Meus dias com Christopher têm sido maravilhosos, ele tem a cara fechada e pose de durão, mas cada dia que passa vejo que ele é muito diferente do que demonstra para as pessoas.
Pelo menos comigo ele é sorridente e amável, ele tem uma educação fora do comum, a não ser na hora do sexo, que ele gosta de falar uns palavrões.
Cada dia que passa perco um pouco mais a vergonha, ele é meu marido e não devo ser tão tímida perto dele, mas me sinto um pouco intimidada perto dele, pois sei que sou muito jovem e não tenho experiência nenhuma, ele já ficou muitas mulheres e bem mais experientes que eu e isso me deixa com medo de não ser suficiente.
Estamos casados a quase seis meses, quase o prazo que ele disse que me daria o divórcio e a verdade é que não quero saber disso, quero ficar com ele, pois o amo e amo tudo que temos e nossa vida juntos.
Chris é um bom homem, muito atencioso e carinhoso comigo, não tenho do que reclamar, ele é um bom marido e o melhor de tudo é que sente o mesmo por mim.
Hoje é o dia em que irei começar minhas aulas de direção, Christopher disse que seria melhor eu aprender para ter minha autonomia e ir onde eu quiser.
Nunca me senti tão livre em minha vida, é tão bom poder ir e vir sem se preocupar com nada nem com ninguém.
Resolvo sair da faculdade e ir andando para a autoescola, pois fica muito perto.
Me despeço de meus colegas, pego meu material e vou andando.
— Senhora? –me viro e vejo Pablo.
— Oi Pablo.
— Estou aqui para levá-la ao seu destino.
— Não precisa Pablo, é aqui pertinho.
— O senhor Adams não irá gostar senhora.
— Pode deixar que com ele eu me entendo, obrigada Pablo. –viro as costas e continuo andando.
Dado momento sinto um puxão forte em meu braço e olho para cima e vejo ser meu pai.
— Enfim consegui te pegar sozinha sem aquele abutre ou os seguranças dele por perto!
— O senhor está me machucando. –digo puxando meu braço.
— Você vem comigo!
— Eu não vou a lugar nenhum com o senhor!
— Vai sim! Eu sou seu pai Melissa!
— O senhor mesmo disse que não era mais meu pai, agora me deixe ir que estou com pressa.
— Tenho outros planos pra você Melissa. –começo a ficar apavorada.
— Quais planos?
— Tem alguém querendo pagar muito bem por você. –ele sorrir sarcástico.
— Acontece que eu não estou à venda!
— Eu não me importo com o que você acha ou deixa de achar!
— Você não precisa de dinheiro! Você é rico.
— Era.
— Como conseguiu acabar com sua fortuna?
— Isso não lhe diz respeito! Você será minha porta para voltar a ter dinheiro Melissinha.
— Não faça isso, eu sou sua filha!
— Não é Melissa! Descobri que não sou seu pai! Aquela v*dia que você chama de mãe me enganou a vida inteira, mas ela já teve o que merece.
— O que fez com minha mãe?!
— Bati nela, bati tanto que nem sei se ela está mais viva.
— Onde está minha mãe?!
— Eu não sei, mandei ela ir embora e agradeça por eu ter deixado ela viva.
— Você é um monstro! Eu te odeio, eu te odeio muito!
— Isso não me importa nenhum pouco, ainda mais agora que sei que não é minha filha me importa muito menos.
— Eu não quero saber de você, eu só quero saber onde está a minha mãe!
— Você vem comigo sua v*dia! Você é igual a sua mãe! Dando pra esse cara só porque ele é rico e te dar boa vida.
— Você quem me casou com ele seu louco!
— Pior erro da minha vida, mas agora arrumei um bom negócio pra você, pensando bem poderia pedir dinheiro a esse otário que você chama de marido.
— Ela me chama de marido porque eu sou o marido dela! Tire suas mãos da minha esposa ou não respondo por mim. –me sinto aliviada por ouvir essa voz, Christopher me puxa para os seus braços me abraçando e eu choro. — Vá para o carro Melissa, Pablo está lá.
— Eu não vou te deixar aqui com ele.
— Não se preocupe querida, só quero ter uma conversa com ele.
— Não tenho nada para falar com você seu merda!
— Só vou lhe dar um aviso, fique longe da Melissa, se ousar se aproximar dela mais uma vez eu não respondo por mim!
— Está me ameaçando?
— Estou lhe avisando para não se aproximar mais da minha esposa.
— Deveria me agradecer, eu te dei essa p*tinha de mãos beijadas, você foi o primeiro a desfrutar dela, mas tenha cuidado, daqui a pouco ela te faz de corno, ela é uma p*ta igual a mãe dela.
— Onde está minha sogra?
— Espero que já esteja no inferno.
— Onde está minha mãe?! –grito e parto para cima dele, mas Christopher me puxa de volta. — Diga onde está minha mãe?!
— Espero que esteja morta! Aquela v*gabunda merece isso.
— Não fale assim da minha mãe!
— Vamos embora Melissa, não vale a pena perder nosso tempo aqui, nós vamos achar sua mãe.
— Vocês ainda vão ouvir falar de mim e quem sabe eu não pegue essa p*tinha de volta, agora que sei que não é minha filha não será pecado comer ela.
Nessa hora Christopher bufa de raiva, se vira e vai em direção ao homem que achava ser meu pai e dar uma soco nele, o mesmo cai no chão e Christopher o chuta nas costelas.
— Nunca mais fale isso da minha esposa e nem ouse chegar perto dela, seu verme.
— Vamos amor! Por favor, precisamos achar minha mãe.
— Nós vamos achar, fique calma.
O homem que achei ser meu pai fica caído no chão, enquanto Christopher e eu damos as costas e vamos para o carro.
— Pablo?
— Pois não?
— Localize a mãe de Melissa.
— Ela está machucada, deve estar no hospital. –digo.
— Perfeitamente.
— Nos deixe em casa e se empenhe na busca e mande alguém buscar meu carro. –Pablo assente.
Pablo nos deixa em casa e logo some, ele é bom nisso, em sumir.
— Vou pedir pra Bianca fazer um chá pra você. –ele entra no rumo da cozinha.
Me jogo no sofá e procuro meu celular dentro da bolsa para poder ligar para minha mãe, mas infelizmente o celular dela só dar desligado.
— Aqui querida, beba o chá, logo teremos notícias da sua mãe. –bebo o chá, camomila, está bem forte e doce.
— Como sabia onde eu estava?
— Estava indo te buscar, queria fazer uma surpresa e te levar na sua primeira aula de direção, mas logo Pablo me disse que tinha saído a pé sozinha, mas que lhe viu com seu pai e voltou para o carro, ele já ouviu umas poucas e boas por isso.
— Ele não teve culpa, ele até se ofereceu para me levar, eu é que não quis, Pablo não tinha como saber que aquele homem estava transtornado.
— Ele teria que ficar por perto a todo momento.
— Ele não teve culpa, achou que eu estava segura, afinal estava com o meu "pai".
— Mesmo assim, o trabalho dele é estar com você o tempo todo.
— Ok.
— Por que não foi com o Pablo?
— É muito perto, achei que não teria problema ir andando.
— Não faça mais isso Melissa, por favor! –ele me abraça com muita força.
— Desculpa amor.
— O que importa é que você está bem querida, não quero que nada se ruim te aconteça, eu amo você Melissa.
— Também amo você Christopher.
— Não quero você andando sozinha, a partir de hoje só com alguém da segurança, Pablo ou comigo.
— Tudo bem Chris, vou tomar um banho.
— Vá querida e tente descansar, eu vou ajudar Pablo a localizar sua mãe.
— Obrigada amor.
— Amo você Melissa.
— Também amo você. –dou-lhe um beijo.
Após o beijo ele acaricia meus lábios com o polegar e olha no fundo dos meus olhos.
— Não leve em consideração nada do que aquele homem falou tudo bem? Você para mim é a melhor coisa que me aconteceu, antes de você minha vida era vazia e sem sentido, você trouxe luz para minha vida Melissa.
— Eu digo o mesmo Chris, muito obrigada por tudo.
— Não precisa agradecer querida, sou seu marido e cuidarei de você. –ele me abraça.
— Senhor? Desculpe. –Pablo nos olha meio constrangido.
— A localizou Pablo?
— Sim, ela está na casa da irmã.
— Perfeito Pablo.
— Obrigada Pablo. –digo.
— Você vai descansar querida, Pablo e eu resolvermos isso.
— Eu quero ver minha mãe Christopher.
— Você verá meu amor, mas não gostaria que a visse assim, vou levá-la ao hospital.
— É minha mãe Christopher! Eu vou e pronto.
— Teimosa! Vamos de uma vez.
Pablo nos leva a casa da minha tia e ela logo corre para me abraçar.
— Mel. –ele me abraça chorando.
— Oi tia Dulce.
— Aquele monstro quase mata sua mãe.
— Por que não a levou ao hospital?
— Ela não quis Mel.
— Onde ela está?
— No quarto, venham podem entrar.
Olho para minha mãe e fico horrorizada, os olhos estão inchados e roxos, bem como tem hematomas por todo o corpo, os lábios também estão muito inchados.
— Me perdoa Mel. –ele fala gemendo de dor.
— Não mãe, não tem que me pedir perdão.
— Eu te fiz ter uma vida horrível, por medo do seu pai.
— Ele não é meu pai!
— Ele te contou?
— Contou e mesmo que não tivesse contado e mesmo que ele fosse meu pai de verdade, depois do que ele fez com a senhora e das coisas que ele disse para mim ele morreu, não quero mais saber dele.
— Desculpa por ter mentido filha.
— Tudo bem mãe.
— Já chamei uma ambulância, melhor nós não mexermos nela. –Christopher diz.
— Obrigada amor. –ele vem para perto de mim e passa o braço pela minha cintura.
Alguns minutos depois a ambulância chega e dois paramédicos examinam minha mãe e a colocam na maca.
— Nós seguiremos você. –Christopher diz.
Ao chegarmos no hospital minha mãe entra e eu fico na recepção junto com Christopher, Pablo fica em pé um pouco distante de nós.
— Sua mãe vai ficar bem querida. –Christopher diz e beija o topo da minha cabeça.
— Familiares de Katarina Albuquerque. –um médico chama.
— Aqui. –digo e Christopher e eu nos levantamos. — Sou filha dela e esse é meu marido. –Christopher aperta a mão do médico.
— Então, sua mãe está bem na medida do possível, fizemos exames e nenhum órgão vital foi atingido, em compensação ela fraturou duas costelas e quebrou o braço, e também tem fraturas em alguns dentes.
— Obrigado. –meu marido agradece, pois eu fico sem palavras.
— Eu os aconselho a denunciar quem fez isso com ela, se quiserem posso acionar a polícia.
— Obrigado doutor, pode deixar que eu cuido disso. –Christopher diz.
— Tem certeza?
— Sim, obrigado.
— Podem entrar para vê-la.
— Quer que eu vá com você querida?
— Eu gostaria de entrar sozinha, você se incomoda amor?
— Não meu bem, pode ir ver sua mãe, te espero aqui fora.
— Obrigada amor. –dou um selinho nele e entro para ver minha mãe.
— Demos um calmante para ele dormir, ela estava muito nervosa.
— Ela está bem mesmo doutor?
— Está sim, depois a leve ao dentista para ver a questão dos dentes, mas no geral ela está bem.
— Obrigada doutor, posso ficar com ela?
— Até pode, mas ela provavelmente só acorda amanhã, seria melhor ir para casa e amanhã a senhora volta, caso haja alguma mudança nós ligaremos.
— Eu gostaria de ficar.
— Se a senhora prefere pode ficar, mas ela não vai acordar agora, como eu disse provavelmente só vai acordar amanhã.
— Ok, obrigada doutor. –ele assente e sai do quarto.
Acaricio os cabelos da minha mãe, ela está tão machucada, está com o braço enfaixado, não sei como um ser humano pode fazer isso com outro.
A questão agora é, quem será meu pai?
Eu gostaria de conhecê-lo, talvez ele seja uma boa pessoa, bem melhor que esse monstro que acreditei ser meu pai a vida inteira.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
iranete teofilo
Ele tem que pagar por tudo que fez com ela. Tem que ser preso, pra virar vadia dos presos todos os dias e apanhar todos os dias também. E vamos vê, se ele é tão macho mesmo, quanto foi aqui fora com a esposa e a filha dele. Será que ele é esse machão todo, como ele quer aparecer?
2025-03-01
6
Solaní Rosa
esse homem é um escroto miseravel tinha que tá preso
2025-03-05
1
Gedalva
Esse monstro tem que pagar pelo que fez e disse 🤬🤬🤬
2025-03-29
1