Cap. 6

...Alfa Brandon...

— Brandon, o que está acontecendo com você cara? tenho te notado distraído desde o dia em que cheguei no castelo real. Questionou Linkon , seu Beta.

— Eu não sei o que está acontecendo comigo Linkon, não me sinto a vontade desde o dia em que cheguei nesse lugar.

No momento em que respondia os questionamentos do meu Beta, senti um aroma familiar no ar.

—Você consegue sentir?

— Sentir o quê Brandon? Eu não farejo nada.

Respondeu Linkon enquanto farejava o ar.

— Ela está aqui.

— Ela quem cara?

— A corça. Eu consigo sentir o seu perfume de lavanda.

— Corça? Lavanda? Que papo é esse Brandon?

Ei, aonde você está indo cara?

— Atrás dela.

— Você só pode ter enlouquecido.

[...]

— Ao que parece estamos destinados a nós esbarrar.

— Alfa Brandon?

Me assustei de tal maneira, que acabei derrubando a caneca de café que estava em minhas mãos.

—Precisa de ajuda garota? Perguntou Linkon.

— Não, obrigada! Posso recolher isso sozinha.

— Me chamo Linkon, sou o Beta do Brandon.

— O meu nome é Amara, prazer em te conhecer, se me derem licença preciso me retirar.

— Aí Brandon, quem é essa garota?

— Aluna do último ano da academia, eu não a conheço, só sei que existe algo de errado com ela, não consigo te explicar agora.

— Sendo assim, é melhor irmos até a fronteira, precisamos analisar o perímetro.

[...]

...Amara Follen...

Eu não entendo essa sensação que o Alfa Brandon me causa, a dor que eu sinto em meu peito sempre que ele está perto é esmagadora, acredito que isso seja um sinal para me manter longe dele, já tenho muitos problemas não resolvidos para procurar mais um.

— Filha, vai a algum lugar?

— Vou desenhar alguns pássaros, sinto-me entediada nesse castelo.

— Tudo bem, só não vá muito longe.

— Não se preocupe, estarei aos arredores.

Eu sempre tive a arte como um passa tempo, sempre me ajudou a acalmar meus pensamentos. Depois de caminhar um pouco, instalei o meu tripé e coloquei minha tela em branco sobre ele, peguei meu pedaço de carvão, e comecei a fazer alguns esboços, de repente, senti uma forte pontada em minha cabeça minha visão ficou embaçada, e senti minha mão se mover rapidamente sobre a tela, passados alguns minutos minha visão voltou ao normal, fiquei em choque quando os meus olhos passaram sobre a tela, eu havia desenhado um enorme lobo negro e enquanto eu o analisava senti que estava faltando algo, peguei um pouco de tinta com meu pincel e comecei a dar vida aos seus olhos, não precisei de muito tempo para dar vida ao enorme lobo negro, seus olhos agora estavam pintados em tom verde esmeralda envolto de um círculo dourado, seus olhos eram tão intensos que me vi hipnotizada por eles, seria mesmo possível existir um lobo com a aura tão dominante quanto este?

— Amara?

Finalmente te encontrei.

— Mia? O que fazes aqui?

— Eu vim te buscar para irmos a uma festa.

O que você está escondendo aí?

— Nada de mais é só uma pintura.

E que festa é essa?

— Alguns veteranos resolveram dar uma festa no clube da alcatéia e eles convidaram toda a academia.

— Não sei, não estou com cabeça para festa.

— Eu sabia que você iria dizer isso, por isso eu já até liguei para o seu pai, e ele disse que não tem problema algum, desde que você durma na minha casa, ele disse que não quer que andemos sozinha pela madrugada.

— Pelo visto eu não tenho nenhuma escolha não é mesmo?

[...]

— Tem certeza que esse vestido ficou bom?

Acho, que está muito curto, e as minhas costas estão muito expostas.

— Ele está perfeito Amara, e eu tenho a sandália perfeita para você usar com ele.

— Olá garotas, vim buscar vocês.

Uau Amara, você está um espetáculo.

— Viu, até a Kyra concorda.

— Tudo bem, já podemos sair, já estou pronta.

Assim que chegamos a boate, senti vários pares de olhos me fitando, as meninas já foram logo para a pista de dança, como eu não quis dançar, fui obrigada a me sentar no bar pois as outras mesas estavam todas ocupadas, em uma das mesas estava Lina acompanhada de seu grupo de amigas, um grupo de bruxas estava em uma mesa um pouco mais afastada, e as mesas restantes estavam ocupadas por lobisomens, a música estava alta e todos tinham um copo de bebida em sua mão, eu não tinha o hábito de beber, então decidi não me arriscar.

— Posso me sentar ao seu lado?

— Claro.

— Me chamo Max, sou da turma vinte e três, as nossas turmas fazer parte da aula de caça e combate. Apresentou- se o garoto de boa aparência.

— Prazer Max, meu nome é Amara.

—Curtindo a festa?

— Esses ambientes, não fazem muito o meu estilo, mas estou curtindo sim.

...Brandon Scott...

—Aií irmão, valeu por me trazer na festa, sei que não faço parte da academia, mas eu precisava relaxar um pouco.

— Você é meu Beta, deve acompanhar-me em todos os lugares.

— vou buscar algumas bebidas.

Enquanto aguardava meu Beta com as bebida, meus olhos varreram todo o lugar, farejei o cheiro de cada um, não demorou muito para o doce aroma de lavanda me atingir, a procurei no meio da multidão até a encontrar sentada próximo ao bar, conversando e sorrindo, uma irá invadiu meu peito quando notei que ela estava usando um vestido preto minúsculo que deixava suas costas visível para todos, meu lobo rosnou assim que notou um homem sentado ao seu lado.

— Brandon? Finalmente chegou.

— Boa noite! Alfa Lina.

— Venha se sentar comigo, assim te apresento alguns velhos amigos.

— Estou esperando meu Beta,

— Não se preocupe, ele pode muito bem te encontrar.

Eu já não aguentava aquela apreensão toda e aquele imenso desejo de estar perto daquela garota, eu já não estava conseguindo tirar meu olhos dela, assim que a vi se levantar e caminhar em direção aos banheiros, resolvi ir atrás.

— Vou ao banheiro, encontro vocês em alguns minutos. Saí sem dar abertura para nenhum questionamento, fiquei parado no final do corredor no seu ponto mais escuro, esperando a bela corça sair.

[...]

...Amara Follen...

Eu precisava me refrescar, eu precisava aliviar de alguma forma o calor do meu corpo, que ardia feito brasa, assim que consegui estabilizar os meus sinais, decidi que já estava pronta para voltar a festa, assim que passei pela porta e dei alguns passos pelo corredor, senti uma enorme mão me puxar pelo braço de forma brusca me fazendo bater em um enorme peitoral tonificado, parecia que eu havia me chocado com uma rocha petrificada, um perfume amadeirado inundou meu nariz, colocando todas os meus sentidos em alerta, assim que ergui minha cabeça me assustei com a identidade do belo homem.

— Você?

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