Cap.12

...Brandon Scott...

Quando Amara ouviu Brandon se prontificar a leva-la para a enfermaria, ela tentou recusar seu ato de boa vontade, mas Brandon se fez de surdo e a arrastou pelo pulso até chegar na sala que ele ocupava nas instalações da academia, ao ver o olhar confuso dela, ele justificou o motivo de a tê-la levado para sua sala.

— Tenho um kit de primeiros socorros na gaveta da minha mesa, é um ferimento leve, só precisamos lavar a ferida e como você não consegue se recuperar tão rápido como os outros, talvez precise de um curativo.

Agora sente-se enquanto eu te ajudo com isso.

Amara sentou-se de forma obediente em uma cadeira que ficava á frete da mesa de Brandon,ela o analisava em silêncio enquanto ele preparava todo o material para o curativo, quanto tudo estava devidamente preparado Brandon arrastou sua cadeira e a colocou próxima de Amara, ele retirou a camisa de Max que estava enrolada no braço da garota e a jogou na lixeira que estava próxima, ele se sentiu enojado pois a camisa exalava odor de seu dono, enquanto ele limpava a ferida, não suportou a curiosidade em que havia em seu peito e começou a questionar Amara.

— Você é próxima do Max? Não é a primeira vez que te vejo ao lado dele.- Perguntou Brandon com um tom ameaçador em sua voz, quando não obteve nenhuma resposta, ele pressionou a gaze na ferida de Amara, fazendo ela gemer de dor.

— Eu fiz uma simples pergunta será que você pode ao menos responder?

Amara respirou fundo antes de responder, pois tudo o que ela não desejava naquele momento era essa proximidade entre os dois, pois os eventos da noite anterior martelavam em sua mente.

— Eu não o conheço direito.

— Mesmo não o conhecendo você parecia ser bem próxima a ele naquela festa, e hoje vocês também pareciam ser bem próximos.

— Nós não somos próximos, e será que dá para terminar isso mais rápido? Ainda tenho outras aulas.- Respondeu a garota de forma Impaciente.

Brandon ainda tomado pelo ciúme, não se sentiu satisfeito com a resposta que ela havia lhe dado, depois que ele terminou de fazer o curativo, ele puxou a cadeira em que a garota estava sentada a obrigando ficar de frente para ele, Amara se sentiu desconfortável, pois suas pernas acabaram ficando entre meio as pernas de Brandon, ela virou a cabeça para o lado tentando desviar do olhar penetrante que o Alfa a sua frente lhe lançava, Brandon pegou em seu queixo obrigando Amara a olhar em seus olhos, ele se aproximou de seu rosto, e descansou a sua testa na dela, acarariciou a sua bochecha com a pontas de seus dedos , fazendo Amara se arrepiar por inteira, ao ver que seu toque a fazia estremecer, um sorriso de satisfação surgiu em seus lábios, ele inalou a fragrância do pescoço da garota, e sussurrou em seu ouvido:

— Amara, me diz que não estou ficando louco? Assume que você também sente essa química que está rolando entre nós, não tente me dizer o contrário, pois seu corpo está me dizendo que você se sente da mesma forma, eu posso escutar o seu coração se acelerar sempre que me aproximo, eu vejo como sua pele se arrepia ao meu toque.

E antes mesmo que Amara pudesse responder a qualquer pergunta, Brandon a puxou para um beijo exigente, sua língua estava pedindo passagem de forma impaciente, ela tentou afasta-lo de todas as formas mas, acabou sedendo ao beijo, ela sentiu a língua de Brandon explorar cada milímetro de sua boca, seu corpo ardia feito brasa, uma faísca eletrizante percorreu todo seu corpo lhe causando uma sensação gostosa a qual ela jamais havia sentido, quando Brandon finalmente se afastou de seus lábios ela pode notar o quão ofegante ambos estavam.

— Brandon, o que estamos fazendo? Perguntou Amara que estava extremamente ofegante.

— Ainda estou tentado descobrir, Respondeu o Alfa depositando um beijo na testa da garota ofegante a sua frente.

— É melhor você dar um jeito na sua aparência antes de voltar á sua sala.

Amara só entendeu o que Brandon havia dito quando chegou ao banheiro e viu seu reflexo no espelho, seus cabelos estavam desgrenhados e sua boca estava vermelha e inchada.

— Aquele pervertido. Murmurou Amara.

Somente depois de ajeitar os cabelos e lavar o rosto que ela voltou a sua sala.

[...]

...Amara Follen...

Depois das aulas as garotas e eu resolvemos fazer compras no shopping, a Mia estava totalmente animada com o fato de fazer compras, mas Kyra estava distraída e sempre me olhava de canto de olho, talvez ela ainda se sentisse mal pelo o que ocorreu na cabana, mesmo eu dizendo para ela esquecer e deixar o assunto de lado, sentia que ela queria me dizer algo mas no fim não insisti.

— Seu braço ainda dói? Perguntou Kyra com uma pontada de preocupação.

— Sinto uma leve ardência, mas não é nada que eu não possa suportar.

— Amara, você já reparou que desde que a Lina conseguiu um jeito de participar dos treinos, você anda em uma maré de azar? Indagou Mia.

— Sabe, eu não tinha notado isso, mas a Mia tem razão.Comentou Kyra.

— Na verdade, eu nem havia reparado, a minha vida sempre se resumiu a uma maré de azar - Respondeu Amara .

— Amara? Que coincidência encontar você aqui! Exclamou Max com imensa satisfação.

— Oi! Realmente é uma coincidência.

Deixa eu te apresentar, essas são as minhas amigas, Kyra a bruxa mais talentosa que eu já conheci, e essa é Mia a garota mais alto astral que você irá conhecer na vida.

— É um prazer conhecê-las garotas.

Bom, talvez vocês possam me ajudar, com um probleminha.-Falou Max coçando a cabeça em um tom vergonhoso.

— Se estiver ao nosso alcance.

— Eu preciso comprar um presente para o aniversário da minha mãe, e eu não tenho a menor idéia de como escolher um, vocês poderiam me ajudar?

Ao notar o olhar de interesse de Max em Amara, Kyra resolveu que seria melhor que eles fossem sozinhos.

— Bom, nesse caso a Amara pode te acompanhar, ela é a que tem o melhor bom gosto dentre as três. Sugeriu Kyra dando um leve empurrão no braço da Mia, que logo entendeu o que a amiga estava fazendo.

— Eu também concordo que quem devia lhe acompanhar é a Amara.

 Sem escolha Amara aceitou acompanhar o rapaz em busca do tal presente. Depois de andarem em várias lojas eles finalmente encontraram o presente perfeito, Amara havia escolhido uma pulseira que chamou a sua atenção no instante em que ela viu, imaginou que seria um presente ideal para a mãe do Max, mesmo sem conhecê-la, como forma de agradecimento ele a levou para jantar no restaurante próximo ao shopping e depois lhe ofereceu uma carona até o castelo, pois já estava demasiado tarde.

Assim que Amara desceu do carro, Max se despediu dela com um beijo no rosto, o que a deixou envergonhada, então ela caminhou em direção ao portão, e assim que seu pé pousou no interior do castelo, uma forte mão puxou seu braço, fazendo com ela gritasse com o susto que havia levado.

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