Minutos depois já estamos na faixa de areia da praia, e fico na dúvida se olho para a beleza do mar ou do resort visto daqui, acabo optando pela vista mais natural.
Na parte em que estamos há centenas de pessoas deitadas na areia ou aproveitando a água do mar.
Fico pensando onde poderíamos sentar enquanto olho a nossa volta, ali parece um bom lugar, aponto para um espaço no chão.
Quinlan: Vamos caminhar para lá. Indica a parte da praia que está vazia e percebo que não quer ficar próximo a tantas pessoas.
Amaya: Pode ser também. Digo sem me importar muito, na verdade gosto de variar um pouco as vezes, não tenho preferência no que diz respeito a lugares cheios ou vazios.
Onde estamos agora tem várias pessoas conversando a nossa volta.
Amaya : só acho que independente de onde a gente vá ficar seria bom ter alguma sombra para ficar embaixo, não é bom ficar tanto tempo assim embaixo do sol... Provavelmente vou ter dor de cabeça se o fizer.
Só então me dou conta de que não sei exatamente quanto tempo ele pretende ficar aqui, talvez não fiquemos tempo o suficiente para tanta preocupação de minha parte.
Quinlan olha em volta e tenho a sensação de que ele está pensando no que fazer.
Pouquíssimas pessoas aqui trouxeram algo para poder ficar na sombra, em sua maioria elas estão se aventurando nesse sol quente.
Fico surpresa quando Quinlan tira o celular do bolso e parece estar conversando com alguém. Passo a minha bolsa de uma mão para a outra enquanto penso que seja lá o que for espero que não demore tanto assim.
E é rápido, mais do que imaginei.
Quinlan: Pronto agora podemos ir.
Diz quando um homem com a roupa do hotel vem até nós com um guarda sol enorme em seus ombros e uma toalha que suponho ser para nos sentarmos.
Caminhamos na direção em que Quinlan indicou minutos atrás. Quando finalmente estamos a uns bons metros das outras pessoas ele manda o homem instalar o guarda sol na areia e depois de o fazer também estende a toalha na sombra que se projetou. O homem vai embora depois de Quinlan e eu agradecermos.
Coloco a minha bolsa ali e me sento com ele fazendo o mesmo ao meu lado. Tanto a toalha quanto o guarda sol são bem grandes então ficou um espaço bem confortável para ambos.
Coloco meus braços para trás me apoiando enquanto estico as minhas pernas e contemplo a vista.
Amaya: se a sua intenção era ser fotografado talvez devêssemos ter ficado lá...
Quinlan: Já fomos fotografados, você só estava distraída demais para ter percebido.
Olho para ele, que está sentado de modo que seus joelhos estão um pouco dobrados.
Amaya: eu quase não acreditei quando você chamou um funcionário do hotel para lhe trazer um guarda sol... é meio demais que eles precisem te atender até aqui na praia.
Quinlan: Ele foi contratado exatamente para atender as minhas necessidades... as nossas na verdade.
Amaya: Qual foi, agora vai me dizer que é o dono do resort também?
Quinlan: Não, foi apenas uma das exigências que fiz para poder me hospedar aqui... Eu queria alguém que atendesse aos meus pedidos o mais rápido possível.
Amaya: e você sempre consegue aquilo que quer.
Quinlan: Exatamente.
Quase sinto vontade de rir, e o teria feito se não fosse a expressão séria em seu rosto, talvez ele devesse praticar mais e mostrar que sabe demonstrar outras coisas além de seriedade.
Em um movimento rápido tiro os óculos de sol do rosto de Quinlan e os coloco em mim, só para que eu tenha qualquer tipo de reação sua.
Bom e eu tive, só não foi a que eu esperava.
Quinlan abaixa um pouco a cabeça e fecha seus olhos, penso que provavelmente acabei fazendo besteira. Estendo os óculos para ele de volta.
Amaya: Toma eu não quis... Não sabia que você não podia ficar sem eles.
Quinlan ergue a mão afastando os óculos, não o aceitando de volta.
Quando abre rapidamente seus olhos tenho um vislumbre deles mais escuros, como se tivesse ido para um tom de vermelho em questão de segundos, tudo acontece tão rápido que não tenho exatamente certeza se o que acabei de ver foi real. Foi como um piscar , abrir e fechar as pálpebras rapidamente, o suficiente para fazer meu coração acelerar um pouco.
Quinlan: só preciso me acostumar... Ele diz ainda meio curvado. Quando volta a abrir os olhos confirmo que estão na sua cor natural de sempre.
Quinlan se vira na minha direção, mas devido a sua posição não está olhando exatamente para o meu rosto, seu olhar recai sobre o meu colo e segundos depois tenho certeza de que ele está olhando para os meus seios no biquíni.
Amaya: Não sei se você percebeu mais os meus olhos estão aqui em cima.
Quinlan: Sei disso. Diz e levanta a cabeça junto com o olhar.
Amaya: Então por que ficou olhando aqui pra baixo? O questiono.
Quinlan: Ah pelo amor de... Eu teria que ser cego para não ver os seus peitos praticamente pulando daí.
Fala com uma seriedade tão grande que me deixa chocada.
Viro o meu rosto e ele faz o mesmo.
Quero dizer que eles não estão pulando, mas resolvo não tocar novamente no assunto.
Amaya: Você não me disse que tinha sensibilidade a luz. Falo sem olhar para ele enquanto mordo a perte interna da minha boca.
Quinlan: não sabia que você iria pegar os meus óculos desse jeito.
Amaya: sinto muito por isso... Mas você deveria me contar essas coisas, só para o caso de eu precisar saber... É tão ruim assim?
Quinlan: Apenas no início... depois meus olhos se adaptam a claridade.
Amaya: Nunca pensei que a sensibilidade de um vampiro se encontrava apenas nos olhos...
Quinlan : Não tenho sensibilidade apenas nos olhos, a minha pele também é sensível a luz solar.
Olho para ele meio confusa e com o rosto franzido.
Amaya: Você acabou de ficar uns belos minutos exposto ao sol... Olho para uma parte de sua perna que está fora da sombra. Não me parece que sentiu algum incômodo com isso.
Quinlan: tem haver com a minha alimentação...
Amaya: Explica isso direito.
Ele demora tanto para o fazer que começo a duvidar de uma possível explicação sua.
Quinlan: Naturalmente vampiros são sensíveis ao sol, mas a situação não se agrava quando ele mantém a alimentação correta... O tipo certo de sangue.
Amaya: Que seria?
Quinlan: o sangue animal, se mantermos a nossa alimentação com ele não temos problemas em nos expor a luz do dia... mas quando preferimos o sangue humano temos que optar por uma vida mais noturna, sem exposições.
Isso é tão fascinante e horrível ao mesmo tempo, quer dizer os animais ainda sofrem com isso.
Amaya: E isso sempre se mantém?
Quinlan: Não... Responde em um tom seco. Agora exemplificando já que você não se deu ao trabalho de fazer uma simples pesquisa relacionada a isso, se eu me alimentasse com um pouco do seu sangue nesse exato momento precisaria passar ao menos umas duas semanas sem ter contato direto com raios solares.
Sinto um calafrio ao pensar nisso.
Amaya: você aparentemente anda com frequência de carro, mesmo com os vidros fechados isso não impede a luz de entrar. Faço uma observação no mínimo inteligente, ao menos eu achava quando a elaborei em minha cabeça.
Quinlan: se você ainda não notou os vidros do meu carro não deixam a luz entrar, foram projetados especialmente para isso...os de todos os meus carros, escritório e casa foram feitos dessa forma.
Penso qual é o tipo de tecnologia maluca que faz isso.
Quinlan: E também não costumo me alimentar de sangue humano com frequência o suficiente para ter preocupações.
Amaya: No dia em que foi me buscar em casa você não saiu do carro. Comento lembrando da situação. E também aquele lance de termos entrado na sua empresa pelo estacionamento tem alguma haver com isso não é? Penso numa maneira de falar. Você estava passando por um lance desses de não poder sair?
Quinlan não diz que sim, mas também não nega que o tenha feito.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Fatima Gonçalves
gente que sufoco
2024-10-16
0
Jeanne Maezinha
adorando
2024-10-04
0
Valda Martins
Linda história
2024-09-18
0