Ele se foi

De frente a um espelho, com os olhos incapazes de esconder a sua ansiedade e felicidade, pós hoje Chun irá se casar com o amor da sua vida, Kai, toda noiva chora de emoção no dia do seu casamento e com Chun não poderia ser diferente, ela comoveu-se tanto ao ver-se vestida de noiva que começaram a escorrer lágrimas dos seus olhos, mas em seguida ela limpou as lágrimas pós estava na hora de ir ao encontro do seu amor para que os seus destinos sejam selados para sempre.

— Está pronta Chun? Questionou-lhe a sua amiga Weiwei que chegou com um enorme sorriso no rosto.

— Estou.

— Então vamos, não podemos deixar o seu futuro marido esperar.

— Então vamos!

Ela entrou na carruagem acompanhada da sua amiga que era a sua dama de honra, elas partiram com destino ao local do casamento onde seu pai a esperava na porta para entregá-la a aquele que seria o seu destino, Chun estava tão ansiosa que nem mesmo o seu olhar e o seu sorriso conseguiam expressar o quão feliz ela estava, mas durante a caminhada aconteceu algo inesperado, um homem que alegava ser o mordomo da casa do pai de Kai, se colocou na frente da carruagem e quase foi atropelado mas para a sua sorte o cocheiro parou a carruagem bem a tempo.

Pelo jeito brusco como o cocheiro parou a carruagem, Chun e sua amiga Weiwei presumiram que algo havia acontecido, Weiwei estava prestes a perguntar o que havia acontecido, mas de repente ouviu o cocheiro chamando alguém de maluco e o repreender, o homem pediu desculpas e logo em seguida correu até a porta da carruagem e ao ver isto o cocheiro desceu do cavalo para tentar pagá-lo, mas Chun o conhecia e pediu que o cocheiro o soltasse pós ele era quem alegava ser.

_Minha senhora, eu fui enviado pelo senhor Hyundai, tenho uma triste notícia para lhe dar.

Naquele exato momento o coração de Chun disparou, ela julgava que o pai de Kai, o senhor Hyundai, havia rejeitado o casamento dos dois na última da hora, mas a notícia que ela iria receber era mil vezes pior do que isso.

_O que é que aconteceu senhor Jin?

_Minha senhora, lamento muito informá-la mas infelizmente o senhor Kai faleceu.

Ao ouvir aquilo os olhos de Chun se encheram de lágrimas, seu peito começou a bater tão forte que parecia que ela teria um enfarte, os seus pés ficaram sem forças e ela acabou caindo no chão, ela não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Com os olhos direcionados para o chão e o rosto já banhado em lágrimas, ela pergunta ao mordomo se ele tinha certeza do que estava a dizer e ele disse que sim, ele mesmo encontrou Kai em seu quarto coberto de sangue e com dois cortes no pulso do braço esquerdo.

Weiwei, que também estava perplexa com a notícia se baixou para tentar levantar Chun e consolá-la, mas ela se levanta sozinha, segura no vestido e sai correndo até a casa de Kai para confirmar a história do mordomo. Enquanto corria ela se cruza com a carruagem do imperador indo em direção ao palácio, lá dentro estavam o imperador e o príncipe, o príncipe olhou fixamente para ela embora embora que não tenha durado muito tempo. Depois desse pequeno encontro o imperador notou que o príncipe estava meio distante e logo presumiu que talvez o príncipe estivesse pensando naquela mulher que tinham acabado de ver então ele teve uma ideia absurda.

Ao chegar na casa do pai de Kai ela vê ele sentado no chão e chorando muito, mesmo sabendo qual seria a resposta ela decidiu perguntar pós esperava ouvir o oposto do que o mordomo havia dito.

_Pai, o que aconteceu?

_Ele se foi, o nosso Kai se foi. Falou o pai de Kai com o rosto completamente banhado em lágrimas e os olhos avermelhados.

Ao ouvir essas palavras suas pernas ficaram se força, incapazes de suportar o peso do seu próprio corpo e ela caiu de joelhos no chão e começou a gritar e a chorar de dor. Ela sentiu o seu peito se afundar em dor, desespero e angústia. As suas memórias voltaram ao dia em que ela e Kai se conheceram, os momentos marcantes que passaram um ao lado do outro, o dia e o momento em que ele se declarou para ela, o momento em que ele a pediu em casamento e o momento em que compraram a casa em que eles iriam morar e quando faziam a decoração da casa. A dor era tão grande que parecia que ela morreria de tanta angústia, o seu mundo praticamente havia desabado e ela chorava tanto com tantos gritos de dor e sofrimento, parecia que o mundo inteiro iria desabar.

A pior morte do mundo não é aquela que a pessoa morre torturada e de forma impiedosa, a pior morte do mundo é morrer por dentro, quando tudo aquilo que você mais ama no mundo se vai deixando um vazio eterno impossível de preencher e uma grande ferida que nunca cura não importa quanto tempo passe.

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