Capítulo 13

Já havia passado quase um mês e a festa de apresentação se aproximava. Sol havia convencido seu pai a fazer a festa de apresentação dela e de sua meia-irmã juntas, já que eram apenas alguns meses de diferença. Sol o fez entender o quão complicada era uma festa, que ele imaginasse duas e com tão pouco tempo uma da outra.

Sebastián estava um pouco relutante, visto que queria o melhor para sua filha, mas não tinha paciência para passar duas vezes pela mesma coisa e muito menos por uma filha que não era dele.

Sol sabia que embora tivesse apenas 16 anos, que para sua outra época isso era apenas a adolescência, neste tempo já te consideravam uma mulher. Assim como tal, se vestiria.

Sua costureira era a mais feliz, pois havia feito de sua própria loja uma das melhores zonas da pequena cidade e o fato de Sol usar aqueles vestidos e sair em companhia de seu pai sem que este dissesse nada, havia feito com que algumas jovens copiassem seu estilo.

Claro, nem todas se animavam a usar esse tipo de vestido que, embora fosse lindo, o fato de mostrar parte de suas "pernas" era malvisto, mas sem dúvida eram muito mais confortáveis.

Por outro lado, em seu treinamento de espadas, ela ia muito bem, não se cansava tanto, então a energia que lhe sobrava ela usava para treinar. Estava esperando pelas provocações de sua suposta irmã para lhe dar uma surra e assim, se ela reclamasse, seria com razão.

Enquanto isso, com o duque...

O duque foi solicitado no palácio por ordem do rei, não sabia qual era o motivo da convocação, mas deveria se apresentar. Só esperava que não fosse outra guerra.

Foi assim que o duque preparou seu cavalo e marchou em companhia de seus homens para o reino. O duque não gostava de usar carruagens, às vezes era inapropriado que se apresentasse dessa forma, mas era mais rápido e menos incômodo cavalgar.

Após cerca de 40 minutos, finalmente chegou, deixando seu cavalo aos cuidados de sua gente, que foi para uma área esperar, enquanto um caminhava ao lado do duque.

Ao chegar, caminhou por um grande corredor, sem entrar no palácio até chegar a uma porta que dava para o escritório do rei.

Duque: Comuniquem ao rei a minha presença, ele mandou me chamar.

O homem o anunciou e o rei lhe deu acesso.

O duque entrou e se acomodou em uma cadeira perto da escrivaninha do rei. O duque achou isso estranho, já que, quando é uma audiência, o rei recebe na grande sala do palácio e não em seu escritório.

Sebastián: Boa tarde, rei Federico, a que devo a honra de sua convocação?

Federico: Seja bem-vindo, Sebastián, fique tranquilo, leve as coisas com calma, primeiro, gostaria de algo para beber?

Sebastián: Um tequila está bom.

Federico: Tequila?

Sebastián: Perdão, essa palavra me pegou agora na guerra, vinho está bom.

Federico pediu vinho e duas taças, o que ele falaria com Sebastián merecia um brinde.

Federico: Bem, Sebastián, o motivo da minha convocação é solicitar um compromisso com sua filha.

Sebastián: O quê? Você está louco? Você já está velho para minha filha!

Gritou Sebastián exaltado, imaginando sua filha ao lado daquele velho.

Federico: Não, não, o compromisso é entre meu filho, o príncipe herdeiro, e sua filha.

Sebastián suspirou, mas ainda assim não gostou nada, sua filha faria apenas 16 anos, ele nunca casaria uma menina e muito menos sua filha, além disso, o príncipe era mais velho e tinha fama de mulherengo.

Sebastián: É uma honra, rei, que tenha considerado a minha filha, mas ela ainda é muito jovem para um compromisso.

Federico: Mas eu sei que ela está para completar 16 anos.

Sebastián: Sinto muito, mas ainda assim, para mim, ela ainda é muito jovem, mas proponho algo: se minha filha se interessar por ele, no dia de sua festa, eu aceitarei o compromisso, mesmo assim, eles se casariam apenas quando minha filha tivesse pelo menos 18 anos.

O rei não gostou muito da recusa do duque, mas confiava que seu filho conquistaria aquela garota, além disso, ninguém resistia a se tornar a princesa herdeira e aquela garota não seria exceção. Era um compromisso que os convinha e não podiam perder por nada. Assim, com esse pensamento, o rei aceitou.

Federico: Tudo bem, Sebastián, se sua filha gostar do meu filho, você aceitará o compromisso, mas você não deve persuadi-la, que seja ela quem decida.

Sebastián: Assim será, agora me retiro.

O duque estava furioso, como aquele rei ousava se interessar por sua garotinha? Como era possível que 16 anos fosse idade suficiente para se casar? Sem dizer nada, o duque caminhou até seus homens, pegou seu cavalo, montou e partiu a toda velocidade, precisava ver sua pequena.

No ducado...

Sandra: Qual o seu problema, estúpida?

.

.

.

Sol estava em seu quarto, olhando pela janela quando viu que seu pai vinha a galope. Uma ideia lhe ocorreu rapidamente e ela desceu correndo para onde sua meia-irmã estava.

Esta estava na sala de estar tomando chá enquanto conversava com sua mãe.

Ao vê-la correr em sua direção, Sandra teve a brilhante ideia de jogar o chá nela como se fosse um acidente. O chá ainda estava quente, mesmo assim Sandra o jogou.

Sandra: Qual o seu problema, estúpida?

Sol deu um grito agudo que foi ouvido pelo duque que estava chegando. Ele desceu rapidamente do cavalo e desembainhou a espada. Correu na direção do grito, encontrando Sol no chão com o peito molhado por causa do tipo de vestido que usava e vermelho pela queimadura do chá, além de uma xícara vazia na mão de Sandra.

Sandra: Pe... perdão, fo... foi um acidente, ela vinha co... correndo.

Sandra não conseguia falar, muito menos ao sentir a lâmina afiada da espada do duque em seu pescoço.

A duquesa correu para levantar Sol, sabia que defender sua filha não acalmaria a raiva do duque, além disso, deveria parecer um acidente.

Maricela: Menina, você não precisava correr, veja só agora, duque, chame um médico para dar algo a ela para a queimadura.

Sebastián guardou sua espada e pediu que trouxessem um médico para atender sua filha, mas que lhe explicassem o ocorrido para que ele trouxesse o que fosse necessário. Sandra caiu no chão assim que o duque afastou a espada, por pouco não a cortou. O duque se abaixou e pegou Sol nos braços para levá-la ao seu quarto.

Sol repousou o rosto na curva do pescoço do duque e lançou um sorriso para Sandra, que ainda estava caída no chão.

Sol sabia que não era difícil fazê-las cair, eram mulheres tão previsíveis, embora nunca imaginasse que aquela vadia ousaria jogar chá quente nela. Doeu, claro que doeu, mas valeu a pena.

Além disso, ela havia percebido recentemente que tinha o poder de cura de seu pai, então não lhe restaria nenhuma marca, e agora que se lembrava, não sabia o que era aquilo que sua mãe havia colocado nela antes de morrer.

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Comments

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Ele queria tequila, eu li direito? Para mim só confirma que ele pode ser o pai dela, da outra vida.

2025-03-23

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viclinda

viclinda

Eu tô meio confusa ele se casou na guerra com essa mulher ou foi com outra?

2025-02-19

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Souza França

Souza França

sem dúvida é o pai mafioso kkkk

2025-03-26

2

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