O dia do sim 14

     .     Amaya

O juiz já está lá dentro, tomo consciência disso quando solto a respiração que nem sabia estar prendendo.

Quinlan: Já podemos entrar?

Agradeço mentalmente a ele por ter me dado uns minutinhos antes de seguirmos em frente com o plano. Estou muito nervosa e nem ao menos sei o motivo.

Confirmo com a cabeça e no mesmo instante ele segura a minha mão e só depois que sua mão está bem firme na minha abre a porta. Esbanjando o melhor sorriso que consigo forçar entro no cômodo, Quinlan não sorri mas tem uma expressão de contentamento em seu rosto.

Um fotógrafo tira algumas fotos enquanto caminhamos pelo pequeno percurso e paramos enfrente ao juiz.

 A minha esquerda meus país e meus irmãos sorriem para mim e ao lado deles, com alguns centímetros de distância os separando se encontram dois homens altos imponentes e bem vestidos em seus trajes sociais. O mais velho me encara com um semblante sério enquanto o mais novo e o mais alto dentre todos os homens da sala olha para Quinlan com um certo triunfo... Nunca os tinha visto antes, mas se consideramos toda a situação posso deduzir que são parentes do meu quase esposo.

Juiz: Já podemos começar? Pergunta única e exclusivamente para o noivo.

Ele me lança um rápido olhar e então assente, faço o melhor que posso para manter uma boa expressão.

 Tudo acontece muito rápido, a pergunta, a troca de alianças, as nossas assinaturas e as das testemunhas, mal tenho tempo de raciocinar e de repente já estamos casados.

Agora estamos um de frente para outro e eu sei exatamente o que vai acontecer, mais cedo Quinlan disse que me beijaria para que pudéssemos tirar uma foto assim e para que a farsa fosse mantida na frente de meus pais, não sei como me sinto com relação a isso.

Ok, quando Quinlan me puxa para si e aproxima seu rosto do meu eu sinto alguma coisa, ele encara os meus lábios por alguns segundos antes de finalmente beija- los.

Seus movimentos são lentos de início, como se estivesse fazendo um reconhecimento da minha boca, e só quando ele aumenta um pouco a intensidade tomo coragem de retribuir e entrelaçar os meus braços em seu pescoço.

Sinto a minha pele arrepiar, é perfeito, ele me beija como se estivesse saboreando a melhor das sobremesas.

Não é como pensei que seria, e por mais que não goste admitir está sendo mil vezes melhor do que qualquer espectativa que tive, não que eu tivesse tido muitas.

Mesmo estando muito concentrada no beijo uma parte de mim tem consciência dos fleches da câmera e das pessoas ao redor.... Droga as pessoas.

Afasto a minha boca e graças a Deus Quinlan não protesta, acho que ele também percebeu que passamos tempo demais nos beijando.

Um pouco envergonhada ( mais pela presença de minha família do que pelo beijo em si) eu me viro juntamente ao meu atual esposo e pousamos para mais uma dúzia de fotos.

Quando Quinlan finalmente se cansa das fotos vamos até os meus país.

Minha mãe é a primeira a me abraçar.

Mallory: Estou tão feliz por você May. Diz me apertando. Você está tão linda meu bem... Parece uma princesa.

Amaya: Mãe não é para tanto. Digo com um sorriso

Mallory: Mais é claro que é. Diz com os olhos brilhando.

Silas: Meus parabéns... Espero que sejam muito felizes nesse casamento tão inesperado e... Mallory arregala os olhos para ele. Só sejam muito felizes.

Quinlan: Obrigado.

Silas: Amaya é uma boa filha e não tenho dúvidas de que será uma excelente esposa. Diz olhando para mim. Espero que a respeite e trate como ela merece.

Quinlan: Não tenha dúvidas de que o farei. Diz segurando a mão de meu pai.

Benjamin: Parabéns May

Elena: Parabéns... não esqueça da gente.

Amaya: Eu com certeza não irei. Dou um abraço nos dois.

Somente depois dos parabéns de minha família que os dois homens bem vestidos se aproximam e falam alguma coisa.

???: Fico feliz Amaya que finalmente tenha entrado para a família. Diz o homem mais velho ainda com um rosto serio

???: Verdade seja dita, não víamos a hora desse casamento acontecer... Você não sabe o quanto ansiamos por esse momento. Diz o mais novo se aproximando de mim e segurando minha mão.

Sorrio para os dois estranhos e agradeço.

 O que segura a minha mão faz menção de depositar um beijo nela e então Quinlan impede o ato se colocando no caminho, ele lança um olhar mortal para o outro homem antes de me oferecer seu braço.

Quinlan: Vamos, tem um jantar nos esperando. Diz com tranquilidade.

Quando já estamos afastados o suficiente resolvo perguntar.

Amaya: Quem são eles? Pergunto em um tom de voz baixo pois apesar de não saber de quem eles se tratam tenho a absoluta certeza de que são vampiros só pela forma como se comportam.

Somente depois que estamos dentro do carro que nos levará para o nosso jantar de casamento ele se põe a responder a minha pergunta.

Quinlan: O mais velho é Yael Viscontine, meu pai, seu sogro...

Processo a informação. Nas pesquisas que fiz sobre Quinlan na internet em nenhuma das vezes dei muita importância para a sua família, por isso que não reconheci o seu pai e...

Quinlan: E o idiota que teve a coragem de tocar em você é ninguém mais e ninguém menos do que Maximilian Viscontine... O imbecil do seu cunhado.

Amaya: Você não se dá bem com o seu irmão? Pergunto quando o carro começa a se movimentar.

Quinlan: Não muito e espero que não simpatize com ele... Setenta por cento do motivo para estamos casados agora se deve a reputação de merda que ele tem.

Amaya: Então eu já não fui com a cara dele.

Quinlan: De qualquer forma eu o manterei o mais longe possível de você.Diz olhando pela janela do carro

Penso se devo ou não perguntar o exato motivo , no fim das contas deixo o assunto de lado.

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