Capítulo 14

Com o rei

Após a retirada e "recusa" do duque, o rei ficou um pouco irritado, não podia acreditar que o duque se recusasse a um compromisso com seu filho e impusesse aquela condição estúpida.

Ele era a pessoa mais importante do reino depois dele, pois seria o futuro rei. Não havia melhor candidato para sua filha (do duque) do que seu filho e ele havia recusado.

O pior para ele, é que não podia obrigá-lo porque mesmo em poder e força, o duque era superior. Ele o preferia como aliado a inimigo e que melhor maneira do que em um compromisso. Isso uniria os laços entre eles e daria ao reino o poder de que precisam para se destacar entre os reinos.

Com esse pensamento, o rei solicitou a presença de seu filho. Ele tinha algo a notificá-lo e era de suma importância.

Ele estava ciente de que havia sugerido ao duque não persuadir sua filha e supunha-se que ele também não o faria, mas não estava disposto a perder esta oportunidade.

Com essa união deixaria de ser o mais fraco dos cinco reinos que compõem o império.

Bom dia, pai, solicitou minha presença.

Disse o garoto entrando no escritório de seu pai, momentos atrás ele estava "conversando com uma garota" e foi interrompido, isso era estranho.

O rei olhou para ele com severidade e o príncipe não entendia o porquê.

Frederico: Rapaz estúpido, até quando você vai continuar sendo um mulherengo, pelo menos você poderia ter limpado a boca antes de vir.

O príncipe passou as costas da mão pelo rosto, percebendo que havia batom.

Desculpe pai, não vai acontecer de novo.

Frederico: Claro que não vai acontecer de novo, caso contrário, nomearei um de seus irmãos como príncipe herdeiro.

Sinto muito pai, vou ter cuidado a partir de agora.

Frederico: É bom mesmo, agora voltando ao assunto, mandei chamá-lo porque já tenho uma noiva para você.

Mas pai...

Frederico: Cale-se e ouça. Trata-se da filha do duque Sebastian, ela é uma jovem muito bonita, em alguns dias será sua festa de apresentação e quero que você a corteje, que pareça apaixonado por ela à primeira vista. Disso depende o nosso futuro, ele é o segundo homem mais poderoso do império, atrás apenas do imperador, sua união com ela, garante que nosso poder cresça e evite o risco de qualquer possível invasão de nossos reinos vizinhos.

Tudo bem pai, eu entendo, mas...

O rei sabia das aventuras de seu filho, que ele gostava muito de mulheres, era como ele. Não era à toa que ele tinha um total de sete concubinas.

Frederico: Eu sei, primeiro fique com ela, depois você pode abrir seu harém e colocar quantas concubinas quiser.

Tudo bem pai, assim farei, serei o homem mais apaixonado do reino.

Frederico: *suspiro* Apenas mantenha suas calças no lugar\, não estrague as coisas\, Fernando.

Fernando: E se tratando dela, eu posso? Pai.

Frederico: Se ela permitir, tudo bem, assim o compromisso seria mais fácil.

Após a conversa, o rei e o príncipe tomaram uns drinques para brindar ao seu novo propósito. Assim que terminaram, o príncipe se retirou para terminar o que havia começado antes de ser interrompido.

No ducado.

O médico havia chegado, felizmente as queimaduras foram leves e tudo graças ao poder de cura que Sol tinha. Ninguém podia acreditar que sua recuperação fosse tão rápida.

Eu sei que vocês vão dizer que não foi nada demais, mas uma queimadura, por mais leve que seja, sempre leva alguns dias para melhorar.

Após o exame, o duque desceu, parecia um touro prestes a atacar sua vítima.

Sandra: Pai, foi um acidente, ela veio correndo, eu juro.

Sandra e Marcela tremiam, o rosto de Sebastian parecia o de um serial killer.

Sebastian: Marcela, que educação você está dando para sua filha, não é a primeira vez e que coincidência, todos são acidentes onde Sol é a culpada pelo que acontece, parece que minha filha é uma idiota que nem sabe andar.

Marcela: Amor, foi realmente um acidente, ela desceu correndo e eu não parei a tempo, mas não se preocupe, eu vou me certificar de discipliná-las.

Sebastian: Discipliná-las? Eu não estou pedindo para você disciplinar Sol, eu conheço minha filha, por isso paguei pela melhor educação para ela, cuide de educar sua filha ou eu as mandarei embora.

Ambas as mulheres empalideceram, primeiro pelo tom que o duque estava usando e depois pela ameaça de mandá-las embora.

Marcela: Eu entendo, amor, não vai acontecer de novo.

Sebastian: Pare de me chamar de amor, chame-me pelo meu título, duque.

Marcela apertou os dois lados da saia e respondeu.

Marcela: Assim farei... duque.

Maldito, acho que ele se lembra de tudo e sabe que nunca nos casamos ou melhor, não com o consentimento dele, como fui estúpida em não dar a poção para ele e confiar em mim mesma, agora tenho que encontrar uma maneira de fazer isso ou matá-lo, assim ela seria a dona de tudo.

O duque se virou e foi para seu escritório, no caminho lembrou que precisava alertar a filha sobre as intenções do rei. Ele não pensava em cumprir o que o rei havia dito, ele iria persuadir sua filha. Se algum dia ela se casasse, que fosse por amor, não importando se fosse um simples plebeu, afinal poder e dinheiro eles já tinham. Mas também não seria agora, ele esperava que sua filha se casasse quando tivesse uns 50 anos. Ao pensar nisso, ele se lembrou de alguns eventos de outra vida dos quais não se lembrava, mas que sem dúvida lhe pareciam bastante familiares, o problema é que não era Sol quem ele via.

Uma dor de cabeça o invadiu, talvez ele estivesse estressado com tudo o que estava acontecendo nos últimos meses.

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