[...]
No momento em que Amara e o vampiro submisso, estavam há alguns passos do enorme portão, um barulho alto de ranger de engrenagens foi ouvido, o portão se elevou, e eles adentraram ao pátio do castelo.
Era uma visão de encher os olhos, havia grandes torres, pequenas janelas e algumas canhoneiras, assim como os muros, as paredes do castelo eram todos de pedra, com toda a certeza se tratava de uma construção de vários séculos.
No enorme pátio de paralelepípedos, havia uma fonte com a estátua de uma gárgula no centro e água jorrava do interior da sua boca, era algo um tanto quanto peculiar, e logo atrás da fonte havia uma pequena escadaria que dava acesso à porta principal do castelo.
Assim que a jovem forasteira se aproximou da porta, elas abriram-se, e o ranger das suas dobradiças ecoaram no interior do enorme castelo. Amara ficou impressionada com o interior da antiga construção, havia vários quadros pendurados nas paredes, o enorme lustre possuía uma iluminação fraca, um enorme tapete vermelho cobria toda a grande escadaria que se ramificação em duas direções. Ela ainda observava a escadaria quando a figura de um homem de pele clara e corpo esbelto, começou a descer os degraus, os seus passos eram lentos e majestosos, ele era munido de grande beleza, os seus cabelos negros estavam alinhados, as suas sobrancelhas eram grossas e bem desenhadas, elas davam o contraste perfeito aos belos olhos azuis turquesa do homem, o seu nariz era longo e fino, a sua barba cerrada realçava ainda mais os seus fortes traços masculinos.Amara não pôde deixar de notar uma certa semelhança entre ela e o homem.
— O que uma estranha faz no meu castelo?
Perguntou o homem de voz grave e fria, enquanto analisava a garota a sua frente.
— Acredito que você seja a pessoa a qual eu procuro, meu tio.
— Tio? Isso é alguma piada?
Uma chama de ódio ardeu no peito de Vicent, ele aproximou-se da garota a sua frente de maneira tão rápida que Amara nem percebeu, ela só pode sentir quando o seu tio agarrou o seu pescoço com força e a elevou do chão, o seu aperto era intenso, e Amara começou a buscar por ar, o seu rosto estava vermelho e o seu corpo se debatia. Numa tentativa de misericórdia Amara pediu num sussurro que Vicent a libertasse, mas ele intensificou ainda mais o seu aperto.
A garota olhou no fundo dos olhos do vampiro a sua frente e ordenou que ele a libertasse. Vicent afrouxou o seu aperto e ficou em transe por alguns segundos, enquanto Amara tossia de forma descontrolada. Quando Vicent voltou aos seus sentidos, ele constatou algo irrefutável, a garota a sua frente havia controlado a sua mente. Ele ficou em completo estado de choque, pois o único vampiro que já possuiu o poder de controlar a mente, havia sido Augustus Moriarty, seu pai.
— Você? você controlou a minha mente?
Perguntou o homem com um tom de incredulidade.
— Eu sinto muito por isso, foi a única maneira que eu encontrei de fazer com que você me soltasse. Respondeu Amara ainda com dificuldade.
— Somente um Moriarty tem poderes especiais, é isso que nos diferencia dos outros vampiros. Explicou Vicent.
— Eu disse a verdade quanto a ser sua sobrinha. Respondeu a garota enquanto ainda sentia, uma forte dor em sua garganta.
— Quanto a isso não me resta nenhuma dúvida, por qual motivo eu nunca soube da sua existência? E porquê Katherine manteve isso em segredo enquanto esteve viva?
— Tio Vicent, eu não sei o motivo, eu soube a poucos dias que sou filha da Katherine, até então eu acreditava pertencer aos lobisomens.
— Lobisomens? Você viveu todo esse tempo com aqueles pulguentos? Perguntou Vicent com uma cara enojada.
— Como eu disse, eu passei a minha vida acreditando pertencer a eles. E eu esperava que o senhor pudesse dizer-me, o motivo de eu não ter sido criada junto a minha verdadeira família.
— Imagino que o fato de você ter vindo até aqui, é, que eles descobriram a sua verdadeira identidade, estou certo?
— Sim, e eu não tenho nenhum outro lugar para ficar.
— Entendo, e quer saber? Todo esse assunto está me dando dor de cabeça. Você é uma Moriarty e tem todo direito de morar nesse castelo. Você pode subir as escadas e virar no corredor a sua direita, no final dele a esquerda há um quarto, ele pertenceu a Katherine e você pode se acomodar lá. Explicou Vicent sem paciência, afinal, ele estava chateado por Katherine ter escondido dele um assunto delicado.
— Eu, eu vou ficar no quarto que pertenceu a minha mãe? Perguntou Amara com a voz embargada.
— Sim, e não se sinta tão animada, o quarto esteve trancado por muitos anos e tudo foi mantido do mesmo jeito que Katherine deixou. Aquele lugar está uma verdadeira sujeira.
— Eu não me importo em limpar tio Vicent, Obrigada! Agradeceu a garota com lágrimas no rosto.
— Por favor, chame-me somente de Vicent, eu ainda não me acostumei com a idéia de você ser minha sobrinha.
Já está tarde, se estiver com fome vá até cozinha e coma alguma coisa, se estiver com sede, tem uma geladeira de armazenamento de frios, tem algumas bolsas de sangue lá, pegue somente o necessário para saciar a sua sede.
— Obrigada, mas comi no caminho, e uma velha amiga me deu uma garrafa térmica com um pouco de sangue.
— Então você já pode ir para o seu quarto, e tente fazer o mínimo de barulho, tenho ouvidos sensíveis. Falou o homem sem nenhuma emoção na voz.
— Pode deixar, não vou incomodar.
[...]
Assim que Amara subiu as escadas e seguiu as instruções do seu tio, ela deparou-se com uma antiga porta de madeira, sua maçaneta era redonda e dourada, no momento em que ela a girou, um som estridente de dobradiças secas ecoou no corredor e no interior do quarto. Amara observou tudo com grande emoção, todos os móveis estavam cobertos com lençóis brancos e empoeirados, havia teias de aranhas em todo o cômodo, nas janelas do quarto havia tanta poeira que era impossível enxergar do outro lado. A garota estava sentindo-se exausta da viagem, afinal, ela havia caminhado por horas, e como já estava tarde da noite, ela optou por não limpar o quarto naquele momento. Então ela somente removeu o lençol que cobria a enorme cama de madeira, bateu um pouco a poeira e jogou seu corpo cansado no enorme colchão, ela acariciou cada centímetro dele, enquanto ela acariciava o colchão, uma lágrima solitária rolou por sua bochecha, ela nunca imaginou que, sentiria a falta de alguém que ela nem mesmo chegou a conhecer, e que esse sentimento de saudade, pudesse causar tanta dor. E nesse momento uma pergunta surgiu em seu coração, como Katherine havia morrido?
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Marcielly aparecida lopes
to amando essa história super interessante
2024-05-14
1
Maria Luísa de Almeida franca Almeida franca
e verdade
2024-04-03
0
Fernanda Figueiroa
a mãe dele teve um caso com um lobisomem . e ela é a pessoa destinada o pai não sabia da filha e ela é a primogênita. filha do grande amor da vida dele kkkkk
2024-02-11
1