Amaya
Fui a primeira a chegar e já estou sentada na mesa que foi reservada, olho em volta pelo restaurante me perguntando como aquele pode ser o melhor da cidade. Ele tem uma proposta bem diferente e por isso não é tão iluminado quanto a maioria dos estabelecimentos que vemos por aí, as mesas recebem uma iluminação fraca dando uma privacidade maior aos clientes.
Confesso que estou um pouco nervosa e por isso passo as mãos pelo vestido que escolhi usar essa noite.
Como será que ele é? O pretendente da Tori, o que vou dizer a ele para que não queira um segundo encontro comigo,...com a Tori?
Talvez eu devesse fazer piadas idiotas, muitas delas ou então falar sobre as minhas dificuldades de ser uma garota rica.
" Quando o limite do meu cartão de crédito acaba é como se o mundo tivesse acabado para mim". Digo para mim mesma e percebo o como isso soa ridículo.
Ou então eu deveria bancar a mal educada que não sabe se comportar em um restaurante... não saber que colher pegar, comer com a mão... Pedir para encherem meu prato pois sinto que o meu está muito vazio... já até posso imaginar a reação do estranho...
E é quando estou pensando em como ele reagiria que o vejo sentar na cadeira em frente a mim. Isso...foi tão rápido, como ele...
Eu meio que fico paralisada ao vê-lo na minha frente... Sem reação .
Ele não é como o imaginei, é melhor...umas mil vezes melhor...no mínimo.
É um homem alto, bem mais alto do que eu, e Deus Grego pode ser usado perfeitamente para descrever essa coisa linda que acabou de sentar na minha frente.
Meu Deus...o que eu faço? Não estava preparada para ser intimidada pela beleza de alguém.
Continuo sem reação por mais alguns segundos, olhando para o homem e não sei... De alguma forma ele me parece familiar... será que é algum modelo conhecido?
Quinlan: Quinlan Viscontine. Ele se apresenta, mas não estende sua mão.
Seu nome... Acho que já o vi em algum lugar, mas onde?
Amaya: Você chegou atrasado...vai ser sempre assim? Decido começar com os joguinhos.
Quinlan: Na verdade não... você que chegou mais cedo. Me encara com uma expressão blasé.
Não o respondo... Ele tem razão em dizer que cheguei mais cedo.
Ele continua me encarando, nenhuma emoção aparente em seu rosto e só então percebo.
Amaya: Ah como eu sou distraída, Tori Taylor... Digo estendendo a mão.
Quinlan não retribui o gesto me deixando com a mão parada no ar feito uma idiota, ele pisca lentamente antes de responder.
Quinlan: Não, você não é.
Amaya: Não sou o quê? Pergunto confusa.
Quinlan: Tori Taylor, você não é ela.
Fico um pouco mais nervosa, mas ainda assim ouso responder.
Amaya: Mas é claro que eu sou, como não poderia ser...
Quinlan: Tori Taylor não fala com esse sotaque estranho.
Quero brigar com ele por dizer que a minha forma de falar é estranha, eu já consegui diminuir e muito o meu sotaque... palavras de minha mãe, mas então ele faz uma coisa que eu não esperava, pega seu celular liga para alguém e o coloca para chamar em cima da mesa,...no viva voz para que eu também possa escutar.
Eu reconheço aquele número... droga, não atende, não atende...
Quinlan: Não vai atender Tori? Tem a cara de pau de perguntar.
Amaya : Coloquei meu celular no silencioso e não vejo...
Tori: Alô?? Fala do outro lado da linha.
Quinlan: Srta. Taylor é você?
Tori: Sim sou eu... Quem está falando ?
Quinlan: Desculpa pelo incomodo... Não é com você que eu queria falar. Diz isso olhando bem fundo nos meus olhos e encerra a ligação guardando o celular.
Aff Tori, como você atende uma ligação e confirma sua identidade sem saber quem está do outro lado... Poderia ser alguém mal intencionado.
Eu respiro fundo e me recosto na cadeira, olho para qualquer coisa... menos para Quinlan.
Será que a Tori ainda vai me pagar? Preciso tanto do dinheiro... E foi meio que culpa dela ele ter...
Quinlan: Quem é você?
Amaya: Me chamo Amaya. Falo olhando para as minhas unhas da mão que estão pintadas com francesinhas delicadas... esmaltação que julguei ser perfeita para a ocasião.
Quinlan: Sobrenome?
Amaya: Para que isso importa?
Quinlan: Sobrenome? Pergunta com o mesmo tom autoritário de antes.
Amaya: Castro. Digo voltando a olhar para ele.
Quinlan: Olha não sei o verdadeiro motivo para você estar aqui ocupando o lugar da verdadeira Tori, mas como eu não gosto de perder tempo e ter vindo aqui se mostrou uma verdeira perda de tempo...vou juntar o útil ao agradável.
Amaya: O que você...
Quinlan: Tem namorado, noivo ou é comprometida com alguém?
Amaya: Eu não aceitaria vir até aqui se fosse...
Quinlan: Então você talvez seja de meu interesse...
Amaya: Não estou entendendo... Olho confusa para ele.
Quinlan: Você já vai entender...mas antes não tem nada a comentar?
Amaya: Comentar sobre o quê?
Quinlan: Sobre mim.
Amaya: O que tem você?
Ele aparentemente perdeu a paciência pela forma que me olha.
Quinlan: Não fica assustada de estar aqui comigo?
Amaya: Eu deveria?
Quinlan: Você realmente não sabe quem sou?
Amaya: Você me disse que se chama Quinlan...e eu acredito.
Quinlan: Sou um vampiro. Solta muito do nada.
Olho para as outras pessoas no restaurante, será que estou fazendo parte de uma pegadinha bem grande?
Solto uma risada.
Amaya: Ah para com isso. Digo com um gesto de mão. Não tem graça Quinlan.
Ele deixa seus dentes a amostra e então coloca suas presas para fora.
O coitado do meu coração se esquece por alguns segundos como funciona.
Quinlan: Pensei que você já soubesse o que eu sou... Um vampiro membro da família Viscontine.
Amaya: Eu só não... Engulo em seco. Associei que era você...
Agora que ele falou eu percebi... Tem uma revista lá em casa e Quinlan está na capa... não sei muito sobre ele pois não costumo acompanhar a vida dos vampiros, mas pelo pouco que sei ele é o filho mais velho da Família Viscontine... acho que é ele quem administra a empresa da família.
Meu Deus o que estou fazendo aqui?
Quinlan: Não está com medo? Pergunta tranquilamente.
Amaya: sim eu estou. Digo pois é a verdade.
Quinlan: Você esconde muito bem o seu medo.
Amaya: Obrigada... Eu acho.
O garçom vem atender a nossa mesa e Quinlan pede uma garrafa de vinho.
Eu preciso, realmente preciso de um pouco de álcool em meu sangue nesse momento.
Enquanto eu já tomei uma taça inteira do meu vinho e já estou na segunda Quinlan ainda nem encostou em sua bebida... Fica apenas me encarando com uma expressão séria o que só me deixa ainda mais nervosa.
Ele sai da mesa sem dizer exatamente aonde vai... Não saiu do restaurante, pois não se afastou em direção a porta, durante o tempo em que ele se mantém longe de mim penso a todo o momento em ir embora, em deixá-lo aqui sozinho afinal não temos nada para conversar e ele é um vampiro cara...um vampiro, o medo que senti quando ele disse isso gelou todos os meus ossos.
Por algum motivo decido não fazer isso, e também vai que ele se sinta ofendido e decida vir atrás de mim.
Uns dez minutos depois... muito mais tempo do que achei que levaria para voltar ele se senta de novo em frente a mim... Seus movimentos são tão ágeis, agora eu sei o motivo.
Quinlan: Como você está mais calma... já podemos ir ao que interessa.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 40
Comments
Suna
/Chuckle/
2024-10-15
0
Jeanne Maezinha
claro que não ia dar certokkkkk
2024-10-03
0
Laura Brandão
😂 kkkkk, eu falei que isso ia dá merda!! 🤣🤣
2024-09-25
0