Lugar desconhecido

De dentro do relógio começaram a sair feixes azuis que se refletiam até do lado de fora do quarto, através das aberturas pelas laterais da porta, Chun fechou os olhos cobrindo-os com o braço esquerdo pós não conseguia ver com tanta luz e do nada atrás dela apareceu uma brecha triangular e ela foi sugada para dentro, logo depois a brecha se fechou bem rápido ficando apenas uma luz que parecia uma pequena Estela brilhando e depois de três segundos desapareceu. Ela percebeu que os feixes haviam parado e abriu os olhos e olhou logo para trás pós havia sentido que algo ou alguém tinha puxado ela mas não viu ninguém e voltou a olhar para frente, mas algo estava diferente, na verdade tudo estava diferente o seu quarto havia mudado totalmente e ela não conseguia entender como tudo mudou do nada, num minuto era o quarto dela normal e no minuto seguinte estava totalmente diferente o lençol da cama era branco e a coberta era rosa o quarto em si era quase todo rosa, a sua frente estava a sua penteadeira que normalmente costuma estar bem no lado esquerdo da cabeceira da sua cama, e também era rosa, do lado da penteadeira haviam letras bem grandes e reluzentes que diziam Harumi, ela ficou reparando no quarto de cima á baixo, canto a canto e não conseguia entender como as tudo mudou de uma hora para a outra e haviam ali coisas que para ela não existiam, aquele definitivamente não era o quarto dela.

– Esse não é o meu quarto! Que lugar é esse? Se questionou ela falando baixinho.

Ela ouvia barulho de trovoadas no céu e o som das águas entrando em contato com o telhado, se levantou da cama sem pressa alguma e foi olhar pela janela, as cortinas da janela estavam dobradas para as laterais, a janela era de vidro e estava fechada, ela viu água escorrendo pela janela e ficou espantada e franziu a testa em resposta ao seu espanto pós nunca havia visto algo assim acontecer.

Ela colocou a mão na janela querendo molhar as suas mãos com a água da chuva pós não conseguia acreditar que realmente estava chovendo, quando ela voltou para casa com os pertences de Kai já estava escurecendo mas o céu estava limpo de mais para começar a chover de repente. Como a janela estava fechada ela não conseguiu molhar a mão, sua mãe estava no vidro da janela e água continuava a escorrer mas não a molhava e isso a deixou super admirada e mais espantada ainda.

– Que bruxaria é essa?

De repente chegou uma garota de cabelos rosa e olhos esverdeados, ela estava usando um short e uma miniblusa, ela entrou no quarto e ficou parada na porta mexendo no telefone e Chun a observava sem entender ela se perguntava dentro de si quem era aquela garota e por que ela estava vestida daquele jeito.

– Quem é você? Perguntou Chun.

A garota olhou para frente e levou um grande susto ao ver uma desconhecida no seu quarto vestida de maneira tradicional e antiga parada na sua janela e gritou tão alto que Chun também se assustou com o grito dela mas não gritou apenas piscou os olhos bem rápido umas quantas vezes franzindo a testa ao mesmo tempo, demonstrando o seu susto não muito grande. Depois do grande grito que deu a garota desmaiou reto feito um boneco de treinamento da área militar, por sorte apenas a garota estava em casa, os seus pais tinham viajado a trabalho então Chun não corria nenhum risco de ser vista por outra pessoa, porque do jeito que a garota gritou se houvesse mais alguém naquela casa ela poderia ser vista e talvez presa por invadir a casa.

Ela se aproximou da garota para verificar se ela estava bem e felizmente ela ainda respirava, isso foi um alívio para Chun, ela pensou em jogar água na garota mas ela não fazia a mínima ideia de onde ficava a cozinha, já estava mais do que óbvio que ela não estava em sua casa, então ficou apenas abanando a garota para que ela acordasse.

– Jovem! Oi, acorda!

Ela parou por um instante e observou novamente o lugar, era totalmente estranho e desconhecido.

– O que está acontecendo? Onde estou? E como eu vim parar aqui? Questionou Chun, monologando.

De repente a garota se mexeu, ela abriu os olhos lentamente e colocou uma das mãos na cabeça e a outra no chão lhe permitindo levantar o seu tronco do chão, percebendo ao seu lado a presença da mulher estranha ela se assustou novamente, mas desta vez ela não gritou, ela se levantou rapidamente do chão quase que correndo e colocou uma posição de defesa como se soubesse artes marciais.

— Parada, não tente nenhuma besteira eu sei lutar Kong fu e olha que eu sou bem boa em, eu posso te derrubar com um golpe só então não se aproxima.

Chun se levantou e ficou parada tal como a garota havia lhe dito.

— Não se preocupe, eu não vim invadir a sua casa, não há necessidade de se agitar eu posso ir embora se você me permitir.

— Primeiro me diga quem é você, como entrou na minha casa e o que quer de mim?

— Bom, eu me chamo Chun Wang, sou filha de...

— Eu não quero saber quem são os seus pais eu só quero saber como entrou aqui e o que quer de mim. Disse a garota interrompendo Chun.

— Está bem, é...na verdade eu literalmente não sei como eu vim parar aqui tudo o que eu sei é que estava no meu quarto e de repente apareci aqui, eu não quero te fazer mal nenhum.

— Está me dizendo que você apareceu aqui do nada como por magia? Questionou incrédula com o quê acabara de ouvir.

–Eu não sei, eu só me lembro de estar no meu quarto e aparecer aqui de repente

–Mas isso é impossível, tudo bem, já vi que você não quer falar, então eu vou ter que partir para a agressão

–O quê? Perguntou Chun

A garota andou para trás fixando seu olhar em Chun e parou na porta, haviam dois vasos de flores pendurados no lado direito da parede e dois vasos grande de plantas no chão, um no lado direito e outro no lado esquerdo, ela baixou para levantar o vaso que estava no lado direito mas como era pesado ela decidiu arrancar um dos vasos da parede e atirou-o contra Chun.

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