O labirinto infinito

–Que lugar é este? Questionou-se Chun.

A voz de Chun monologando ecoou por todo o lugar e foi ouvida por Harumi, era difícil saber de onde vinha a voz já que ali não havia nada além de um imenso branco.

–Chun! Chun onde você está? Disse Harumi procurando o lugar de onde vinha a voz de Chun.

–Harumi! É você? Perguntou Chun.

–Sim, sou eu mesma, onde você está Chun?

–Eu não sei, é tudo branco, disse Chun reparando no lugar que parecia ser o céu.

–Chun, me ouça vamos fazer o seguinte, eu vou contar até três e você começa a correr reto está bem! Disse Harumi.

–Mas para onde eu vou? Este lugar não tem começo e nem fim, disse Chun reparando naquele lugar.

–Não pense nisso, quando eu chegar no três apenas corra reto na posição em que está, tudo bem! Disse Harumi.

–Está bem, disse Chun aguardando a contagem.

A conversa delas ecoava por todo o lugar, Harumi contou até três e elas começaram a correr mesmo sem saber se iriam chegar a algum lugar, elas correram em linha reta por vários minuto até que começarem a ficar ofegantes e quando quiseram parar sentiram os seus corpos atravessar algum tipo de energia, assim que sentiram isso elas olharam para trás e constaram a mesma coisa, o lugar que outrora era totalmente branco a ponto de se parecer com o céu era agora um corredor espelhado, com exceção do teto que se mostrava um teto branco.

 Os espelhos eram cristalizados e ao princípio refletiam a imagem da Harumi, Chun também via a sua imagem no início, as duas se perguntaram que lugar era aquele e ouviram o som de vários vidros vibrando, no mesmo tom em que elas falaram, deram uns cinco passos e o reflexo no espelho mudou, Harumi agora estava vendo o reflexo da Chun e Chun estava vendo o reflexo da Harumi.

As duas se aproximaram do espelho sem entender nada, parecia que uma delas estava presa dentro do espelho.

–Chun! Exclamou Harumi olhando para o reflexo de Chun no espelho.

–Harumi! Que lugar é este? Onde estamos? Questionou Chun com a mão sobre o espelho.

–Eu não sei, mas vendo pelo lado positivo nós já não estamos mais naquele lugar que parecia o céu, disse Harumi, também com a mão sobre o espelho.

–E como sairemos daqui? Questionou Chun retirando sua mãe do espelho.

Harumi ficou apalpando todos os cantos do espelho procurando por algum botão ou algo que as tirasse dali, não encontrando nada ela decidiu voltar ao plano anterior já havia dado certo, ela contou novamente até três e corram.

Não demorou muito para elas sentirem novamente os seus corpos atravessando algo incrível e logo estavam em um outro lugar, uma sala branca bem grande com várias portas brancas por todos os lados, cada porta levava a uma época diferente.

Ambas olharam para trás e se contemplaram uma a outra, assim que se viram seus olhos lagrimaram pois a saudade em seus peitos era demais, elas correram para se alcançar e quando já estavam perto uma da outra se abraçaram tão profundamente que quase ficaram ofegantes mas mesmo assim aquele abraço tão forte e tão caloroso não serviu de nada para matar toda a saudade que sentiam uma pela outra por todos esses anos elas, finalmente haviam se reencontrado depois de tantos anos passados.

De repente ouviram a voz grossa de um homem que ecoou por todo o lugar.

–Hei quem são vocês e que estão? Perguntou o homem franzindo a testa.

As duas olharam para o lado de onde vinha aquela voz e se depararam com a figura de um homem que usava um terno preto a alguns metros de distância delas.

–Chun, corre! Disse Harumi.

Assim que Harumi disse isso, elas correram ao mesmo tempo e seguiram por um corredor, o homem sem entender o porquê delas terem fugido dele correu atrás dela, elas, no entanto, achavam que o homem estava perseguindo-as para prende-las.

foram horas e horas entrando e saindo de vários corredores que pareciam ser os mesmo aquele lugar parecia não ter fim, Chun e Harumi já estavam bastante ofegantes ansiando por ar, em cada corretor que elas entravam e saíam encontravam mais e mais guardiões que também as perseguiam e quando elas estavam quase desistindo de correr por falta de ar o colar de Chun começou a levitar e a puxá-la para uma porta que se abriu automaticamente Harumi segurou na mão de Chun chamando pelo seu nome e tentando impedir que Chun fosse sugada lá para dentro, mas os esforços de Harumi foram em vão pois as duas acabaram sendo sugadas para dentro.

Outra porta se abriu na frente e quando elas passaram a porta se fechou, enquanto Harumi se questionava que lugar era aquele Chun estava analisava cuidadosamente o local e foi apenas uma questão de segundos para ela perceber que era o seu quarto.

–Este é o meu quarto! Eu voltei? Se questionou Chun com um semblante admirado.

–Como assim? Nós viajamos no tempo? Questionou Harumi franzindo a testa.

–Eu julgo que sim, disse Chun.

Neste instante alguém bate na porta.

–Chun, minha filha, a Weiwei está aqui ela disse que quer falar com você sobre um assunto muito importante, disse a mãe de Chun do outro lado da porta.

Assim que reconheceu a voz de sua mãe Chun abriu imediatamente a porta.

–Mãe! falou e rapidamente abraçou-a.

–O que aconteceu minha filha? Por que este abraço tão forte parece que não me vê a dias, disse a mãe de Chun se deliciando do abraço de sua filha.

A senhora Mitsuki nem ao menos reparou na roupa que a sua filha estava usando.

Chun, no entanto, ficou surpresa por sua mãe não ter pulado de alegria ao vê-la pós ela esteve ausente por dois dias, ela se afastou e segurando firmemente as mãos de sua mãe perguntou:

–Mãe, quantos dias se passaram aqui?

–Como assim minha filha do que está faltando? Questionou-lhe sua mãe.

Achando que talvez tenha feito a pergunta errada Chun decide perguntar de uma outra forma.

–Mãe, que dia eu fui buscar os pertences do Kai?

–Foi hoje, você passou a maior parte do dia na antiga casa dele, por que está perguntando isso? Bateu com a cabeça em algum lugar e esqueceu do que fez hoje? Questionou-lhe sua mãe conferindo se havia algum machucado no corpo dela.

Chun ficou tão perplexa com a resposta de sua mãe que ficou paralisada por alguns segundos, Harumi estava atrás da porta pós se a mãe de Chun a visse iria reconhecê-la na hora, ela ouviu toda a conversa entre Chun e sua mãe, quando a mãe de Chun disse praticamente que não havia se passado nem sequer um dia desde que Chun viajou para o futuro Harumi ficou atônita e ganhou certeza de que há um efeito colateral no tempo de acordo com a época em que a pessoa viaja.

"–Então eu estava certa, as viagens causam mesmo efeitos colaterais no tempo" Disse Harumi em seus pensamentos.

–Não falar com a Weiwei? Questionou a senhora Mitsuki acariciando os cabelos de Chun.

–Mande-a vir ao meu quarto, eu não estou com disposição para me movimentar.

Chun entrou em seu quarto e deixou a porta encostada para que Weiwei pudesse entrar a vontade, assim que fechou a porta Harumi repreendeu-a.

–Você ficou maluca! como pôde dizer a sua mãe para mandar a tal de Weiwei vir aqui, ela pode me ver

–Calma, a Weiwei é minha amiga não precisa se preocupar, disse Chun indo se sentar na sua cama.

Depois Chun se sentou Harumi também se sentou e apenas uma questão de segundos até se ouvir uma leve batida na porta.

–Entre! Disse Chun calculando que fosse Weiwei.

–Chun, como você está minha amiga? perguntou Weiwei se aproximando.

–Eu estou bem não se preocupe, sente-se, disse Chun dando espaço para ela se sentar.

Olhando para as roupas estranhas que as duas estavam usando, principalmente Harumi Weiwei não pôde deixar de perguntar.

Que roupa estranha é essa que estão usando?

–É uma longa história, e acredite, você não tem tempo para sentar-se e ouvir do princípio ao fim agora sente-se e me diga que assunto importante é esse que você veio tratar comigo.

Weiwei olhou para Harumi e se sentou um pouco inquieta, e como ela não gosta de guardar dúvidas decidiu falar.

–Chun, esta senhorita é sua amiga? Questionou olhando para Harumi.

–Não, ela é a minha prima Harumi

Weiwei estendeu a mão para se apresentar a Harumi, esse ato deixou a mente se Harumi inquieta.

"Nessa época as pessoas ainda não tinham o costume de dar as mãos para se apresentar, como é que ela fazer isso e onde aprendeu?"

Harumi estava tão inquieta e surpresa que quase não quis soltar a mãe de Weiwei.

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