Capítulo 8

Era meia-noite quando uma carruagem parou na porta da grande mansão.

"Finalmente cheguei em casa", disse Sebastian para si mesmo.

Ele então desceu do cavalo e entrou direto na casa, deixando para trás Maricela e Sandra, que ficaram esperando o duque aparecer para ajudá-las a descer. Coisa que nunca aconteceu. Ao verem que o duque não aparecia, elas não tiveram escolha a não ser descer e entrar na casa sozinhas.

"Mãe, o que deu no duque?", disse Sandra com reprovação.

"Nada, princesa, talvez ele só esteja com saudades da pirralha. Mas fique tranquila, ninguém sentirá mais falta dela do que você, disso eu me encarrego."

"Claro, mãe, por isso eu te amo."

"Sabe, minha princesa, eu já tinha ouvido falar das riquezas do duque, mas não imaginava que fosse tanto", disse ela à filha enquanto admirava a grandiosa entrada da mansão.

"Finalmente teremos a vida que merecemos, mamãe."

"Claro, meu amor, assim será, mesmo que eu tenha que tirar os obstáculos do nosso caminho."

Um sorriso maléfico passou de mãe para filha.

Ao entrarem na casa, as duas mulheres não puderam deixar de ficar boquiabertas. A casa estava iluminada como se fosse dia. Isso era possível graças às pedras de luz, mas sabia-se que eram muito raras e caras, e aquela casa estava cheia delas. Os acabamentos em ouro de algumas partes da casa também não passaram despercebidos. Sem dúvida, aquelas mulheres estavam fascinadas com o lugar onde haviam chegado e não estavam arrependidas de aproveitar o momento.

"Rosita, por favor, vá buscar minha filha. Diga a ela que cheguei e que solicito sua presença."

"Mas senhor, a senhorita está dormindo."

"Não importa, vá buscá-la", repetiu com severidade.

Rosita, ao ver a raiva do duque, correu para o quarto de Sol. Normalmente, quando o duque voltava de suas excursões, Sol o esperava na entrada, mas ele sempre a ignorava, nunca lhe dava atenção. Além disso, desta vez era noite, era incomum o duque solicitar sua presença.

"Deve ser por causa daquelas mulheres que chegaram com ele, maldito. Não podia esperar até amanhã? Minha senhorita está dormindo", murmurava enquanto caminhava até o quarto.

No quarto, com Sol...

Sol havia desabado na cama, exausta. No dia anterior, a costureira havia chegado com todos os vestidos e roupas que ela havia encomendado. Ela adorou tudo e passou o dia se vestindo e se despindo. Sei o que vocês vão dizer... "O quê? Isso é cansativo?". Bem, por mais que se queira simplificar as coisas, não é possível. Naquela época, ainda não existiam zíperes, entre outras coisas, então vestir e despir era sempre bastante trabalhoso.

Depois, ela começou a organizar seu guarda-roupa, a se livrar de todas aquelas coisas exageradas que tinha, não sem antes retirar todas as pedras preciosas que os vestidos tinham. Isso poderia ser vendido e ela poderia fazer algum tipo de negócio que funcionasse naquela época. Ela não pretendia depender do duque ou de um possível casamento arranjado, como era costume na época.

Ela se casaria porque sabia que, no final das contas, a expectativa de vida naquela época não era muito longa. Além disso, ela estava de olho, ou melhor, seus pensamentos estavam no príncipe herdeiro do império. Isso sim era algo que ela merecia. Além do mais, se o autor daquele livro lhe desse uma vida longa, ela não queria acabar como uma solteirona vestindo santos.

Ela estava sonhando com aquele príncipe, imaginando-o, pelo pouco que viu nas lembranças de Sol, como um homem alto, bonito, de cabelos brancos e um corpo de tirar o fôlego. Bem, isso ela imaginava, porque a verdade é que as lembranças não o descreviam muito bem.

_ De repente, o príncipe cruzou seu olhar com o dela, ficando cativado por sua beleza. Sem hesitar, ele se aproximou e a tomou pela cintura, enquanto com a outra mão segurava seu queixo, erguendo seu rosto.

Ele observava seu rosto, passando dos olhos aos lábios, que ele sem dúvida examinava em detalhes. Sol não pôde evitar umedecer os lábios diante do que estava por vir. O rosto do príncipe se aproximava cada vez mais do dela quando ela ouviu:

"Acorde, o duque quer que você desça."

"Ah!" Ela abriu os olhos e viu Rosita, que ria e dizia: "Surpresa, senhorita! Hahahaha!"

Um grito foi ouvido naquele quarto, seguido de um baque e outro grito.

Sol havia se sentado de repente, gritando, enquanto Rosita, que estava perto, não pôde evitar uma cabeçada que a fez cambalear e cair, ao mesmo tempo em que um grito também lhe escapou por causa da dor e da queda.

"Ai! Ai!", disse Sol, massageando a testa. "Rosita, como você ousa estragar meu primeiro beijo?"

"É que você tem a cabeça muito dura, Sol", disse ela, enquanto se levantava e esfregava a testa.

Naquele momento, o duque entrou com a espada desembainhada, procurando pelo intruso.

"O que aconteceu? Você está bem, filha?"

"Filha?! Ah, sim, estou bem. Só me assustei quando Rosita me acordou."

O duque largou a espada e se aproximou da cama, tomando Sol nos braços.

Pensamento de Sol:

"O que deu nele? Talvez ele também tenha batido a cabeça e perdido a memória. Além disso, ele estragou meu momento. Eu queria que acontecesse o mesmo da minha visão, só que eu ia dar uma surra naquela vadia."

_ Desculpem, eu tinha um monte de ideias para este capítulo, mas, como eu disse, a internet está instável, e isso me estressa porque não consigo salvar todo o capítulo, então, antes que eu o perca, é melhor publicá-lo.

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Comments

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Nem.em sonhos ela pode beijar/Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2025-03-23

0

Alexandra Pires

Alexandra Pires

kkkkk sol você mim faz ri e muito kkkkk

2025-03-07

0

Souza França

Souza França

muito esperta 👏👏👏👏

2025-03-26

0

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