Capítulo 12

O café da manhã terminou e o duque retirou-se para o seu escritório. Enquanto isso, as três mulheres ficaram sozinhas na sala.

Sol: mãe, irmã, até logo reverência

Sol retirou-se com suma elegância e um toque de escárnio no tom de voz, o sarcasmo estava presente, irritando ambas as mulheres.

Foi nesse momento que Sandra começou com sua birra, embora também tenha ficado desconcertada com as últimas palavras da mãe. Não tinha ideia a que ela se referia com a infusão que deu ao pai.

Sandra: Do que está falando, mãe, o que você fez com meu pai? _ fala com aborrecimento.

Maricela: Calma, querida, não fiz nada de mal, vamos para outro lugar, lá eu te conto a verdadeira história do seu pai e a minha.

Ambas saíram para o pátio, onde havia uma mesinha para o chá. O melhor é que era um pouco afastada da casa e dava para ver tudo ao redor. Era impossível que alguém as ouvisse. Antes de começar a longa conversa que teriam, Maricela pediu petiscos e o chá. Enquanto esperavam, conversaram sobre outras coisas, principalmente sobre o quão ricas eram agora e sobre as roupas vulgares de Sol.

Depois de receberem o que pediram, Maricela contou tudo com luxo de detalhes, com exceção de que ela havia matado o pai de Sandra. Sandra amava o pai e, embora não se lembrasse muito dele, conseguia se lembrar de que ele havia sido um excelente pai.

Sandra: então foi assim que você ficou com o meu pai?

Maricela: foi assim mesmo, minha filha, e não me arrependo. O Marquês me amou e me demonstrou isso a cada dia de sua vida, e graças a isso você chegou à minha vida.

Sandra: você tem razão, mãe. Sabe, eu também quero um amor como o de vocês.

Maricela: você terá, querida, eu vou me encarregar disso.

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Uma semana havia se passado. Naquela semana, o duque treinava espada com Sol diariamente, a relação deles havia melhorado e, embora Sol ainda não conseguisse acreditar, ela se aproveitaria daquela situação.

Sol

Droga, nunca pensei que usar uma espada fosse tão difícil, especialmente porque os braços desta menina são frágeis, ela nunca havia feito isso na vida. Manter o braço erguido e em constante movimento, exercendo força, é difícil. Esta semana, depois de estudar e treinar, vou para o meu quarto e me deito para dormir.

Hoje já me sinto muito melhor. Parece que já estou me acostumando ao peso da espada. Embora eu não possa ficar apenas com este treino. Preciso fortalecer meus braços e pernas, mas não posso fazer isso aqui onde outros homens estão treinando, seria malvisto, além de que ninguém ousaria treinar comigo por dois motivos: um, porque sou mulher e ainda sou fraca; e dois, porque se me machucassem, o duque os mataria.

Pensando no que fazer a respeito, tive uma super ideia. Pedi à costureira que me fizesse um saco, com o tecido mais grosso e resistente. Sim, eu o encheria com areia e faria meu próprio saco de pancadas. Como não tenho luvas, só preciso enfaixar bem minhas mãos para não me machucar. Também pedi a ela que fizesse algumas caneleiras, expliquei como e o que ela deveria colocar dentro para dar peso, e ela fez. Isso foi o fácil, o difícil era fazer com que ninguém visse meus novos brinquedos e onde eu os usaria.

Sol: hmm, Rosita, você sabe de algum lugar onde eu possa treinar sozinha ou de algum quarto desocupado e longe da vista de todos?

Rosita: senhorita, a senhorita quer mesmo treinar mais? Não é suficiente com o treino com o seu pai?

Sol: sim, Rosita, é que eu não quero decepcionar meu pai, é a primeira vez que ele se comporta assim comigo e quero dar o meu melhor.

Sol fez uma cara de sofrimento e seus olhos se encheram de lágrimas, sem dúvida era a maneira mais fácil de manipular as pessoas, mas...

Rosita: Sol, isso não funciona comigo e você sabe.

Sol: ah, tudo bem. De qualquer forma, eu quero treinar, e se você não me ajudar, eu vou para o campo de treinamento e vou ficar bem no meio para que todos me vejam.

Rosita: está bem, senhorita. Na área dos serviçais há um pequeno quarto vazio, não creio que alguém vá àquela zona da casa, já que é lá que ficam os nossos dormitórios.

Sol: excelente, Rosita, é por isso que eu te amo.

Elas caminharam para ir até aquele pequeno quarto, Sol veria se era ou não um bom lugar.

Ao chegar, viu que era um lugar pequeno, mas com o tamanho certo para o que ela queria. Pediu a Rosita que mandasse limpá-lo, que no dia seguinte ela levaria algumas coisas para lá, e assim foi feito. Rosita se encarregou de que, para o dia seguinte, o local estivesse impecável.

Ao sair do local, Sol encontrou a duquesa e sua filha, que estavam saindo para o jardim.

Sol: bom dia, mãe, olá, irmã _ reverência.

A cara de aborrecimento ao ouvir Sol chamá-las daquela forma era uma forma evidente de saber que isso as desagradava.

Maricela: o que há de bom...

Ela não terminou de falar porque Sol respondeu, soluçando.

Sol: perdão, duquesa, não vou chamá-la de mãe novamente, realmente me perdoe.

Sol se virou e saiu correndo, chorando.

Sebastião: pode-se saber o que você disse à minha filha para ela ficar assim?

Ao ouvirem a voz do duque, ambas as mulheres paralisaram. Foi aí que entenderam o sorriso que ele lhes havia dado e a mudança repentina.

Maldita pirralha _ pensou Maricela enquanto se virava para ficar de frente para Sebastião.

Maricela: nada, querido, eu não disse nada, talvez ela tenha me interpretado mal.

Sandra: é isso mesmo, pai, minha irmã não deixou a mamãe terminar de falar.

O duque franziu um pouco o nariz quando Sandra falou, ela tinha um jeito de falar tão estridente que ele achava irritante.

Sebastião: entendo, mas que seja a última vez que há um mal-entendido. Da próxima vez, tomarei outras medidas.

As mulheres ficaram surpresas ao ouvir a ameaça. Mesmo assim, assentiram.

Será que ele já recuperou a memória? Não acredito, se tivesse recuperado já nos teria expulsado, preciso dar a poção para ele, quero experimentar os braços daquele homem _ pensou a duquesa.

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No quarto, Sol ria daquelas mulheres, mais pelo que Rosita lhe contava, já que ela havia ficado para ver o que acontecia.

Sol: elas achavam que eram as únicas que podiam interpretar esse papel, ha! E isso não é nada, estou apenas começando. Por enquanto, me contento com as travessuras de menina, em breve virá o melhor.

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Comments

Souza França

Souza França

tô confusa,. são duas explicação sobre ele, a 1* e sobre a história da sol no livro,e a 2* é o que aconteceu no tempo da atual Sol???

2025-03-26

0

Maria Luísa de Almeida franca Almeida franca

Maria Luísa de Almeida franca Almeida franca

Tomará que ela descubra logo os planos delas

2025-02-16

4

Ruby

Ruby

abraço é? kkkkkkkkkk sei

2025-02-12

1

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