Cap.8

...Alfa Brandon Scott...

— Alfa Brandon, a Amara deveria ter voltado há horas, até quando teremos que esperar para ter notícias dela?

— Cuidado com o tom bruxa.

Já enviei o meu Beta atrás dela, em breve ele voltará com ela.

— Brandon?

— Lincon? Onde está a garota?

— Eu procurei ela por toda a parte, fui até a fonte onde a Alfa Lina disse ter visto ela pela última vez, mas ela não estava no local, eu não consigo sentir o cheiro dela em lugar nenhum.

— Aposto que isso é tudo sua culpa Lina, você deve ter armado para ela.

— Como ousa me acusar sem provas sua bruxa maldita.

— A Kyra tem razão, você deve ter aprontado alguma coisa, afinal você nunca gostou dela.

—Cala a boca, sua ômega inútil, eu já disse que não fiz nada.

— Caldas já chega dessa discussão inútil, estão todos dispensados.

— Mas Alfa, não podemos voltar sem ter notícias da nossa amiga.

— Não se preocupe Mia, vou assumir a liderança da equipe de buscar.

Ela estava sobre minha responsabilidade, prometo que irei trazê-la de volta.

— Vamos Mia, é melhor voltarmos...

— Brandon, posso saber como pretende encontrar essa garota? Ela nem mesmo tem um cheiro, talvez o fato dela não ter sua loba, o seu cheiro tenha se tornado imperceptível para nós.

— Não se preocupe quanto a isso, eu tenho certeza que consigo encontrá-la.

Assim que Brandon começou a dar as ordens para as equipes de busca, a preocupação começou a dar lugar a um sentimento que ele jamais havia sentido na vida, ele começou a se questionar se isso seria medo, e se fosse, quel era o motivo desse sentimento? Seu lobo estava inquieto em seu peito, mal podia esperar para o momento de sair em busca da garota perdida, assim que seu lobo veio a tona começou a farejar em busca de qualquer resquício do perfume de lavanda que Amara exalava, e que de alguma forma, somente Brandon podia sentir.

[...]

Enquanto Amara tentava encontrar o caminho de volta mesmo sem ter nenhum um senso de direção, ela acreditava que seus instintos poderiam levá-la de volta a academia, mal sabia ela que a cada paço que ela dava, ela se aproximava da área mais sombria do bosque ao qual ninguém tinha permissão de entrar durante a noite, o bosque havia se tornado um local perigoso devido aos frequentes ataques dos vampiros. Amara começou sentir que ela já não caminhava mais sozinha naquele bosque escuro, ela podia jurar que existia uma presença sombria que há seguia , mas ela pensou ser somente fruto da sua imaginação, mas os fatos a seguir a fez constatar que seu pensamento estava errado, uma criatura de velocidade impressionante saltou do meio das árvores em sua direção, e no segundo seguinte ele já estava sobre ela cravando as presas em seu pescoço, um grito de horror e medo emergiu de sua garganta, a dor que as presas da criatura causavam em seu pescoço era incalculável, no momento em que ela pensou que seria seu fim, a criatura removeu suas presas e começou a cuspir todo o sangue que havia sugado de seu pescoço, suas pálpebras se tornaram pesadas, pois a criatura lhe havia roubado muito sangue, mas antes de perder o consciência, ela jurou ter ouvido a criatura proferir: SANGUE RUIM.

[...]

Há curta distância do local de onde Amara se encontrava, Brandon começou a sentir o perfume de lavanda que era trazido pelo vento, quanto mais ele o seguia mais intenso esse se tornava, até chegar ao local onde a figura de Amara se encontrava, uma pontada de alívio inundou o seu ser, mas quando ele viu o estado ao qual ela se encontrava se sentiu culpado por não conseguir protegê-la, de forma instintiva ele a pegou nos braços e acariciou seus cabelos, quando seus olhos pousaram nas marcas das presas em seu pescoço, seu semblante se tornou sombrio.

— Brandon, o que houve com ela? Questionou

Linkon enquanto ofegava após a longa corrida.

— Ela foi atacada. Respondeu Brandon cerrando os punhos.

— Atacada? Você quer dizer por...

— Sim, por um vampiro.

...Amara Follen...

O sol já brilhava de forma intensa no quarto de hospital quando acordei, me senti desorientada, não sabia por quanto tempo havia dormido, minha boca estava seca suplicando por água, me sentia confusa por não me lembrar dos últimos acontecimentos.

Assim que a porta do quarto se abriu, meu coração se encheu de alegria por ver meu pai se aproximar, finalmente pude me sentir segura.

— Amara, finalmente você acordou.

— Papai, é muito bom poder te ver, por quanto tempo eu dormi? Parece que já faz uma eternidade .

—Amara, você dormiu por três dias seguidos, você não faz idéia do quão preocupado eu me senti, tive medo de te perder.

— Papai, você não precisa mais se preocupar, olha, eu já estou bem, prometo que nunca mais vou te preocupar assim okay?

— Acho bom mesmo mocinha.

— Com sua licença Gama Lian, sei que é cedo para isso e que a Amara acabou de acordar, mas eu preciso falar com ela a sós.

— Não se preocupe Brandon, eu conheço o protocolo, só te peço que não a canse ela ainda está se recuperando.

— Okay.

— O que você quer saber?

— Primeiro quero saber como se sente?

— Me sinto cansada e confusa.

— Você se lembra do que aconteceu com você naquele bosque?

— A última coisa que eu me lembro, é de estar na academia , participando do treinamento e agora de acordar nesse hospital, acredito que estou aqui por desmaiar outra vez, minha saúde tem se tornado frágil nos últimos dias.

— Entendo, sendo assim,vou deixar você descansar, não se esforce tentando lembrar dos últimos acontecimentos pode lhe fazer algum mal.

Isso é intrigante a Amara não consegue se lembrar do ataque sofrido, talvez seja melhor assim, ao menos ela não ficará traumatizada.

— Brandon? Minha filha te falou alguma coisa ?

— Não, ela não se lembra do ataque, imagino que seja melhor que ela continue a ficar sem saber.

— Concordo, isso só a deixaria assustada.

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