O beijo da Sereia

Os dias com a doce Melissa têm sido muito animados. Com ela não existe rotina, do nada ela está armando um café da manhã no jardim, no outro está escutando suas músicas altas e dançando pela casa.

Eu apreciava muito o silêncio, mas agora sinto falta quando chego em casa e está tudo calmo, essa menina trouxe alegria para minha vida, algo que eu pensava que não era possível, não que eu fosse triste, mas eu sempre fui mais do silêncio, da calmaria. Não era muito de sorrir e agora a qualquer simples gesto que ela faz já estou sorrindo feito um bobo, não sei o que está acontecendo comigo. Só sei que é algo bom e eu não quero que isso acabe.

Como prometi, consegui uma vaga na faculdade de medicina para ela, nunca vi uma pessoa tão empolgada, parecia uma criança quando ganha o tão esperado presente de natal.

Nós não tivemos nada ainda, não por falta de vontade, minha claro, pois estou louco para tê-la em meus braços, mas sinto que ela não quer, ou não estar pronta e eu não quero que seja assim. Quero que seja algo especial para ela.

Mas que droga eu estou pensando?

Não sei, só sei que ela está fazendo o que nenhuma fez, está me mudando e devo confessar que estou gostando disso.

Até em meu trabalho estou rendendo muito melhor, até porque comandar isso tudo não é fácil, mas não é atoa que somos a melhor empresa em tecnologia do país, não é a troco de nada, é tudo graças ao meu esforço e também de meus funcionários que dão tudo de si.

Chego em casa quase ao anoitecer depois de um longo dia de trabalho, precisei ficar até mais tarde, para terminar o grande projeto que estamos desenvolvendo para o governo, por sorte hoje finalizamos e vamos apresentar em breve para a aprovação deles.

Entro em casa e encontro tudo em silêncio Melissa deve estar estudando, só assim para ela fazer silêncio, ela é uma moça muito inteligente e esforçada.

— Regina? –chamo da sala.

— Senhor?

— Onde está Melissa?

— No quarto.

— Ok.

— O jantar já está quase pronto senhor.

— Ok, obrigado.

Deixo minhas coisas na mesinha de centro e subo para o quarto de Melissa, todos os dias têm sido assim, quando ela não está fazendo arte pela casa, eu subo até seu quarto para falar com ela.

— Entra. –ela diz quando bato na porta.

— Boa noite Melissa.

— Boa noite, como foi seu trabalho hoje? –ela me faz a mesma pergunta todos os dias.

— Cansativo, e seu dia como foi?

— Muito bom, tive muitas aulas, aprendi muitas coisas, esse curso é incrível, da maneira que eu imaginei que fosse, muito obrigada por isso.

— Que bom que está gostando. –ela me fita com seus lindos olhos azuis como se sentisse culpa. — O que foi? Por que está me olhando assim?

— Eu gostaria de pedir desculpas.

— Por qual motivo?

— Por eu ainda não ter cumprido minha parte do acordo. –ela se endireita na cama e seu vestido acaba subindo um pouco, me dando uma linda visão de suas coxas.

— Vai no seu tempo Melissa.

— E se chegar ao nosso prazo de seis meses e eu não tiver conseguido você ainda vai me dar o divórcio?

— Eu tenho palavra Melissa.

— Nem se eu não tiver cumprido minha parte?

— Você vai Melissa. –digo e olho para a seus lábios rosados e carnudos, eles são um convite.

Me agacho entre suas pernas, já que ela está sentada na cama, para ficar de sua altura e olhá-la nos olhos, uma de minhas mãos vai para sua cintura e outra afasta seus cabelos, e acaricia sua face, que é tão macia, tem um toque tão aveludado.

Ela umedece os lábios e isso me faz não pensar mais em nada, tomo seus lábios e a beijo com vontade e de verdade, pela primeira vez. Não encontro resistência nenhuma de sua parte, ela me beija com a mesma intensidade que a beijo.

Encerro o beijo, mas com gosto de quero mais, eu queria nesse momento tirar sua roupa e fazê-la minha, mas não posso, não assim.

— Guarde suas coisas, vamos jantar daqui a pouco, vou só tomar banho. –digo e saio de seu quarto.

Vou direto para o meu, me livro das roupas e decido tomar um banho frio, para acalmar meu amigo aqui de baixo que está pulsando de vontade de estar dentro dela.

Hoje terei que sair para ver Débora, já que não a trarei aqui, por questões óbvias, mas preciso me acalmar, faz muitos dias que não g*zo e é disso que estou precisando, nunca fiquei tanto tempo sem sexo, tudo culpa da doce Melissa que não me faz pensar em outra coisa senão tê-la entregue em meus braços.

Visto uma camisa preta de mangas médias e uma calça de moletom azul escuro, e desço as escadas.

Já na sala de jantar espero por Melissa, que logo chega.

Ela também tomou banho e trocou de roupa, está usando outro vestido, ela gosta muito de usá-los e eu sorrio, por pensar na facilidade que um vestido trás, é só levantá-lo e pronto, esse simples pensamento faz meu p*a dar sinal de vida.

Definitivamente preciso g*zar, e será hoje!

Nosso jantar é silencioso, o que é estranho, pois ela sempre conversa muito, me desafia, mas hoje está calada, provavelmente foi por causa do beijo.

Decido não perguntar nada, apenas a deixo em seu mundo e como em silêncio.

— Vou ter que dar uma saída Melissa, boa noite. –digo quando termino de comer, ela mal tocou na comida.

— Aonde vai?

— Dar uma volta e esfriar a cabeça.

— Vai encontrar com alguma mulher?

— Por que está me fazendo essa pergunta?

— Porque sei que tem alguém em sua vida, só queria saber se vai vê-la.

— Sim Melissa, há alguém em minha vida e já te falei isso, também já disse que nosso casamento é um acordo, você não me quer Melissa, preciso encontrar quem queira.

— Você gosta dela?

— Gosto Melissa, não fico com quem não gosto.

— Está apaixonado por ela?

— Não!

— Você a ama?

— Não! Já lhe disse que não acredito nisso, fico com quem me faz bem e é isso.

— Você gosta de mim?

— Gosto Melissa, mas você não pode me dar o que eu quero e vou respeitar isso, pode ficar tranquila, você não será tocada por mim outra vez, a menos que peça por isso. Agora eu preciso ir, vá descansar que amanhã você tem aula, boa noite Melissa.

Subo as escadas para me trocar, visto uma camisa preta, uma jaqueta da mesma cor, calça jeans azul escuro e um sapatênis também preto.

Mando uma mensagem para Débora pedindo para me encontrar no barzinho que vamos algumas vezes, ela me responde na hora e de imediato aceita meu convite, apesar do contato ela não é obrigada a nada, quando ela não pode ou não quer ela não precisa ficar comigo.

Não gosto que fiquem comigo por obrigação, é por isso que não toco em Melissa, pois sei que ela está comigo por obrigação, por causa de seu pai.

Toda essa história do acordo que fiz com ela, foi apenas para ajudá-la, até porque se não fosse eu, seria outro e com certeza esse iria querer cobrar seus direitos de marido, e essa moça não merece passar por isso.

Desço as escadas e encontro Melissa sentada no sofá, está linda, parece um anjo, concentrada lendo um livro.

— Deveria ir dormir Melissa. –digo.

— Você também! –sorrio de seu atrevimento.

— Eu sou o adulto aqui. –digo para irritá-la.

— Muito engraçado! Também já sou adulta.

— Mas eu sou mais velho. –ela me olha com raiva.

— Vai de uma vez! Está me desconcentrando.

— Tá! Eu vou, espero que quando eu voltar já esteja dormindo.

— Volta hoje ainda?

— Volto.

— Hum.

— Boa noite Melissa.

— Boa.

Saio de casa, mas minha vontade é de ficar aqui, nem que seja olhando para ela concentrada lendo seu livro.

Não sei que droga está acontecendo comigo!

Dirijo até o barzinho e quando entro já avisto a bela morena que me espera, ela sorrir quando me ver. Débora é uma mulher muito bonita, do tipo mulher fatal, na cama então, nem se fala, uma das melhores que já tive.

Esse barzinho é privado, já que não posso ser visto com ninguém, pois agora sou casado.

Quando venho aqui sempre fico em uma sala privada, separado dos outros clientes, já que sou sócio aqui tenho essa regalia.

— Pensei que tinha se esquecido de mim. –ela diz.

— Andei meio ocupado.

— Ocupado com a esposa? Por isso não me procurou mais. –sorrio.

— Trabalho meu bem, estou tento muito trabalho.

— Como vai o casamento?

— Bem, mas não vim aqui para falar do meu casamento. –vim para tentar esquecer, penso.

— Sobre o que quer falar então?

— Seu dinheiro já está na sua conta.

— Sim, eu vi, obrigada, já que está me pagando por nada, não me procurou mais.

— Temos um contrato meu bem, até o final dele você tem direito ao seu pagamento.

— Eu preferia ir a sua casa como antes, sinto falta do meu quarto lá.

Débora sempre ia para minha casa ficar o final de semana, mas não dormíamos na mesma casa, ela tinha um quarto para ela.

— Agora não dar, você sabe.

— Sim.

— Termine sua bebida e vamos para o meu outro apartamento.

— Ok. –ela termina a bebida rapidamente.

Saio primeiro, eu vou em meu carro e ela no dela, que foi presente meu, gosto muito de agradar as mulheres que estão comigo.

Já no apartamento sento no sofá e Débora monta em meu colo e começa a beijar meu pescoço, depois minha boca, acaricio seu corpo e ela geme em minha boca.

Ela começa a tirar a roupa e eu observo, é muito bonita e sensual. Completamente nua ela monta em mim outra vez e eu aperto sua b*nda com vontade.

Mas quem disse que meu p*u dá sinal de vida? Isso é uma maldição!

Nunca havia acontecido isso comigo antes e isso não é papo de homem, é um fato, isso realmente nunca tinha acontecido comigo.

— O que está acontecendo com você ceo? Te desconheço.

— Não sei, eu vou embora, pode ficar se quiser, quando sair deixa a chave na portaria.

— Não vai ficar comigo?

— Não. –digo e a deixo sentada no sofá me olhando confusa. — Te ligo depois.

— Ei, tá tudo bem Chris, não tem problema, pode ficar, vamos beber alguma coisa e conversar.

— Não Débora, estou indo para casa, depois ligo. –digo saíndo do apartamento.

Estou p*to, hoje queria extravasar minha raiva f*dendo, mas nem isso consegui.

Deve ser o beijo daquela sereia que eu tenho em casa, esse beijo valeu mais que mil palavras.

Não sei que droga está acontecendo comigo!

Quando chego Melissa não está mais na sala, subo até seu quarto onde a encontro dormindo tranquilamente, usa um de seus pijamas comportados e isso me faz sorrir.

Eu jamais mais vou te abrigar a nada doce Melissa, comigo está segura.

Dou um beijo em sua testa e saio de seu quarto, com a certeza de que essa menina está entrando em meu coração da forma que eu não queria.

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