Depois de uma longa conversa, a imperatriz decidiu levar pessoalmente Chun até aquele que apartir de agora seria o quarto de Chun, mandou chamar alguns servos e os aparentou a Chun como seus serviçais.
Toda aquela cena foi vista por Niu, a mais popular concubina do príncipe Duyi, supostamente ela teria passado uma noite com o príncipe, coisa que nenhuma outra concubina havia conseguido desde que chegaram no palácio, todas são constantemente rejeitadas pelo príncipe Duyi inclusive Niu, mas o fato dela ter passado uma noite com o príncipe, segundo ela, tornou-a tão popular a ponto de ter poder sobre as outras concubinas.
— Quem é ela? Questionou Niu.
— Não sei, mas pelo jeito como a imperatriz a está tratando deve ser a Chun, a futura do príncipe Duyi, respondeu Yueyue a segunda concubina do príncipe Duyi.
— Futura? Quem ela pensa que é? A futura do príncipe Duyi sou eu, como o imperador pôde pensar em trazê-la para o meu palácio? Disse Niu furiosa.
Niu se achava a senhora do palácio a seguir a imperatriz, ou seja, ela se achava a futura princesa, e saber que o imperador trouxe outra mulher para ser a princesa do príncipe Duyi despedaçou o coração egoísta e impetuoso dela, ela jurou a si mesma em pensamentos que faria Chun renunciar antes mesmo de se tornar imperatriz.
"Eu não posso permitir isso, era para eu ser a princesa do príncipe Duyi, por que o imperador trouxe esta mulher? De qualquer forma ela não vai durar muito aqui, ela pode até chegar a se tornar a princesa mas eu jamais darei a ela a honra de se tornar imperatriz, jamais"
Depois de apresentar Chun aos seus novos servos, a imperatriz mandou aos mesmos que devorassem o quarto de Chun segundo os gostos, Chun não via a necessidade para tanto mas a imperatriz insistia, estava fazendo de tudo para que Chun se sentisse a vontade e em casa, a única coisa que Chun pediu foi um papagaio o resto da decoração do quarto foi do gosto da imperatriz.
Quando Chun e a imperatriz voltaram para a sala de banquetes, Harumi e os pais de Chun estavam lá comendo e conversando com o imperador, com excepção de Harumi que permaneceu em silêncio.
— Bom dia a todos, disse a imperatriz.
— Bom dia imperatriz, disseram Harumi e os pais de Chun num certo intervalo de tempo.
A imperatriz sentou-se lado a lado com o imperador e Chun sentou-se ao lado de sua mãe. Niu seguiu sorrateiramente Chun e a imperatriz até a sala de banquetes, ficou do lado de fora ouvindo toda a conversa graças ao enorme eco que sala produz.
— Meu imperador, não querendo contratiá-lo mas eu acho que é muito cedo para a minha filha se mudar para o palácio, disse Wú pai de Chun.
— Eu entendo senhor Wú, mas segundo o que eu pôde entender sobre o caráter de sua filha, é que ela quer se casar por amor e não por conveniência ou por obrigação, então se ela vier morar morar no palácio agora vai ser mais melhor, ela e o príncipe Duyi poderão passar muito tempo juntos e quem sabe se apaixonem um pelo outro antes mesmo do casamento, explicou o imperador.
— Eu concordo com o imperador, será melhor se a Chun vier morar no palácio agora, o imperador tem razão, disse Harumi quebrando o seu silêncio.
Chun olhou para Harumi com cara feia, mas de qualquer jeito ela já tinha aceitado ir morar no palácio, o imperador só precisava da aprovação dos pais dela. Mitsuki e Wú trocaram olhares por algum tempo e chegaram a um único consenso.
— Uma vez que a Chun já decidiu, não temos mais nada a dizer a não ser aceitar e aprovar a decisão dela, disse Wú.
Muito bem, Harumi, a Chun pediu que viesse morar aqui no palácio com ela, se não for contra já está tudo preparado para ambas, disse o imperador.
— Mas é claro que eu quero, disse Harumi muito contente e sorridente.
— Muito bem, então tudo o que resta agora é a senhora Mitsuki e o senhor Wú se despedirem das senhoritas, disse o imperador.
Dito isso Niu saiu às pressas da porta e foi direto para os seus aposentos, no minuto seguinte os pais de Chun se levantaram, Harumi e Chun, o imperador e a imperatriz também se levantaram, os pais de Chun se reverenciaram para o os imperadores e eles fizeram o mesmo.
Mitsuki abraçou Chun com muita ternura e amor, tinha chegado a hora de deixar sua filha ir e se tornar uma mulher e formar a sua própria família, este pensamento fez Mitsuki se banhar em lágrimas.
— Nós sempre iremos te amar, nunca se esqueça disso, a nossa casa nunca deixará de ser sua minha filha, sempre terá um lugar para voltar, disse Mitsuki em meio às lágrimas.
Mãe e filha derramavam lágrimas de despedida, Harumi se comoveu com a cena e começou a chorar, a última lembrança que ela tem dos seus pais é de terem partido seu coração com um segredo que eles esconderam dela durante uma vida inteira.
Mitsuki largou Chun e foi abraçar Harumi depois de perceber a solidão nos olhos menina, Wú abraçou Chun como se aquele fosse o último abraço que daria a ela, depois que largou Chun abraçou Harumi e se referenciaram aos imperadores pela última vez e se foram.
Dava para ouvir o som vasos quebrando do lado de fora, Niu estava furiosa, tão furiosa que as suas serviçais inclusive as outras concubinas estavam assustadas.
— Como? Comooo? Como o imperador pôde fazer isso? Eu deveria ser a princesa, eu, e não aquela mulher vulgar e peculiar, Chun, ela está muito longe de condizer com o significado do nome dela, dizia Niu gritando em sua fúria andando de um lado para o outro.
Enquanto isso, a imperatriz escolheu mais uns três serviçais e os apresentou para Harumi, logo em seguida levou Harumi a seus aposentos, a imperatriz adorava fazer isso, ela preferia que fosse ela mesma a guiar qualquer que fosse visitar seu palácio do que pedir a seus servos para fazê-lo, era muito contente e gentil, com uma mão daquelas era impossível que o príncipe fosse rebelde ou mal comportado, ou sequer agressivo.
O sol se pôs e a noite cobriu o seu com uma imensidão de estrelas e uma lua cheia que iluminava todos os cantos daquele enorme palácio com o seu luar denso que tornava aquela noite mágica.
Chun e Harumi estavam em seus aposentos e admiravam a beleza daquela noite, se deixaram levar pelos seus impulsos e decidiram sair, Chun foi para o jardim enquanto que Harumi foi se sentar em uma fonte que ficava bem no centro daquele enorme palácio.
Chun chegou no jardim e se maravilhou com a beleza do lugar durante a noite, se sentou no chão e admirou a lua e o brilho das estrelas, se deixou levar pela magia da noite e estendeu-se no chão para contemplar melhor as estrelas quando de repente ouviu uma voz grave e cheia de calmaria.
— Quem é você e o que faz no meu palácio?
Chun se levantou às pressas do chão e ficou de frente para o homem que falava de cabeça baixa.
— Eu me chamo Chun, perdoe-me se estou invadindo o lugar privado do senhor, mas é que eu queria apreciar o céu de perto, disse Chun de cabeça baixa.
Quando ergueu a cabeça se deparou com o mesmo homem que a estava encarando hoje de manhã, apesar da escuridão da noite ambos se reconheceram.
— Você? Disseram os dois surpresos.
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Atualizado até capítulo 33
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