus servos.

— Bom dia minha senhora, o príncipe Duyi pediu-me que a informasse para encontrá-lo em seus aposentos, disse Biyu depois de se reverenciar.

— E o que quer que eu faça em seus aposentos? Questionou-lhe Chun.

— Não sei minha senhora, vossa majestade apenas pediu que a informasse para até seus aposentos, explicou Biyu.

— Está bem, diga ao príncipe que irei ao seu encontro assim que me arrumar, disse Chun.

— Sim senhora, Biyu falou e se retirou.

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